sexta-feira, 30 de setembro de 2016

11 plantas que você deve evitar se tiver cachorros.



11 plantas que você deve evitar se tiver cachorros.
por Débora Fernandes (Casa Abril)




Há algumas plantas que você deve evitar se tiver cães. Conversamos com oDr. Marcelo Quinzani, médico veterinário e diretor clínico da Pet Care, para saber quais são as espécies com as quais devemos tomar cuidado -- listamos todas elas abaixo. Ele, inclusive, dá um alerta importante: os filhotes são os mais curiosos e os cães de dois meses até um ano são os que tendem a experimentar de tudo pela boca. "Quanto menor o animal, maior o risco", ele disse. "A intoxicação está altamente ligada ao peso, e um Yorkshire, por exemplo, tem um risco muito maior de se intoxicar com uma ou duas folhas que um labrador".

E o que fazer se o cão ingerir uma planta tóxica?

De acordo com o Dr. Marcelo Quinzani, o primeiro passo é lavar a boca do animal com água corrente para retirar qualquer resquício de seiva ou pedaço de planta. Em seguida, procure um médico veterinário, sem esquecer uma foto ou um pedaço da planta ingerida! Outra atenção necessária é ao adubo usado na terra. Com torta de mamona especialmente: ela é um substrato tóxico, que faz mal aos cães, e é comumente misturada à farinha de ossos. 

Confira 11 plantas tóxicas mais comuns em nossas casas:

1. Gloriosa


Flickr John Skewes
Gloriosa - john skewes



A gloriosa é linda, com flores ornamentais que lembram labaredas. Para os cães, porém, elas não trazem nenhuma glória; pelo contrário, podem ser letais. Qualquer parte da planta, ao ser ingerida, causa desde vômito com sangue até falência dos rins, fígado, supressão da medula óssea e paralisia.

2. Rosa do deserto


Flickr tgerus
Rosa do Deserto - tgerus



Geralmente cultivada como planta ornamental, ao ser ingerida em pequenas quantidades pode levar seu cão à depressão, vômito e diarreia. Esses resultam em anorexia e batimento cardíaco irregular. Em grandes quantidades, pode levar à morte.

3. Cica revoluta


flora.wheberson.com.br
Cica - flora.wheberson.com.br



A Cica é uma pequena palmeira muito comum em jardins. Ela causa gastroenterite hemorrágica severa, mas como em muitas outras plantas da lista, esse sintoma da intoxicação só surge após algumas horas.

4. Ave do paraíso


Flickr Andy Blackledge
Ave - Andy Blackledge



Suas flores parecem pássaros de cores vibrantes levantando voo. Altamente tóxica, deixa seu cão com náuseas, vômito, tontura, dificuldade para respirar, pouco apetite e pode levar à morte.

5. Flor-da-fortuna


Flickr Forest and Kim Starr
Kalanchoe - Forest and Kim Starr



A flor-da-fortuna é uma suculenta charmosa com pequenas flores coloridas. Parece inocente, mas não é: ela provoca vômito, diarreia e taquicardia.

6. Cactos


Reprodução Pinterest
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Variedades dessa planta têm substâncias tóxicas diferentes, cada uma com um sintoma de intoxicação. Uma das reações mais comuns é a inflamação da pele. Vale lembrar que nenhum cão deve ficar próximo deles também devido aos espinhos. 

7. Aloe


veggiefrog
Aloe - veggiefrog



Uma má notícia aos fãs de suculentas: as variedades da Aloe são tóxicas aos cães quando ingeridas. No geral, elas causam vômito, depressão, diarreia, falta de apetite, calafrios e mudanças na cor da urina.

8. Copo de leite


Flickr Jeffry
Lírio - Jeffry



Apesar de lindo, o copo de leite é tão tóxico para cães quanto para gatos. O ponto positivo é que os sinais são visíveis quase imediatamente, possibilitando tratamento imediato. Depois de mastigá-lo, o pet sentirá falta de apetite, babará excessivamente, terá dor e diarreia. 

9. Lírio da paz


OiMax
Lírio - OiMax



O lírio é discreto, com poucas flores brancas em meio a folhas de um verde bem escuro. Mas não se engane: não dizem que os quietinhos são os piores? Qualquer parte dessa planta, quando ingerida pelo seu cão, pode causar sintomas desde queimação e irritação das mucosas até dificuldade para engolir e vômitos.

10. Planta jade


Flickr brx0
Planta jade - brx0



A planta jade é muito conhecida por ser fácil de cuidar, até mesmo pelos que não tem jeito com jardinagem. Ela não é extremamente tóxica, mas ainda pode causar náusea e mal estar ao cão.

11. Gerânios


Flickr Ruth Hartnup
Geranio - Ruth Hartnup

A menos tóxica da lista, porém ainda perigosa. Os gerânios são populares em arranjos e, quando ingeridos pelos caninos, causa vômito e dermatites.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Seis alimentos perigosos para cachorros.






Seis alimentos perigosos para cachorros.


Fonte: Revista Veja/Ciência
Alimentos como leite, chocolate e uva podem causar de diarreia a insuficiência renal no cão.





Muitas pessoas não resistem ao olhar de pidão de seus cachorros e oferecem ao animal um pedacinho do que estão comendo. Na maioria das vezes, os agrados são inofensivos. “A domesticação praticamente adaptou o cão à dieta humana. Em comparação com o homem, o cachorro só precisa de um pouco mais de proteína e menos de carboidrato”, diz o veterinário Wagner Luis Ferreira, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Massas, pães, carnes e boa parte das frutas e legumes não fazem mal ao bicho. No entanto, há algumas comidas prejudiciais à saúde canina. Chocolate, uva e leite são exemplos que podem causar problemas como diarreia, insuficiência renal e parada cardíaca.

