sexta-feira, 30 de novembro de 2012











Cuidar da alimentação do seu pet é um ponto crucial para mantê-lo saudável e sem problemas.

No lugar de alimentar o seu cachorro apenas uma vez ao dia, refeições menores e espaçadas durante o dia ajudam a manter equilibrado o nível de açúcar. Se o seu cão é alimentado apenas uma vez ao dia, isso pode fazer com que o nível de glicose aumente e depois caia perigosamente após 12 horas.

Alimentar o seu cão todos os dias na mesma hora e com a mesma quantidade.

Escolha marcas boas de ração, como Hill’s e Royal Canin, que sejam específicas para cães diabéticos. Elas já vem balanceadas para suprir as necessidades do seu cão.

Aprenda a ler as embalagens dos produtos para conferir se aquela comida é ou não ideal para o seu cãozinho.

Entre as refeições, não é bom dar lanchinhos e biscoitinhos para não desregular o trabalho de manutenção dos níveis de açúcar, porém não significa que ele nunca poderá ganhar uma gostosura. Converse com o seu veterinário para que ele possa indicar um lanchinho específico para cães com diabetes, dando-o ocasionalmente.

Se uma refeição possui muito carboidrato complexo (amido e fibra), a glicose é lançada no sangue em um período maior e mais controlado.



Refeição ideal:

- Conteúdo de gordura restrito

- Mais carboidratos complexos.

- Muita fibra.

A diabetes é freqüente na espécie canina e ocorre mais nas fêmeas do que nos machos. Em algumas raças (Poodle, Dachshund, Schnauzer anão, Beagle, Golden retriever, Spitz,Samoieda), observam-se predisposições genéticas que favorecem o desenvolvimento da doença.

Veja os tipos:


Diabetes Melito - DESENVOLVIMENTO

Clinicamente, a diabetes caracteriza-se pela manifestação de uma síndrome que apresenta poliúria e polidípsia: o cão urina e bebe mais do que o normal. Esta síndrome costuma ser acompanhada de emagrecimento, apesar do aumento do apetite.

A estas manifestações, clássicas, da diabetes melito, podem-se acrescentar problemas cutâneos, em particular alopecia e piodermite; problemas oculares dominados pelo aparecimento de uma catarata; problemas urinários diferentes da poliúria, que costumam traduzir-se numa infeção; e, aumento do volume hepático, revelado pela palpação abdominal.

DIAGNÓSTICO

Primeiramente, o veterinário deverá diferenciar o tipo de diabetes (melito ou insípido) em função dos sintomas, o clínico deverá solicitar uma análise para determinar a quantidade de glicose no sangue do animal em jejum.

Em caso de diabete, a glicemia, cuja percentagem normal situa-se entre 0,80 e 1,20 g/l, eleva-se sempre acima de 1,5 g/l. Podem-se produzir valores muito elevados, de até 4 g/l. Quando a glicemia ultrapassa 1,80 g/l, o excesso de glicose é eliminado pela urina (glicosúria).

A ausência de glicose na urina não é suficiente para se concluir que o animal não é diabético. Além da glicose, o veterinário costuma medir outros parâmetros sangüíneos, cujas variações podem revelar o aparecimento de complicações hepáticas ou renais, freqüentes ao longo desta doença. Assim, a análise dos transaminases (cuja percentagem revela o bom ou mau funcionamento hepático), da uréia e da creatinina (cujas percentagens referem-se a qualidade do funcionamento renal) são essenciais para poder avaliar as repercussões da patologia no fígado e rins e precisar o prognóstico. Se existem complicações renais em particular, o prognóstico da diabetes melito deve ser feita com reserva, seja qual for a terapia empreendida.

PROCURAR AS CAUSAS QUE FAVORECEM

Quando se confirma a existência de diabete melito, é muito importante investigar as causas que podem favorecê-la. A diabetes do cão pode estar associada a outras doenças ou desequilíbrios endócrinos. Assim, pode ser comprovada a evolução da síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo), no caso de excesso de secreção de hormônio do crescimento, de desequilíbrio endócrino na época do cio, de feocromocitoma (tumor geralmente benigno da medula supra-renal), de hipertiroidíase ou, também em conseqüência de injeções de cortisona. A investigação das causas favorecedoras é muitíssimo importante, pois seu tratamento específico permite curar, definitivamente, a diabetes melito ou, pelo menos, facilitar o seu tratamento sintomático.

