por George Augusto von Schmalz Portella de Macedo
A babesiose, ou também conhecida como piroplasmose, é uma enfermidade que acomete cães de todo o mundo, sendo o carrapato o transmissor da doença. Essa moléstia é causada pelo protozoário chamado Babesia canis, que destrói componentes sanguíneos do animal, especificamente, os glóbulos vermelhos. Vale ressaltar que se deve ter uma atenção muito especial com essa doença, pois pode levar à morte do pet.
Transmissão da Babesiose
A transmissão, como dito anteriormente, é feita através do carrapato do cão (Rhipicephalus sanguineus), que pica o animal enfermo e, em seguida, pica o animal sadio, inoculando assim, o protozoário da babesiose. Os carrapatos são parasitas que, para se reproduzirem, priorizam climas quentes e úmidos. Devido a isso, o foco do aparecimento do parasita é em maior escala no norte e nordeste do Brasil.
Sinais clínicos da Babesiose
Os principais sinais clínicos da babesiose, são:
- Aparecimento de febre no animal;
- Anorexia;
- Urina bem escura, assemelhando com coca-cola;
- Mucosas pálidas e/ou ictéricas (amareladas);
- Depressão;
- Isolamento dos demais animais;
- Não interagem mais com os tutores.
Quadro clínico da Babesiose
O quadro clínico de cães infectados pela babesiose pode ser dividido em três fases. Sendo elas nas formas hiperaguda, aguda, crônica e subclínica.
Forma hiperaguda: Acomete principalmente cães recém-nascidos e filhotes, devido ao sistema imune não estar totalmente formado. Os sinais podem ser mais evidentes e o prognóstico mais reservado.
Forma aguda: Nesse caso, ocorre, principalmente, o aparecimento de mucosas pálidas, ictéricas e o aparecimento de febre. No exame sanguíneo é observado uma anemia acentuada.
Forma crônica: Nessa situação, normalmente ocorre que o animal está parasitado já a um certo período, com isso aparecendo de maneira bastante nítida o quadro de depressão, fraqueza e sinais bem típicos da moléstia.
Forma Subclínica: Na situação subclínica, normalmente os sinais clínicos não são muito aparentes, sendo, muitas vezes, não observados pelos tutores.
Diagnóstico de Babesiose
Os diagnóstico deve ser feito por um médico veterinário. Normalmente é feito uma anamnese seguida de um exame clínico do animal. O médico veterinário também pode optar por um exame laboratorial para a confirmação do diagnóstico.
Tratamento da Babesiose
Ao contrário do que muitos pensam, a babesiose pode ter um prognóstico bom, dependendo, é claro, do nível e do estado que o animal apresenta no momento. Os médicos veterinários elegem uma terapia de medicamentos a serem administrados no animal, a fim de proporcionar uma melhora significante no pet. Não medique animal em hipótese alguma sem uma opinião de um profissional da área, pois o quadro pode se agravar ainda mais com a administração de fármacos errados .
Prevenção da Babesiose
A prevenção é a higienização do ambiente em que o animal vive, sendo tanto no canil quanto no interior da casa. Existem no mercado, atualmente, produtos próprios para o tratamento da área externa da casa, a fim de erradicar os parasitas circulantes no ambiente. Os animais também devem fazer uma visita rotineira ao médico veterinário, com o intuito da manutenção da boa saúde do pet. Diante de qualquer aparecimento anormal no comportamento animal, deve ser tomada uma atitude imediata para prevenir qualquer enfermidade que esteja acometendo o pet. Estudiosos afirmam, que 99% dos casos de doenças descobertas no início, têm um prognóstico bem mais favorável do que as descobertas tardiamente.
(*)George Augusto von Schmalz Portella de Macedo
Ocupação: Acadêmico de Medicina Veterinária
Fonte: portaldodog.com.br
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