Segundo a veterinária Ane Amaral, professora da Universidade de Santa Maria (UFSM), o cachorro não é muito seletivo nas escolhas alimentares e, para piorar, come compulsivamente. “Como a espécie costumava viver em matilha, a incerteza de que sobraria comida fazia o cachorro comer até acabar tudo”, diz Ane. Por causa dessa herança, o cão ingere praticamente qualquer alimento oferecido a ele, característica que contribui para o sobrepeso. “A obesidade pode ser o agente complicador de doenças respiratórias e cardiovasculares. Cabe ao dono controlar as comidas e o tamanho das porções”, afirma Wagner Luis Ferreira.


1. Chocolate
O cacau possui uma substância chamada teobromina, que estimula o sistema nervoso e aumenta a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos. "Em cachorros, o alimento pode causar uma parada cardíaca ou uma convulsão", diz a veterinária Ane Amaral, professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Um fator agravante é que o paladar do cachorro gosta (e muito) do sabor doce.

2. Leite
Por volta dos 40 dias de vida, o cão já desenvolveu dentição para ingerir alimentos sólidos e não precisa mais de leite. Se a bebida deixar de ser oferecida ao animal, a lactase intestinal, enzima que digere a lactose, se tornará inativa e perderá a capacidade de digestão. Caso o animal tome leite depois de adulto, poderá ter diarreia. "Além disso, o leite da vaca tem mais lactose que o da mãe canina, o que pode aumentar o risco de diarreia", diz o veterinário Wagner Luis Ferreira, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp).


3. Uva
Os veterinários ainda não sabem explicar por que, mas alguma substância presente na uva faz mal para o cachorro. "A ingestão da fruta pode causar insuficiência renal aguda no animal", diz a veterinária Ane Amaral.

4. Alho e cebola
O alho e a cebola têm, respectivamente, dissulfeto de alipropila e alicina. Essas substâncias oxidam as células vermelhas e levam à destruição da hemoglobina. "A hemoglobina dos cães se oxida mais facilmente do que a dos humanos. O animal pode desenvolver anemia se consumir comidas temperadas com alho e cebola", explica Ane Amaral.

5. Produtos com cafeína
A cafeína presente em refrigerantes faz mal aos cães. Assim como o chocolate, a substância acelera os batimentos cardíacos e estimula o sistema nervoso. Como consequência, o cachorro pode sofrer uma parada cardíaca ou uma convulsão.

6. Ossos
Ossos de todas as origens — principalmente os ocos por dentro, como os de galinha — são perigosos para cachorros. Eles possuem farpas que podem machucar a mucosa do esôfago, estômago ou intestino, além de obstruir algum desses órgãos. "Em termos nutricionais, o osso é desnecessário para o cão. Para agradar o bicho, é melhor oferecer aqueles industrializados, próprios para cachorros", diz Wagner Luis Ferreira.

Fontes: Ane Amaral, veterinária e professora da Universidade de Santa Maria (UFSM), e Wagner Luis Ferreira, veterinário e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016










Desde que eu me conheço por gente, os cães são chamados do melhor amigo do homem. Eu mesmo já tive alguns cães (que, na realidade, eram dos meus filhos) que eu amei. Eu interagia com eles frequentemente e sempre admirei, entre outras coisas, a inteligência e principalmente a boa índole desses animais. Uma cadela, da raça labrador, dormiu por alguns anos no meu quarto. E, todas as manhãs, ela me acordava para lembrar-me de abrir a porta para ela ir ao quintal, fazer as necessidades fisiológicas. Só faltava falar!

Além de serem ótimas companhias, certos cães já, desde há muito tempo, têm sido treinados para ajudar seres humanos, em especial, seres com alguma deficiência, como cegos e/ou surdos.

Todos nós sabemos que os cães têm alguns sentidos muito mais aguçados que os seres humanos e o principal deles é o faro. Eles sentem o cheiro de coisas que nós não conseguimos sentir. Hoje, sabe-se que o olfato desses animais (que dizem ser 1 milhão de vezes mais sensível que o nosso) é capaz de detectar no ar moléculas de substâncias químicas voláteis em mínimas concentrações. É por esta razão que cães são treinados para detectar drogas e explosivos.

Mais recentemente, os cães têm sido treinados para assistir pessoas portadoras de certos tipos de doenças, desde distúrbios neurológicos até diabetes. Isto quer dizer, que estes cães estão sendo treinados para detectar sinais indicadores que os seus donos têm algum problema, o que é diferente de guiar um cego na rua, ou de avisar um surdo que alguém tocou a campainha da casa.

Todavia, parece que a coisa não fica por aí; pesquisas estão mostrando que esses animais parecem ter também algum tipo de sexto sentido. Eles agora são treinados para prever crises de ansiedade em pessoas com problemas psíquicos, por exemplo, do tipo estresse pós-traumático, e até para avisar certas pessoas que um ataque cardíaco está iminente.

Os cães, além de prover estabilidade e apoio emocional às pessoas, têm também sido úteis para lembrar doentes (principalmente idosos) para tomar remédios e ajudar pessoas portadoras de autismo a processar melhor estímulos auditivos e visuais.




Agora, vem a melhor parte. Num estudo realizado na Inglaterra em 2004 e publicado no British Medical Journal, seis cães foram treinados para cheirar a urina de pacientes portadores de câncer de bexiga. A taxa de sucesso obtida pelos cães foi 41%, contra 14% estabelecida pelos investigadores como a taxa que seria devida ao acaso.

Desde então, cães têm sido treinados para detectar outros tipos de câncer, como câncer da pele, da próstata, dos pulmões, da mama e do intestino grosso. O mais impressionante é que a taxa de sucesso obtida foi, em muitos casos, superior a conseguida através de exames de diversos tipos hoje utilizados. Por exemplo, a taxa de sucesso dos cães chegou a 88% em relação ao câncer de mama e a 97% em relação ao câncer dos pulmões. Num estudo realizado em 2011 no Japão, a taxa de sucesso dos cães foi 98% em relação ao câncer colorretal. Esses cães cheiravam o hálito dos doentes.