TRATAMENTO

Depois da definição do diagnóstico, aplica-se uma terapia destinada a suprir a deficiência de secreção de insulina pelo pâncreas. Esta terapia, freqüentemente baseada na injeção de insulina de origem porcina, não deixa de ocasionar problemas, e deve ser bem elaborada. Não se trata de fazer baixar a glicemia para seu valor normal, o que seria praticamente impossível e até perigoso, pois os riscos de hipoglicemia são reais, mas sim, de reduzir a percentagem abaixo de 2g/l quando a atividade da insulina atinge um nível máximo.

Para chegar a este resultado, recomenda-se administrar, durante 2 a 3 dias, uma dose-padrão de insulina, calculada em função do peso do animal; pode ser necessário a hospitalização durante um dia para se fazer uma curva da glicemia com coletas de sangue de meia em meia hora, durante 12 horas. Esta curva informa sobre os níveis de glicose no sangue e permite corrigir, eventualmente, a dose de insulina prescrita no início do tratamento e determinar as horas mais adequadas para a distribuição das refeições. Uma vez determinados estes valores, convém cumpri-los, e, em particular, injetar a dose de insulina por via subcutânea em cada dia, na mesma hora, em uma ou em 2 vezes.

Em princípio, este tratamento será aplicado durante toda a vida do animal: em todo caso, a correção dos desequilíbrios endócrinos, anteriormente mencionados, permite deixar de aplicar a insulinoterapia aos poucos, num reduzido número de casos. Na fêmea, quando a diabetes é conseqüência de um problema genital, aconselha-se proceder à castração, a fim de suspender o tratamento com insulina ou de controlar melhor as variações da diabetes, que de vez em quando, exigem uma modificação da dose a ser administrada.

O acompanhamento da doença nunca se deve basear na pesquisa de açúcar na urina, pois os erros de interpretação, algumas vezes consideráveis, podem induzir em erro no tratamento e levar (esse o maior risco) a injetar doses de insulina capazes de provocar a morte do animal. Uma coleta mensal de sangue permite um acompanhamento seguro da evolução da doença.

Os acidentes, ou incidentes, da insulinoterapia, são dominados pelo aparecimento repentino de uma hipoglicemia que, clinicamente, se traduz em fadiga, transtornos de locomoção e, nos casos extremos, coma. Estas complicações requerem um tratamento específico, de urgência, que só pode ser decidido pelo veterinário.

Paralelamente ao tratamento médio, será necessário adotar uma dieta hipocalórica. A este respeito, existem regras específicas que só o veterinário deve decidir.

RESUMO

Apesar do melhor conhecimento dos mecanismos da diabetes melito no cão e dos exames modernos, o tratamento da doença no cão continua sendo difícil, exige muita atenção por parte do veterinário e, principalmente, do dono, que será obrigado a aplicar, todos os dias, a injeção de insulina e a dar comida em horários determinados. Infelizmente, existem muitos fatores (alimentação, nível de atividade) capazes de quebrar o equilíbrio estabelecido. Portanto, é um tratamento que exige perseverança.

Diabetes Insípido - DESENVOLVIMENTO

O diabetes insipido (D.I) pode se apresentar sob 2 formas: central, onde ocorre uma deficiência hormonal, e nefrogênica, caracterizada por problemas ao nível dos rins. Ambas impedem que o animal afetado concentre a urina.

Central ou Nefrogênica?

Na filtração glomerular, mais de 90% da água é reabsorvida pelos rins. Esta reabsorção, vital para o organismo porque impede a desidratação, está sob influência do hormônio antidiurético (ADH), que é sintetizado no núcleo supra-ótico e núcleos para-ventriculares do hipotálamo, sendo armazenado na hipófise superior. Se ocorrerem processos inflamatórios, circulatórios ou tumorais nesta região, este hormônio pode ter sua síntese e/ou secreção comprometidas, tratando-se, então, de um diabetes insípido central.

Se o ADH for secretado mas as células do nefron distal e ductos coletores renais não lhe forem sensíveis, o diabetes será insípido nefrogênica ou renal. A insensibilidade dessas estruturas raramente é congênita (na patologia veterinária canina foram descritos apenas 3 casos). Na realidade, o diabetes insípido nefrigênuca costuma ser secundário a outros distúrbios dos rins; nesses casos é reversível, isto é, depois do tratamento, o nefron distal e os ductos coletores podem recuperar a sensibilidade ao hormônio antidiurético, também chamado de vasopresina.

