Vieram de perto ou de longe com uma só finalidade: salvar vidas, procurar vidas. Num cenário de destruição, provocada por terroristas insanos, os cães heróis deixaram sua marca no 11 de sembro.
À medida que os anos passam e as memórias vão desaparecendo, as histórias do 11 de Setembro pertencem cada vez mais ao livros. Já passaram doze anos desde este trágico acontecimento onde 3000 pessoas perderam a vida.
Após os atentados do 11 de Setembro estiveram envolvidos cerca de 100 cães de serviço que ajudaram os seus donos a descobrir corpos de pessoas que estavam presos entre os escombros ou mesmo a salvar os seus donos e outras pessoas que se encontravam dentro dos edifícios.
Omar Eduardo Rivera, um técnico informático cego que trabalhava no 71º piso do World Trade Center (WTC) foi salvo pelo seu cão, o Dorado. Quando o primeiro avião embateu contra a sua torre, Rivera estava consciente que as suas hipóteses de sobrevivência eram baixas pois iria demorar muito tempo para sair da torre. No entanto, queria salvar o seu Labrador e, como tal, soltou-o no meio da multidão para que ele pudesse sair do edifício. “Pensei que estava condenado – o barulho e o calor eram terríveis – mas tinha que dar ao Dorado a oportunidade de sobreviver. Por isso, tirei-lhe a trela e ordenei que fosse embora”, relata Rivera. O Dorado foi arrastado pela multidão que descia em massa, mas alguns minutos depois Rivera sentiu o focinho do cão perto das suas pernas - o cão não iria abandonar o seu dono. Juntos desceram as escadas e mais tarde uma colega prestou-lhes assistência. Depois de mais de uma hora conseguiram sair do edifício que, alguns minutos mais tarde, se desmoronou. Sem o Dorado, Rivera não teria sobrevivido.
Nona Kilgore Bauer no seu livro Dog Heroes of September 11th: A Tribute to America's Search and Rescue Dogs enaltece a importância dos cães neste evento trágico: “Sem a contribuição dos cães de busca e salvamento muitas famílias não teriam a paz e o conforto de receber de volta o seu familiar ou amigo querido”.
Inicialmente os animais e as pessoas trabalharam incansavelmente para encontrar os sobreviventes, mais tarde para encontrar os seus corpos e ajudar as famílias a encontrar o descanso final. Para além de encontrarem corpos, os cães tiveram ainda o papel de terapeutas ao assistirem muitos bombeiros, quando estes sofriam ao encontrar os corpos inanimados dos seus companheiros de profissão.
Os cães de serviço provaram ser de grande mais valia nesta tragédia tendo sido responsáveis por recuperarem um terço dos corpos humanos encontrados. De fato, os cães têm uma grande resistência e conseguem cobrir uma grande área em pouco tempo. Além disso, o seu extraordinário olfato é capaz de detectar pequenas amostras de DNA, o que é impossível para um humano.
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