Realmente, os cães nunca foram tão amigos dos seres humanos como são hoje!

Você gostou deste post? Você gosta de cães? Tem ou já teve cães? Se tiver alguma história interessante e quiser compartilha-la conosco, nós gostaríamos de cita-la num próximo artigo. Por favor, deixe os seus comentários no espaço a seguir.

Com informações:
Animal Planet e http://wesco.com.br/

terça-feira, 27 de setembro de 2016










Um paradigma nos treinamentos de cães policiais dizia que um animal adestrado para uma função, nunca conseguiria desempenhar outra, ou seja, se ele foi treinado para ser de patrulha, não poderia adquirir capacidade para procurar drogas. E foi exatamente esse tabu que foi quebrado no Canil da Polícia Militar (PM) de Bauru, no Estado de São Paulo. 

O pastor alemão Leroy, além de atuar muito bem no patrulhamento e na guarda, também se tornou um excelente cão farejador. Além de economizar custos para o Estado, a técnica ainda aperfeiçoa o trabalho da PM, que pode contar com um policial “2 e 1” em todas as ocorrências. A subtenente Eliete Aparecida Tavares Ramos, comandante do Canil, destaca que o trabalho desenvolvido em Bauru era considerado até impossível. Pelas diversidades até da raça do cão. No entanto, pela habilidade demonstrada pelo Leroy e pela técnica do policial adestrador, foi possível ser desenvolvido um método. 

O policial que conseguiu superar esse conceito pré-estabelecido foi o soldado Carvalho. Ele revela que após fazer o curso no Canil Central em São Paulo, voltou para Bauru com a ideia de desenvolver um cão com a dupla habilidade. Para isso, procurou um cachorro adequado desde filhote. Leroy chegou à Polícia Militar com 53 dias de vida, e desde o início foi preparo por Carvalho. O policial destaca que o cão precisa ter uma habilidade natural para o trabalho planejado. Mesmo assim, em algumas situações percebe-se durante o adestramento que o cão não é compatível com a ação policial. Quando isso ocorre, ele é dispensado da atividade. Mas Leroy sempre demonstrou um talento natural com seu faro.

Inicialmente ele foi treinado para ser cão de guarda e patrulha. O trabalho iniciado foi o desenvolvimento da aptidão do animal, e em seguida, a aplicação da técnica policial e a obediência. Nessa fase, o trabalho policial é associado a brincadeiras para que o cão associe o desempenho de suas funções a algo divertido. Carvalho então iniciou a especialização de Leroy em uma segunda função, a de faro. Os cães farejadores podem ser treinados para procurar drogas, explosivos ou para fazer buscas de pessoas, por exemplo, em matas. Como a necessidade da PM em Bauru é maior no combate ao tráfico, Leroy foi adestrado para farejar entorpecentes. Foi conseguido dividir na cabeça dele as duas funções. Assim, ele sabe exatamente quando deve fazer o trabalho de guarda e patrulha e quando fará o de faro”, afirma o soldado. A troca de funções acontece quando a guia é mudada de lugar. Quando Carvalho prende a guia na coleira no pescoço de Leroy, ele sabe que é o momento de atuar como cão policial em ações de patrulha, como contenção de suspeitos, prevenção em grandes multidões, como estádios de futebol e até em rebeliões de presídios. Já quando a guia é presa junto ao peitoral, é o momento de Leroy sair a campo em busca de entorpecentes. Carvalho pontua que esse processo não foi fácil.

O soldado Carvalho observa que um dos objetivos da Polícia Militar em São Paulo é exatamente o adestramento de cães para desempenhar duas funções. Dessa forma, o policial avalia que se economiza em medicamentos e ração, além de agilizar o trabalho. Ele observa que em uma situação de patrulha, se há suspeita de drogas é preciso ir até o Canil, deixar o cão e embarcar na viatura outro que tenha o treinamento de faro. Com o Leroy, podemos trabalhar nas duas situações. Em minha opinião, isso dá maior agilidade ao trabalho policial. Leroy ainda vai trabalhar mais quatro anos até se aposentar. Porém, daqui a dois anos, Carvalho já precisa começar a preparar seu substituto. Mas o treinamento do novo cão policial não será exatamente o mesmo, pois como cada cão é único, adaptamos a técnica a ele.

Fonte: Comunicação Social da Policia Militar do Estado de São Paulo.


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Os Cães das Guerras.






Os cães não são apenas os grandes amigos do homem em casa ou passeando; são também hábeis em tempos de guerra. Desarmando bombas, salvando soldados, farejando inimigos, enfrentando toda sorte de perigos os cães acabaram sempre se tornando personagens fundamentais nos conflitos de guerra.

As recompensas vão além do biscoitinho, são comendas, medalhas e até direito a memoriais como o West Coast War Dog Memorial, localizado na Base Aérea de March Field na Califórnia. 

Buscando aqui e ali, encontrei apenas pequenas, micro histórias na verdade, que citam os cães e de repente encontro um achado fenomenal num blog intitulado "A vida no Front" que narra algo espetacular e eu reproduzo aqui:

Os cães de Guerra.
por Gene Long 




Gene Long durante a celebração de um dia dos veteranos 

As memórias de Gene Long, treinador de um pelotão de batedores caninos, sobre seu companheiro e missões durante a guerra : 


Estava de volta ao Pacífico sul, quando Bill Barker, um de meus parceiros batedores, e eu fomos designados para a linha de frente. Na primeira noite tivemos que cavar nossos "foxholes" para nos protegermos dos bombardeios. Naquela noite de setembro, os japoneses estavam bombardeando nossas posições com granadas de morteiros, enquanto nossa companhia de morteiros de campanha fazia o possível para responder o fogo durante toda a noite. Eu estava tão assustado que me encolhi e rezei.
Marines e seus cães de guerra