Em qualquer das 2 formas de diabetes insípido, existe uma eliminação excessiva de água pela urina, que se traduz numa polúria que o dono, às vezes, pensa ser incontinência, em virtude da grande freqüência de micções. Esta poliúria provoca uma polidipsia sendo, geralmente, a sede anormal o único sintoma da diabetes insípido que leva a procurar um médico.

DIAGNÓSTICO

Para fazer o diagnóstico quando tudo aponta para o diabetes insípido, o veterinário calcula as quantidades de água tomadas pelo cão e submete-o a uma prova de privação hídrica.

Na maioria dos casos quando não existe ingestão de água, todos os cães em bom estado de saúde podem concentrar a urina. Essa concentração pode ser visualizada, pois a urina vai se tornando mais escura. Mas o veterinário pode calcular a concentração com aparelhos especiais para este fim e que medem a densidade urinária. No cão normal, submetido a uma privação hídrica durante 6 a 12 horas, essa densidade é superior a 1,025. Se continuar sendo inferior a 1,025 no fim das 12 horas, o diagnóstico de diabetes insípido confirma-se.

Para saber se o diabetes insípido é central ou renal, faz-se a prova da vasopresina, que consiste em injetar o hormônio antidiurético e verificar se, depois ocorre uma concentração urinária; se ocorrer, o diabetes insípido será central; caso contrário, será renal, restando então determinar a causa do problema.

TRATAMENTO

O tratamento do diabetes insípido central é substitutivo, baseado em injeções de hormônio antidiurético. O diabetes insípido renal é mais problemático, pois é decorrente de um fator primário que está afetando os rins.

Importante: Tenha um veterinário sempre acompanhando o seu cachorro. Baseado nas condições específicas do seu cão, ele irá desenvolver uma dieta balanceada.



Importante: Tenha um veterinário sempre acompanhando o seu cachorro. Baseado nas condições específicas do seu cão, ele irá desenvolver uma dieta balanceada.

Fonte: Portaldodog.com/ Dogtimes.com.br

segunda-feira, 19 de novembro de 2012




O amigo dos gatos.

No âmbito de uma exposição sobre a vida e obra de Manuel António Pina, o Museu Nacional da Imprensa preparou um inquérito (cujos excertos reproduzimos aqui) sobre a relação dos escritores com os gatos. As perguntas simples que fizemos a vários escritores foram as seguintes: Por que gostam os escritores de gatos? Ou por que gostam os gatos dos escritores?

 
O amigo dos gatos
Manuel António Pina

Vasco Graça Moura

Passei meses até conseguir quem fosse ficando com os gatos e dei-me por vacinado. Mas escrevi dois poemas sobre gatos. Por que gostam os gatos dos escritores? Se gostam, deve ser por não se sentirem obrigados a ler o que eles escrevem.

A sombra, o gato

vejo atrás dos vidros 
no jardim o gato 
siamês que passa 
entre os girassóis

na mesa da sala 
há mais girassóis 
num pote azul 
de faiança,

às cinco da tarde 
a janela, 
a porta, 
estão fechadas, mas

agora o gato 
vai passar na penumbra, 
entre os girassóis 
e a parede.

é uma sombra 
rapidamente 
imaginada 
sobre a mesa,

que fita em ponto, 
de olhos límpidos, 
e percebe o jogo 
de espaços e que

já regressou ágil 
de salto felino 
ao corpo do gato 
repentino lá fora.

Vasco Graça Moura



Teolinda Gersão

Os escritores, tal como os gatos, são criaturas solitárias, ciosas do seu espaço e da sua liberdade, que gostam de silêncio, de concentração e de companhia quanto baste. Os gatos não exigem de mais de quem vive com eles...



Mário Cláudio

Sempre dei pousada a gatos, vagabundos quase todos, ora salvos de uma jaula, de uma sarjeta ou de um contentor do lixo. Com nomes cristãos, e mais do que isso, artísticos e literários, os batizei...

Maria Teresa Horta

Entre os escritores e os gatos, há uma envolvente conivência mítica, uma enigmática ligação íntima, feitas de perdimentos e silêncios, fiapos de escuridade e de inexplicáveis solidões matizadas por súbitos luzimentos, numa entrançada trama de melancolias...

Baptista-Bastos

Certa vez, perguntei-lhe: "Por que tens tantos gatos?" Respondeu: "Eles é que me têm." O Pina, o Manuel António Pina, gostava de gatos, talvez mais do que seria previsível, mas os gatos gostavam muito dele. Entravam-lhe em casa...

Manuela Azevedo

Não é exclusivo do escritor o entendimento e o amor pelos gatos. Recordo, por exemplo, quanto Chopin amava o gato que acorria à sua companhia, mal o pressentia a dedilhar o piano. Adoçando-lhe as horas convulsivas com a companheira George Sand...

António Torrado

Se os gatos falassem, teriam a voz macia do Manuel António Pina. Acho que ele a apurou do convívio, ao longo de décadas, com os seus bichanos. Quem dominar o tema, o que não é o meu caso, que só tive dez gatos de uma vez...

José Jorge Letria

Só posso dar razão a Charles Baudelaire quando defendia que ninguém deve considerar-se dono de um gato, já que são os gatos que verdadeiramente fazem de nós coisa sua, território dominado e objecto de posse a que não sabem renunciar.

Álvaro Magalhães

Nunca se saberá, mas arrisco o seguinte: a escrita exige o arco do ócio: leveza, lentidão, abstração, desprendimento, isto é, que se seja gato. Sim, é verdade: quando o tempo do escritor coincide com o do gato, esse tempo adquire mais duração e qualidade.

Inês Pedrosa

Creio que os escritores tendem a gostar dos gatos pela sua independência observadora e pela imprevisível meiguice. Prefiro estas qualidades nas pessoas. Os gatos gostam dos escritores porque não os incomodam: deixam-nos viver.

Alice Vieira

Um gato é a independência (indiferença?) em estado puro, a dignidade que lhe vem dos tempos em que era tigre - e essas coisas não se perdem nunca.

Fonte: Jornal de Notícias.pt

domingo, 18 de novembro de 2012



Churiço, o gato rosa.  

por Camila Turtelli

camila@bomdiabauru.com.br


Hoje em dia, uma das primeiras providências que as pessoas tomam ao perceber o sumiço do seu animal de estimação é publicar um anúncio sobre isso na internet. E foi o que a estudante de enfermagem Stefanny Mayra fez quando notou a falta do seu gato Churiço. 

Ela já estava até acostumada. Afinal, Churiço, de 4 anos, já havia sumido duas outras vezes. Em pouco tempo, a mensagem da estudante se espalhou como rastro de pólvora na internet, porém, com uma repercussão inesperada para ela. “Acho que o gatinho ficou traumatizado e fugiu”, comentou um internauta. “Quem o encontrar, não o devolva para a dona”, dizia uma postagem. Estes e outros muitos comentários que apareceram sobre Churiço no Facebook protestavam pelo fato de Stefanny ter pintado o gato de cor-de-rosa. 

Sim, Churiço é um gato artificialmente cor-de-rosa. Desde que ela o adotou e que ele tinha idade suficiente para tomar banhos, o bichano passou a ser tingido. Naturalmente, ele tem a pelagem toda branca, o que facilita a adesão de qualquer outra cor fantasia. 
Para chegar à coloração pretendida, a estudante usa folhas de papel crepom. “Ele nunca teve reação alérgica”, afirma Stefanny. 

Segundo a médica veterinária Ana Lúcia Geraldi, a técnica da estudante não é prejudicial à saúde de Churiço. “Não atinge a mucosa e dificilmente poderá causar alguma reação ao animal. O que não pode é usar tintas que tenham amônia”, conta. “Porém, atualmente há no mercado tintas específicas para pets que são mais indicadas quando alguém quer tingir um animal”, recomenda a veterinária. 

Ou seja, de acordo com a veterinária, não há danos à saúde do gato, e o que resta é um julgamento, digamos assim, moral ou psicológico sobre a questão de se tingir animais. “Ele tem comida, é bem tratado, vacinado, vermifugado, tem todo o carinho e a tinta não agride ele. 

Não tem nada a ver as pessoas dizerem que eu o maltrato”, protesta a estudante. “Todo mundo adora ele pelo bairro. As pessoas param para tirar foto com ele”, conta Stefanny. Ela diz ainda que por chamar muita atenção o gato já foi levado de casa outras vezes. Uma vez, ela, que mora no Parque São Geraldo, o encontrou no Jardim TV (cerca de 6 quilômetros de distância).“Já vi também criança colocando ele no carrinho de bebê para levá-lo para um passeio”, completa. 

É certo que a polêmica sobre tingir ou não a pelagem dos animais de estimação é grande e passa também por outros setores, como por exemplo, o uso excessivo de acessórios em cães e gatos. E enquanto Churiço continuar desaparecido, Stefanny ainda vai ter de debater muito a questão com protetores de animais e outros interessados no caso pela internet.