Na manhã seguinte, o coronel chamou os cães batedores a fim de tentar descobrir onde se escondiam os japoneses. Fomos enviados em uma patrulha de combate, onde eu e Bill éramos a vanguarda. Chegamos então a uma península na trilha Nau mu Nau ma. O tenente decidiu que deveríamos nos separar, para ampliar a área de busca, e disse a Bill que havia um ninho de metralhadora sobre a montanha, aproximadamente a meia milha do sopé. “Pegue um homem e veja se seus cães conseguem localizar a posição”, e continuou, “Long, você assume a patrulha principal de vinte homens e começa a vasculhar pela península”. Barker disse ao tenente que seu cão estava doente: ele sabia que eu já fora ferido em uma ação similar. Bill insistiu que temia que seu cão não pudesse subir a montanha... Eu o disse que na patrulha anterior eu tinha sido o responsável e que agora era sua vez. O tenente ouviu o que Bill dizia e mudou os planos. Esta alteração fez-me ter que subir a montanha para tentar localizar o ninho de metralhadora. O sargento responsável disse para que quando chegássemos (eu e meu cachorro) ao topo ou tivéssemos qualquer contato com o inimigo, entrássemos em contato pelos "walky-talkies" reportando-nos.


Quanto mais perto nos aproximávamos do topo, mais acreditávamos que os inimigos se haviam retirado. Contatamos a patrulha lá embaixo. O sargento nos mandou procurar e observar se havia algum movimento antes de continuar nosso avanço pelo rio e em torno da península. Desci uns 750 pés da montanha, mantendo-me em contato com a patrulha, enquanto principiava a chover (o que prejudicava muito nossa visão). Esperamos durante duas horas. O sargento contatou-me novamente pelo rádio e ordenou-me verificar se tudo estava limpo, ao que respondi dando-lhe um "OK" para prosseguir pelo rio. De longe vejo Bill na vanguarda, com Garcia logo atrás. Eles haviam acabado de fazer a curva do sopé da montanha quando observei o cachorro de Bill fazer o sinal de que havia alguma coisa nas proximidades. Assim que os homens começaram a cruzar o rio o inferno caiu sobre eles. Os japoneses os haviam emboscado. Bill e Garcia foram mortos na primeira rajada. O cachorro de Bill foi ferido e correu desesperadamente para a curva. Os homens mergulharam no rio tentando se salvar. Eu me vi morrendo e sendo despedaçado pelo fogo das metralhadoras. A mudança na ordem da patrulha, com Bill, salvara minha vida.


Mais tarde, eu e meu parceiro voltamos pela montanha, de volta à posição original. Os japoneses nos haviam arrasado. Somente depois de escurecer conseguimos reforços e cavamos nossas trincheiras. Abríamos fogo em qualquer coisa que víssemos naquela direção. O rio começara a transbordar de seu leito e isto nos forçou a retroceder. Encontrei "Tuffy", o cachorro de Bill, alguns metros abaixo. Ele fora atingido no focinho. Mediquei-o e o levei de volta ao acampamento onde os outros treinadores já sabiam que um dos homens fora morto. Ao chegar ao acampamento, todos os meus homens estavam esperando impacientes e correram para mim chorando e me abraçando. Eu nunca esquecerei este momento enquanto viver. Era isso que significa a insígnia que usávamos - Veteranos: amor fraternal até o dia de nossa morte.


Mais tarde em minha vida, fui internado em um hospital psiquiátrico, pois não conseguia me eximir da culpa de que minha decisão havia causado a morte de Bill e Garcia. Tentei esquecer esse fato, mas ele me persegue sempre quando vejo nossa insígnia e lembro como rezamos pela vida naquele dia. Ela sempre me traz de volta memórias desagradáveis. Eu só tinha dezenove anos. Amém.


Nossos cães, 1944


Quando deixamos Frisco a bordo do USS John Isacson, os cães tinham celas especiais. Tínhamos pequenas caixas que deveríamos utilizar para que os animais se aliviassem. Os cães estavam no auge da sua forma antes de embarcarmos, pois os comandantes haviam nos dito o que esperar quando chegássemos ao nosso destino.


No navio, os cachorros deviam ser retirados das jaulas e exercitados no fundo da embarcação. Os cachorros de ataque tinham que ser agitados constantemente para mantê-los treinados. Tudo que fazíamos a bordo do navio, a respeito dos animais, era altamente confidencial. Cada homem só podia cuidar de seu próprio cão. Nenhum outro soldado, aparte os treinadores, era permitido na área do canil. Aos cachorros era dado do bom e do melhor. Seu bem estar era muito importante.

Doberman de guarda enquanto o fuzileiro dorme no abrigo, que os donos chamavam de "foxhole"



Quando chegamos a nosso destino, Guadalcanal, os cães estavam muito agitados por ver novamente uma árvore depois de 32 dias no mar. Éramos o 25º Pelotão de Cães de Combate e nossa unidade consistia de 27 homens e 30 cachorros. Fomos primeiramente anexados à 298ª Companhia Filipina e Havaiana. Nossa tarefa principal era expulsar os japoneses desgarrados da floresta. Cada homem tinha que ficar ao lado de seu cão o tempo todo. Quando estávamos na linha de frente, tínhamos que cavar abrigos grandes o suficiente para nós e os cães. Essa era uma tarefa complicada para mim, pois meu cão, Bim, era um Pastor Alemão de 55 Kg. Tínhamos que alimentar e dar água para os animais dentro dos "foxholes" e os amarrávamos aos nossos braços na hora de dormir.