Tinta dura até 3 meses e sai com o tempo

O período de espera para a fixação de uma tinta especial para pet é entre 20 e 25 minutos, fora a etapa de aplicação (feita com o pincel), o banho e a secagem. A coloração pode durar de 2 a 3 meses e desbota aos poucos.

R$ 40 
É o valor mínimo do procedimento, realizado em pet shop, de tintura de um cachorro de porte médio

Riscos vão de coceira até intoxicação

O animal pode desenvolver uma reação alérgica após a aplicação e também ter coceira. Nesses casos é preciso procurar um veterinário.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012






Com roupas e nomes de gente, vão à creche de perua escolar, passeiam no shopping, fazem sessões de spa. "O cachorro é o centro de muitas famílias, é a nova televisão. É ele quem une as pessoas", diz a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de, entre outros livros, "De Perto Ninguém é Normal".

Na casa de Ully Caroline Sousa, 27, e Alessandro Alla, 29, ele médico radiologista e ela estudante de medicina, é assim: viagens e restaurantes, só quando a Diva pode. A mestiça de shih-tzu com maltês tem dois anos e meio e quase os mesmos privilégios de uma criança mimada da sua idade. Dorme com o casal (que não tem filhos), vai à creche de segunda a sexta-feira para ter aulas de adestramento e ganha presentes da Barbie. "Diva é a nossa filhinha", diz a "mãe".

Casais que adotam cachorros são os clientes mais fiéis de Vanessa Rodrigues, veterinária dona da creche animal Cãominhando, que chega a ter 150 mensalistas fixos. No pet shop de luxo de Felipe Faria, no shopping Cidade Jardim em São Paulo, casais e mulheres sós são os que mais usam o serviço de fraldário, primeiro no Brasil.

Não é preciso ir mais longe: sobram evidências para o que os especialistas chamam de antropomorfismo ou humanização – atribuir aos bichos características e sentimentos humanos. As hipóteses para explicar o fenômeno são muitas. "A configuração da família está mudando. Cresce o número de pessoas sozinhas e com dificuldade de se relacionar", comenta Goldenberg.

Para o psiquiatra Elko Perissinotti, vice-diretor do Hospital Dia do Instituto de Psiquiatria do HC, o contato com animais de estimação tem a mesma função do contato interpessoal: suprir carências afetivas. "É uma relação benéfica e prazerosa. O simples toque em um animal libera hormônios que aumentam a disposição para contatos sociais, entre outros benefícios."

Da brincadeira divertida para a relação pai e filho é um pulo. Segundo a veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs (ela é uma das idealizadoras do projeto Pet Smile, de terapia assistida com animais), o grande atrativo que faz os bichos serem humanizados é que eles são fontes certeiras e inesgotáveis de afeto. Um cão não reclama se você chegar tarde e sempre está disposto a dar uma volta. "É o relacionamento perfeito. Podemos desabafar sem receber críticas. Colocamos eles no patamar afetivo de seres humanos e preenchemos um vazio", diz Hannelore.

A promotora de eventos Sandra Portelo não esconde sua relação com as cadelas Carla Bruni, Isabeau e Nina: "Cachorro é o único amor que a gente compra. É amor incondicional. É polêmico, mas é assim que penso." E gasta R$ 1.000/mês com as peruagens no pet shop.

Cecy Passos, 40, é dona e empresária da gata Nikole. A bichana de dez anos tem uma carreira de top de botar inveja em adolescentes. Assina linha de produtos felinos, abre desfiles de moda, tem site e seguidores no Twitter. Tanta fama faz com que muita gente conheça a dona pela gata (e não o contrário). "Vou a todo lugar com ela. Somos uma só. Às vezes, é como se eu tivesse perdido a identidade", diz Cecy.

Eis então o problema: não é chamar de filho ou dar regalias ao bicho, segundo o psiquiatra Alvaro Ancona de Faria, professor da Unifesp. "O problema é idealizar a relação e projetar no animal um comportamento que não é de sua natureza. Como é mais fácil de controlar, a pessoa acha que é uma relação perfeita e acaba ficando desestimulada de criar outros vínculos sociais."

Serem tratados como crianças também não faz bm aos cães e aos gatos. "As necessidades básicas dos animais podem ser esquecidas", diz Ceres Berger Faraco, veterinária e terapeuta animal. Em sua clínica, a terapeuta atende famílias com "cachorros-problema". "São cães agressivos e que não podem conviver em grupo. Eles ficam assim porque são tratados como gente."

Não custa passar o lembrete de Cesar Ades, professor do Instituto de Psicologia da USP e um dos pioneiros no estudo de comportamento animal no Brasil: apesar de o contato com bichos fazer bem, nunca vai substituir a relação com outras pessoas. "São coisas diferentes. O cachorro nos dá coisas que o ser humano não dá, e os animais não dão tudo que os humanos dão. Eles nos dão uma alegria canina. Só isso já é culturalmente válido."

Fonte:caesegatos.com.br

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

GATO É COTADO PARA ESTRELA DE HOLLYWOOD.





O gato Bob tem tudo para trilhar o mesmo sucesso estrondoso do cachorro travesso de Marley & Eu. E isso inclui conta no Twitter (com 12 mil seguidores), página no Facebook e até mesmo um fã clube (o Gatos de Rua).
O reconhecimento veio depois que o britânico James Bowen, dono do gato de rua, escreveu a história sobre como Bob o ajudou a deixar de ser um sem-teto viciado em heroína aos 33 anos. A obra já vendeu mais de 250 mil cópias e foi traduzida em 18 idiomas, além de render R$ 97,5 mil (o equivalente a 30 mil libras).
Foi assim que tiveram início as conversações com um agente de Hollywood sobre a ida da história para as telas. À frente da negociação está Mary Pachnos, a mesma agente literária que fechou o acordo de Marley&Eu. Vale lembrar que a versão estrelada por Owen Wilson e Jennifer Aniston fez quase R$ 30,5 milhões (US$ 15 milhões) apenas na estreia.

"Eu devo tudo a Bob”, disse James ao Daily Mail. O tudo a que James se refere começou há cinco anos, quando encontrou Bob, morrendo de fome e ferido, na escada do apartamento do governo onde mora, em Tottenham, no norte de Londres.
“Ele estava escondido no meu prédio. Tinha uma grande ferida na lateral.” Lutando para manter-se longe das drogas, James relutou em ficar com o gato. Depois de três dias, limpou suas feridas e usou seus últimos trocados, cerca de R$ 91 para medicá-lo. Na época, ele ganhava apenas R$ 81 por dia. Dependente de metadona e vivendo em um apartamento de um quarto pequeno, a vida de James não ia nada bem.
Logo, a rotina diária que um animal de estimação requer era um desafio. James não pretendia mantê-lo e tentou libertá-lo. Mas Bob sempre voltava. Até que um dia, James saiu para sua rotina habitual de tocar nas ruas de Londres por dinheiro e Bob o seguiu. Subiu no mesmo ônibus que James e pulou em seu pescoço. Os dois começaram, então, a trabalhar juntos.
Enquanto James canta, Bob se enrola em um cobertor. Logo no primeiro dia, sem que Bob fizesse nada, as pessoas começaram a jogar moedas. Com Bob, James passou a levar para casa três vezes a quantia que conseguia antes por dia.
Rapidamente as pessoas estavam trazendo petiscos para Bob, brinquedos, até mesmo roupas. A fama do felino começou a crescer com os vídeos feitos por fãs e postados no YouTube (veja acima e abaixo).

Mesmo assim, quando James foi abordado pela agente literária Pachnos, ficou surpreso. “Ela disse que estava atrás de nós por semanas e queria saber se eu estava interessado em contar minha história. Seis meses depois, tínhamos um livro.”

A edição ficou seis meses nas listas de top-10 dos mais vendidos e chegou ao primeiro lugar de não-ficção atualmente. A versão infantil já está no forno. O livro, contudo, vai deixar de fora os detalhes do passado de James, como o consumo de drogas e se concentrar em sua ligação com Bob. Até finalizar a negociação com Holywood, James e Bob estão de volta às ruas, mas apenas duas vezes por semana.

Fonte: epocanegocios.globo.com

domingo, 11 de novembro de 2012





FRAJOLA E PIU-PIU, MAS SEM BRIGAS.

Pintinho adotado por gatas vira atração turística em Cerqueira César.
por Deise Voigt
Do G1 Itapetininga e Região






Curiosos formam fila no sítio para fotografar ave que age como gato.'Ele não quer se misturar com as galinhas', diz protetora que cuida do filhote.