Eles foram ensinados a não latir, não obstante, estavam sempre alerta. Quando a nossa ração escasseava, os cachorros deveriam comer dia sim, dia não; mas eu, amando os cães como amava, sempre dividia qualquer naco de comida que possuísse com meu amigo canino. Quando saíamos em patrulha, eu tinha que carregar a comida dele e a minha própria nas costas; quando estávamos na selva, caso ele se cortasse, tínhamos que fazer um curativo, pois do contrário, fungos poderiam infectá-lo, causando doenças e podendo até mesmo matá-lo. Suas orelhas eram outro ponto que necessitava de muita atenção, pois as moscas ali pousavam e as mordiscavam, éramos, portanto, obrigados a sempre colocar repelentes nelas. Na verdade nós mesmos tínhamos que nos impregnar de repelente para evitar as mordidas dos milhões de insetos que habitam as selvas do Pacífico.

Campo de Lejeume, treinamento de desembarque, 1943.
Fuzileiro e um cão de guerra da raça Doberman na ilha de Saipan, 1944

Depois de dois meses em Guadalcanal, fomos enviados para Bougainville, também nas ilhas Salomão, sendo anexados à 37ª Divisão de Infantaria. A ilha de Bougainville possui vários vulcões, que provocam horríveis terremotos muito freqüentemente. O primeiro que presenciei, assustou-me de morte. Nossa primeira baixa desde a chegada a este novo setor foi a de dois dos melhores cães mensageiros. Durante um dos tremores, uma árvore caiu sobre o canil e feriu vários animais, matando os dois. Ainda guardo fotos dos animais que morreram neste dia.


Quando íamos para a trilha Nau Mau Nau Mau, onde as linhas de frente se localizavam, éramos transportados pelos caminhões do exército. Os cães eram treinados para não brigarem com os outros cachorros e não morder as tropas amigas, porém a ninguém, exceto o seu próprio treinador, era permitido acariciá-los. Os cães eram ensinados a somente atacar quando estivessem com suas coleiras especiais, que colocávamos neles somente quando chegavam nas linhas de frente. Os cachorros trabalhavam mais nas tarefas de guarda de abrigos e patrulha noturna, onde tinham grande vantagem devido aos seus sentidos apurados e por estarem sempre alerta. Cada movimento ou cheiro diferente representava o inimigo.
Marines e seus cães em Guam


Nessas incursões pela linha de frente os cães perdiam muito peso. Da mesma forma que a comida dos treinadores era escassa, também era a deles. Uma das coisas mais importantes a fazer era manter o focinho dos nossos companheiros úmido. Para tanto, colocávamos alguns goles de água de nossos cantis no capacete e os dávamos de beber. Conforme o tempo passava nas linhas de frente, os animais se tornavam mais irritadiços devido ao calor sufocante, insetos e a falta de comida e água, mas ainda assim conseguiam se manter alerta e pacientes. Fazer com que os cachorros se aliviassem era outro problema que enfrentávamos, pois tínhamos que montar escalas a fim de não atrair a atenção do inimigo e manter a guarda.


Quando nós voltamos das linhas de frente, lhes dávamos grandes recompensas: carne de cavalo, bastante liberdade, e os deixávamos nadar no oceano. A água salgada era boa para os cortes e contusões. O cachorro, uma vez que tira a coleira de trabalho, torna-se novamente dócil e controlado. Nós deixávamos vários correrem juntos e brincarem de brigar. Nós os protegíamos com nossas vidas, da mesma forma que eles faziam conosco.

Fuzileiros câes de guerra em Bougainville

Na retaguarda, os cachorros eram sempre re-treinados. Eles tinham que ser capazes de rastejar próximo ao treinador e ainda assim se manter sob comando: ficar em silêncio, atacar quando ordenado ou quando alguém tenta chegar perto de você. Os cachorros mensageiros faziam um excelente trabalho. Eles eram ensinados a cheirar um trapo que contivesse óleo de linhaça - o treinador sempre levava este trapo quando saía em patrulha - e um colarinho especial era colocado, para que ele pudesse carregar uma mensagem. Quando saíam em patrulha, se fôssemos emboscados, era dita a palavra: "relatório" (N.T.: "report") para o cão. Ele, então, seguiria o cheiro de linhaça pelo caminho percorrido, até o local do acampamento. Eu vira vários desses cães mensageiros com as patas sangrando e hemorragias no rabo, feitas nas videiras afiadas e pedras.
Ao cumprir sua tarefa, todo cachorro era recompensado com um pedaço de carne e um elogio. Elogio é outra coisa muito importante em treinamento de animais. O treinamento básico para cães mensageiros consistia em correr em um caminho de um lado para outro. Treinadores estavam em cada extremo. Durante as corridas de uma ponta a outra do percurso, eles eram agitados e os treinadores tentavam persuadi-lo a abandonar a tarefa. Quando finalmente completavam o percurso por várias vezes, os treinadores os consideravam aptos. Alguns eram treinados a carregar um pombo, para o mesmo propósito de levar mensagens. O treinamento desses animais requer um bocado de paciência. Depois de uma corrida de teste nas montanhas de San Carlos, Califórnia, eles eram avaliados tanto em velocidade como resistência, estando então prontos para o combate.


Patrulha, 1944


Estávamos em Bougainville, ilhas Salomão. Bim, meu fiel cão batedor, e eu fomos convocados para ir à vanguarda da 37ª Divisão de Infantaria. Devíamos encontrar a tropa em certo local antes de avançar para a linha de frente. Fomos deixados próximos a um rio, onde o sargento ordenou que aguardássemos, pois eles chegariam a qualquer momento. Já se passara uma hora e ninguém se aproximava, portanto decidimos a seguir para o norte, subindo uma montanha. Logo estávamos perdidos em território inimigo, acredito que andáramos cinco ou seis milhas. Subitamente Bim ficou em alerta e eu me joguei no chão, achando que poderiam ser soldados japoneses se aproximando. Ouvi um chamado de "Isqueiro" (N.T.: "Lighter") e então silêncio. Por sorte, sabia a senha, se tratava de nossas tropas. Gritei rapidamente "fluído de isqueiro" (N.T.: "lighter fluid"), a contra-senha, caso contrário poderia ser atacado. Eles especulavam o que acontecera comigo, mandando então uma patrulha para me procurar, "graças a Deus".


No dia seguinte, fomos enviados em patrulha por uma trilha próximo ao Rio Torakina. Foi-nos dito que havia um ninho de metralhadoras nas imediações. Andamos por quatro milhas em torno da montanha sem nenhum contato com o inimigo. Meu segundo batedor, um australiano, pediu que esperássemos um tempo por ali até que o restante dos homens nos alcançassem. De repente, Bim levantou as orelhas em postura de alerta, mas eu não ouvia qualquer ruído. Eu disse a Brown, o australiano, que daria uma olhada e segui uns 30 metros a frente. Neste momento Bim postou-se em posição de alerta total. Lá em cima vi um japonês alto perscrutando a montanha na minha direção. Deitei-me o mais discretamente possível. Se não fosse por Bim, todos teríamos sido mortos. Comecei a rastejar lentamente para trás, sabia que havia alguém ali. Foi quando começaram a atirar na minha direção. Eu e Bim nos colamos ao solo, as balas passavam zunindo sobre nossas cabeças. O australiano gritou para que eu corresse em direção a ele, pois ele me manteria coberto. Bim e eu corremos como loucos, zigue-zagueando, conforme aprendera no futebol (N.T.: futebol americano, "football"). Brown mantinha fogo contínuo e todos os outros soldados (que já haviam se aproximado o suficiente de nós) começaram a disparar suas armas enquanto eu corria para salvar minha pele.


Um dos nativos que carregava nossos suprimentos largou uma grande caixa e, correndo, não a vi. Tropecei nela com muita força e quase quebrei a perna. Pensei que havia sido atingido e que não podia me mexer. Bim deitou-se ao meu lado e eu o agradecia por não me deixar sozinho lá.


Enquanto isso, granadas de morteiro de nossa patrulha destruíam o ninho de metralhadora. Quando os soldados chegaram ao topo da montanha, havia corpos japoneses espalhados por todos os lados. Nenhum de nossos homens foi morto, somente uns três ou quatro se feriram.


Fui levado para a planície nas costas de um dos nativos. Bati tão forte na caixa que não consegui andar. Meus joelhos estavam em carne viva e, olhando para Bim, notei que ele havia cortado as patas e também sangrava. Rasguei parte de minha camisa e limpei suas patas com a água de meu cantil, colocando, a seguir, iodo nos machucados. Ele era mais forte do que eu e continuou caminhando ao meu lado, mancando levemente.


Mais tarde, ao chegar em nossa área de acampamento, os médicos tomaram conta das minhas pernas, no entanto, fiquei sem poder andar por alguns dias. Os veterinários também cuidaram das feridas de Bim.


Todos os homens da patrulha vieram até nós agradecer e dizer que Bim era seu herói. Todos vieram afagá-lo por salvá-los de uma emboscada certa.




O herói sem condecorações


Depois que eu e meu cão, Bim, nos recuperamos dos ferimentos nos pés/patas e pernas, fomos mandados de volta para fazer guarda em um entreposto da infantaria.


Eu sempre tinha que cavar um abrigo para mim e Bim, mas a parte mais difícil era convencer Bim a fazer suas necessidades do lado de fora de nosso "foxhole". Eu o colocava em um dos lados enquanto ele se esforçava por "se aliviar". Lembrem-se também que na linha de frente, nem os combatentes humanos possuem banheiros.


Era muito desagradável quando os ratos tentavam entrar em nossa trincheira se havia qualquer sinal de comida. As moscas estavam sempre voando em torno dos olhos dos cães. Os mosquitos se banqueteavam em nossa pele o dia inteiro, até o dia em que peguei malária. Não conseguia levantar de meu buraco, chorava e ardia em febre. Bim sempre estava ao meu lado, tentando me confortar e protegendo-me.
Depois do que me pareceu uma eternidade, um dos médicos carregou-me até uma cratera, onde cuidavam dos feridos. Fui então levado, de maca, em um caminhão, ao hospital do setor. Bim foi levado ao canil da companhia. Por dias estive internado com disenteria, perdendo muito peso (cheguei a 54 quilos). Um outro treinador assumiu a "tutela" de Bim. Meus dias de batedor estavam terminados.



Mais tarde, o 25º foi enviado às Filipinas, onde desempenhei o papel de guarda - sem o cachorro - quando a febre voltou. Fui mandando para um hospital militar na Nova Guiné e estava prestes a voltar para casa quando me trouxeram Bim para se despedir. Eu caí de joelhos, beijando-o no focinho e chorando. Mas que despedida final dolorosa foi aquela. Quando subi no caminhão, ele começou a latir e tentava vir atrás de mim; nunca, enquanto viver, me esquecerei do seu olhar de "não me abandone".
Lápide do cemitério dos fuzileiros caninos da 2ª Guerra


Anos mais tarde eu soube que ele lograra voltar aos Estados Unidos, onde falecera. Estou certo de que se há um paraíso para os cães, Bim estará lá. Agora posso descansar em paz. Tenho 70 anos e sempre quis escrever sobre esses verdadeiros heróis que foram os cachorros marines.

domingo, 25 de setembro de 2016








Isso significa que, sem que você precise dizer uma palavra sequer, seu cachorro consegue perceber alguns dos seus sentimentos e podem sim, ser afetado por eles.

Se formos analisar superficialmente, os cachorros parecem animais com pouca inteligência, principalmente quando começam a correr atrás de seus próprios rabos ou quando correm atrás de um objeto que você fingiu lançar. Mas na verdade, eles são pets dotados de muita inteligência e podem demonstrar, constantemente, sua esperteza.