Pintinho que se acha um gatinho (Foto: Divulgação / Jeferson Cruz)Pintinho foi 'adotado' por família de gatos. Ele vive entre três gatas e 18 filhotes felinos.
(Foto: Divulgação / Jeferson Cruz)






O sítio da dona Marina de Souza Gonçalves, em Cerqueira César (SP) nunca foi tão movimentado quanto nos últimos dias. Desde a quarta-feira (7), curiosos formam fila no sítio para fotografar o pintinho que foi adotado por três gatas.

O filhote, garante a protetora de animais, dorme com os gatos, se alimenta da ração dos bichanos e não quer mais se misturar com as galinhas. “Quando eu tiro ele do meio dos gatinhos, ele pia. Pelo menos por enquanto ele não começou a miar”, disse ela.

A história começou no final de outubro, quando a protetora de animais, que cuida de mais de 20 gatos abandonados, recebeu o pintinho. “Uma senhora havia comprado para presentear a netinha, mas o pai da menina não permitiu. Ela trouxe o pintinho aqui e eu o coloquei no lugar mais quentinho do sítio, no cômodo onde estão os filhotes”, contou ela.



Pintinho foi adotada por gatas e, segundo protetora, passou a se comportar como elas (Foto: Marina Gonçalves/Divulgação)

Dentro do cômodo, com três gatas e 18 filhotes, o pintinho passou a comportar-se como eles. “Ele dorme no meio dos gatinhos e, depois de certo tempo, notei que ele também começou a se alimentar da mesma ração dos gatos”, iniciou. “Eu já tentei colocá-lo com as galinhas, mas ele não aceita. Só quer ficar com os gatos.”

O caso virou atração turística na cidade de pouco mais de 16 mil habitantes. Desde a quarta-feira (7), a história se espalhou pela cidade e filas de curiosos se formam no sítio, localizado na zona rural do município.

O pintinho, que virou modelo fotográfico, é considerado pela protetora de animais de 67 anos de idade como um caso raro. “Eu lido com bicho desde que nasci e já vi de tudo, mas nunca um caso como esse. Em geral, os gatos atacam passarinhos ou pintinhos como ele. Ele virou sucesso na cidade e já passou por várias sessões de fotos”, comentou.

Um dos curiosos é o jornalista Jeferson Cruz. Ele disse que a história é a realização de um desejo de criança. “Eu cresci assistindo Piu Piu e Frajola e sempre torcia para os dois virarem amigos... Agora isso aconteceu.”


A ave se acomoda entre os felinos. (Foto: Divulgação / Jeferson Cruz)A ave se acomoda entre os felinos para dormir. (Foto: Divulgação / Jeferson Cruz)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012




por LAYNNA FEITOZA




As cadelinhas Dany e Dara eram alegres e esbanjavam disposição. A vira-lata Dany, de um ano e dois meses que foi resgatada da rua, chegou na casa da secretária Vitória Régia de Queiroz, 41, praticamente no mesmo período em que a mestiça Dara, mistura de poodle com vira-lata, de 1 ano, veio de outra residência.


Algum tempo depois, a alegria das cadelas deu lugar à apatia e à falta de apetite. Vitória, a dona, agiu rápido. Levou-as ao veterinário e impediu que Dany e Dara integrassem o rol dos cães tardiamente diagnosticados com erliquiose – doença infecciosa canina transmitida pelo carrapato – cuja estatística corresponde à morte de 80% dos cães infectados.

O início foi marcado pela percepção de algo estranho em Dany, primeiro animal a manifestar os sintomas, conforme a secretária. “Ela ficou apática super rápido, ficou triste, não pulava e não brincava, justo ela, que pulava muito. No terceiro dia vi que ela parou total de comer. No quarto dia, a levei no veterinário. Ele examinou a gengiva e a mucosa dos olhos e viu que estavam pálidas. Ela também teve diarréia”, afirmou Queiroz. Uma semana depois, a segunda cadelinha apresentou os mesmos sintomas. O exame de sangue apontou um único diagnóstico, em ambas: erliquiose.

Dany e Dara tiveram a castração adiada, por conta da erliquiose. A partir daí, foi dado início ao tratamento. “Elas foram medicadas com Doxiclina. Não foi preciso fazer transfusão de sangue, porque descobrimos a doença logo no início. Entramos direto com antibiótico e o remédio para a anemia, chamado Hemolitan Pet. Dois dias após o consumo dos antibióticos, vi que elas já estavam comendo, mais animadas”, complementou a secretária.

Após o susto, Vitória destaca que o cuidado com o ambiente é imprescindível. “Acho que a prevenção é a melhor coisa. É bom escolher uma vez na semana para limpar a casa com produtos específicos, limpeza externa e interna, e de preferência com Butox, produto veterinário utilizado para limpar o ambiente e prevenir que os carrapatos se aproximem”, afiançou Queiroz.

E o cuidado com os animais deve ser reforçado, de acordo com a dona. “Devemos separar uma vez na semana para observar o animal, conhecer. Tem gente que chega em casa e não olha o seu animal. Se eu não as observasse, eu não as conheceria e tampouco reconheceria que algo não estava certo com elas. Ainda mais com carrapato, onde é preciso analisar, vistoriar o animal com cuidado”, certificou Vitória.

Dany e Dara foram submetidas ao tratamento adequado, que dura 21 dias. Um exame de sangue será repetido nas pets, para verificar se há ainda a presença da erliquiose no sangue das caninas.



De acordo com o médico veterinário Shirlley Soares, especialista em Hemoterapia Animal e também fundador do Banco de Sangue Veterinário do Amazonas, a erliquiose é uma doença infecciosa comum, que acomete o sangue dos caninos, mas que não é transmissível aos humanos.

“A erliquiose é um hemoparasita, isto é, um parasita do sangue. O carrapato é quem carrega esta bactéria e, ao picar o cachorro, contamina o animal. O parasita destrói a integridade das células sanguíneas do cão”, afirmou o veterinário.

A erliquiose configura uma doença grave para os cães pelo índice de mortalidade canina: cerca de 80% dos cães contaminados acabam morrendo. E é pior até por não manifestar sintomas no animal, no início da doença.

“A doença é assintomática no início, só vem demonstrar sinais em estágios avançados, cujos sintomas são anemia grave, falta de apetite e emagrecimento. O cachorro vai ficando fraco e tudo é reduzido, como a imunidade natural e o peso também”, assegurou Soares.

A doença pode ser diagnosticada por meio de hemograma realizado no animal, e a transfusão de sangue se revela determinante na hora de salvar a vida dos cães com erliquiose.

“A transfusão de sangue é um recurso para salvar a vida do animal, que geralmente, ao ser diagnosticado com erliquiose, já está perto da morte. Então é uma alternativa para ganhar tempo e tratar o cachorro. Depois, o tratamento segue à base de antibióticos e suplementos antianêmicos”, contou Shirlley.



A melhor maneira de prevenir a erliquiose é eliminando o causador dela do ambiente, que é o carrapato, segundo o veterinário.

“O carrapato é um problema do ambiente. É preciso tratar o ambiente e o animal ao mesmo tempo. Tem que dedetizar a casa e aplicar no cachorro certas medicações e artifícios que combatam o carrapato no animal, como talco, óleos, e coleiras carrapaticidas (coleiras de borracha que já vem com medicação)”, afiançou Soares.

Alimentos ricos em nutrientes benéficos ao sangue são recomendados ao cão, seja ele portador ou não da doença. É preciso ficar atento à ocorrência de perda de apetite no animal, advertiu o veterinário.

“Recomendamos fígado e carne, que são ricos em ferro e combatem a anemia. Já o primeiro sinal de que o animal não está bem é quando ele para de comer, sendo aí que o dono deve agir imediatamente, levando-o ao veterinário”, ressaltou Shirlley.



O tratamento da erliquiose deve seguir até o final, pois, se não for, não eliminará a doença, fazendo com que ela volte a acometer o cachorro.

“O cão pode ter uma recaída se não fazer o tratamento direito, pois o parasita continuará agindo no sangue, e a doença não será eliminada por completo. Recomenda-se até 21 dias de antibiótico direto, sem interrupções”, disse o veterinário.

E o resgate de cães da rua também precisa ser vistoriado logo ao levar os cães da rua para a casa, não apenas em casos de erliquiose, mas também para evitar a ocorrência de outras doenças e garantir a integridade do animal e do dono, salientou Soares.

“O resgate de rua é perigoso, porque pode trazer doenças para casa e para os outros cães que residirem nela, se houver. As viroses podem ser mais graves num cachorro, porque há certos tipos que não tem cura, como a cinomose. Ao decidir levar um cão da rua para casa, é necessário levá-lo no veterinário urgente, para verificar como anda a saúde do animal e tomar as devidas providências se caso o cão estiver infectado por algo”, concluiu o veterinário.



Fonte: acritica.uol.com.br