Estudos já comprovam que a inteligência social de um cachorro de raça é mais sofisticada do que se imagina e que isto evoluiu, principalmente, através de sua convivência cada vez mais próxima com os homens. Um dos exemplos de sua intelectualidade é que eles estão sempre atentos às movimentações que ocorrem a sua volta, tanto dos humanos como de outros cães, além de tomarem para si, sentimentos de seus donos ou pessoas muito próximas.

Essa forte ligação de amizade e sentimentos já é tema de diversos estudos que apontam que cachorros e homens podem ter mecanismos semelhantes para processar as informações emocionais, uma vez que o cérebro canino possui uma região em seu cérebro com muitas semelhanças a uma parte do cérebro humano.

Assim fica até fácil entender como eles conseguem nos desvendar com tanta facilidade! E também o porquê de eles agirem como se fossem parte das famílias com as quais convivem.

A seguir, listamos três sentimentos principais que os cães conseguem perceber nos seus donos. Além disso, estes sentimentos influenciam o humor do animalzinho, que é companheiro de seu dono, literalmente, na alegria e na tristeza.

3 coisas que eles percebem:

1. Humor (e variações atreladas a doenças):


Seu animal tem a incrível capacidade de perceber se você está de bom humor ou não. Normalmente o comportamento dele seguirá o seu estado de espírito: se estiver de bom humor ele ficará mais agitado e se estiver de mau humor, ele também se mostrará estressado.

O mesmo acontece quando o dono ou alguém bem próximo fica doente. O animal de estimação tende a apresentar comportamentos de inquietação e tristeza. Alguns mostram desejar permanecer sempre ao lado de quem está debilitado. Em alguns casos, podem ficar tão abatidos ao nível de adoecer também ou ficarem prostrados. Esses são reflexos do que ele sente por seus donos e sua forma de demonstrar carinho, afeto e companheirismo;

2. Confiança


O faro dos cães quase nunca se engana! Eles conseguem perceber quando alguém está mentindo ou quando uma pessoa não é merecidamente confiável. Na tentativa de alertar seus donos, ficam agitados, latem e não conseguem sossegar enquanto estiverem na presença do ‘perigo’. Não devemos levar ao pé da letra, claro, a antipatia de um cão por determinada pessoa, pois o motivo pode ser o cheiro (de outro animal, como um gato, por exemplo) em suas roupas, alguma característica física, tom de voz etc. Porém, há casos em que os cães percebem o lado ruim da personalidade de alguém.

3. Falta de atenção

Os cachorros são animais capazes de tomar decisões e decidir ações em questão de segundos. Quem nunca se distraiu por rápidos 10 segundos e teve sua comida roubada pelo danadinho do cão?

Por esses motivos, os cachorros conseguem perceber qualquer distração ou falta de atenção em qualquer atividade que os donos estejam realizando. Também são capazes de identificar quando estão sendo tratados de maneira diferente em relação a outro cão ou animal de estimação.

E quando essas duas situações se tornam frequentes, seu pet pode se sentir diminuído e inferiorizado, podendo se tornar indiferente aos seus comandos.

Então, se você alguma vez já se questionou sobre a capacidade dos cães perceberem sentimentos nos homens, agora já sabe que eles realmente têm essa incrível capacidade.


A intuição dos cachorros é bem forte e eles podem sentir as emoções humanas sem que seja necessário dizer palavra alguma. Além disso, eles conseguem diferenciar expressões felizes ou furiosas em rostos dos seus donos.

Então? O cachorro é ou não o melhor amigo do homem? 




Fonte: www.adimaxpet.com.br/

sábado, 24 de setembro de 2016












Não há dúvida de que os animais têm emoções, e demonstram através da linguagem corporal. Portanto, tente ser mais consciente de suas ações e atitudes,observe que seu cão tem sentimentos.



Os cães sentem alegria depois de um trabalho bem feito. Eles se sentem tristes quando um membro do círculo familiar morre e tem amor pelos membros do seu grupo familiar.

No entanto, é importante lembrar que as emoções dos cães são diferentes das nossas. Os sentimentos que os cães experimentam não estão conectados com a sensibilidade que os seres humanos desenvolveram.

As demonstrações de emoções em cães não são mediadas por parâmetros sociais. Portanto, pode-se dizer que se manifesta da maneira mais pura.

Então, vamos falar um pouco sobre as emoções que o seu cão pode sentir:

Riso

Possivelmente quando você brinca com seu cão, você já ouviu um suspiro e, observando o gesto na face de seu cão, você acha que ele está rindo.


Embora nem sempre seja a situação, você pode estar certo. Recentemente, foi descoberto que certas respiração ou exalações poderiam ser a versão canina do riso.

Depois de uma pesquisa exaustiva da Universidade da Serra Nevada, foi descoberto que, durante as brincadeiras, os cães fazem uma exalação especial que é diferente do suspiro regular. Durante a reprodução de som com outros cães, eles estavam mais dispostos a brincar. Também foi observado níveis de estresse reduzido de cães de um abrigo ao ouvi-los.

Tenha em mente que um chiado constante, especialmente se o cão não tem sido muito ativo, pode significar que ele está sofrendo de insolação, insuficiência cardíaca ou respiratória.

Vergonha

A maioria dos donos de cães estão familiarizados com os sinais indicadores de que o cão tenha feito algo errado, ainda que esteja longe: ficar de cabeça para baixo, orelhas caídas, postura curvada e um olhar triste.

Mesmo se o dono não perceber imediatamente o que o cão fez de errado, a linguagem corporal dele parece indicar culpa. Mas para os cães, a emoção é um pouco menos complicada do que a culpa humana ou a vergonha.

Normalmente, esse tipo de postura de submissão que seu cão mostra é o resultado de antecipação ansiosa e medo de uma ação disciplinar severa.

Talvez o que desencadeia esse comportamento possa ser uma reação a um comportamento semelhante no passado, ou pode ser a mudança no seu humor e sua linguagem corporal quando você descobre as trapalhadas que ele cometeu. Portanto, em vez de uma demonstração de culpa, a submissão é uma tentativa de te tranquilizar mostrando submissão.

Ciúme


Devido à estrutura social do cão, que é hierárquica, eles têm um senso de justiça frente ao tratamento que eles recebem muito apurado. Portanto, parece que o ciúme nos cães é desenvolvido quando eles sentem que são tratados de forma injusta.

Assim, um cão vai ficar com ciúmes se ele sentir que um animal ou alguém que ele acredita estar no mesmo nível de hierarquia, é recompensado sem merecimento.

No entanto, essa atitude não é exclusiva para os cães, pois é possível observar comportamentos similares em animais que vivem em sociedades cooperativas. Embora seja preciso saber administrar o ciúmes para não se tornar um problema.

Luto

Os cães sentem tristeza quando um membro do seu círculo familiar morre e mostram sinais claros de sofrimento:

Perda de apetite;
Medo;
Depressão;
Dormir demais;
Pouco sono;
Ansiedade;

Dê tempo ao seu animal de estimação para que ele possa lidar com a perda. A maioria dos cães volta ao normal depois de duas semanas, mas para alguns pode ser um processo longo e, se a saúde do animal for negligenciada, pode levar à morte.

Fonte: meusanimais.com.br

sexta-feira, 23 de setembro de 2016












por Daisy Vivian (revistadonna.clicrbs.com.br/)



E os de raça não definida são mais resistentes? Entendendo mais sobre a saúde do seu pet.

A dúvida é comum e pode ser respondida com outra pergunta: são os de raça não definida mais resistentes?

Sim, eles são. Embora se percam características morfológicas da raça e algumas de suas aptidões, a miscigenação traz lá seus benefícios. Obesidade, doenças cardiovasculares, doenças autoimunes, osteocondrite e até atrofia progressiva de retina são tendências que, se frequentes em uma família, perdem sua força nas próximas gerações quando genética é introduzida no grupo.

Mas por que animais de raça pura têm fama de ser menos resistentes? Isso está no histórico de cada raça. Imagine dez mil cães descendendo de apenas 50 animais? O lado bom é que a consanguinidade imprimiu nas raças o carácter selecionado pelo ser humano para atender a uma finalidade especifica. Da mesma forma, temperamento e características físicas que hoje acreditamos ser obra do acaso na verdade vieram de repetidos cruzamentos entre animais selecionados para esse fim. Cães de pastoreio deviam ser grandes e dóceis; cães de guarda, destemidos e corajosos. Cães de regiões frias deveriam ter grande cobertura pilosa e uma boa camada de gordura para protegê-los do frio. Dependendo da utilidade de canina para cada região selecionou-se os animais mais bem adaptados às exigências naturais.

Boa parte das raças conhecidas na atualidade teve sua origem na Idade Média. Se considerarmos as dificuldades de locomoção e o frio da região europeia, fica fácil entender porque houve tantos endocruzamentos. São Bernardo nada mais é do que um cão desenvolvido no Mosteiro de mesmo nome, assim como seu primo distante, Saint Hubert. O Rotweiller nasceu da região de Rotweill, na Alemanha, mesmo país de onde tiveram origem nossos estimados Pastor Alemão e Weimaraner. Assim, pelo próprio nome, se remete à origem de várias raças, como Pastor de Shetland, pequinês, dinamarquês e buldog francês. Algumas raças ganharam o nome de seus criadores, como o Dobermann, outras representam um orgulho para a nação, como a raça Kuvasz é para os húngaros. Durante a Segunda Guerra Mundial, devido a sua robustez e marcado instinto de proteção à família, os Kuvasz foram abatidos pelos soldados restando apenas 9 exemplares ao final da guerra.

Cruzando os descendentes uns com os outros imprimiu-se no fenótipo dos animais características que conferem valor à raça. Mas isso teve seu preço. Genes que tenderiam a desaparecer em exocruzamentos atravessaram gerações, isso para o bom e para o ruim. Daí a tendência para algumas patologias em função da anatomia de seus exemplares. Pastor Alemão e outras raças de médio e grande porte ficaram conhecidas por apresentarem com mais frequência displasias coxo-femurais, o que compromete sua saúde e finalidade da raça como guardiã, além de precisar o animal de medicação para controlar a dor. Cães com nariz enfiado no meio dos olhos têm tendência a doenças respiratórias. Cães grandes, como o Dog Alemão, deve o proprietário estar atento à torção de estômago. Ácido úrico? Dálmata. Coluna? Dachshund. Otite? Cocker Spaniel e Basset Hound. Luxação de patela? Poodle. E por aí vai.




Tá, e daí? Vamos deixar de abraçar um Collie porque a raça tem predisposição à dermatite?

Aos cinófilos de plantão, um esclarecimento: tendência não significa obrigatoriedade, e muitos criadores já estão há muito tempo selecionando seus animais com vistas à redução e até à extinção do risco de desenvolver determinadas doenças. 

Pensando no resistente vira-lata? Sim, de fato. A miscigenação fez dos cães mestiços animais mais fortes, Quem não resistiu morreu ainda filhote e não transmitiu seus genes adiante, seleção natural que foi dando seu alô. Mas atenção! Mais resistente não quer dizer imune, e não é raro cachorro sem raça definida apresentar qualquer uma das patologias comuns em animais de raça. Basta ser o cão pequeno e ter frouxidão nos ligamentos do joelho para nosso vira-latas estar no veterinário com luxação de patela. Alergia alimentar não é raro em cãezinhos que pegamos da rua, o mesmo vale para alergia a pulgas e displasia. É bom ter em mente que animais, de raça ou não, são criaturas vivas e isso por si só já é passaporte para em algum momento aparecerem doenças que vão comprometer a saúde e o bem-estar de seu mascote nem que seja na sua velhice.