sábado, 25 de fevereiro de 2017

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Intoxicação: Saiba como agir





A intoxicação em cães e gatos é algo muito perigoso e que pode acometer o seu bichinho de diversas formas: por meio da alimentação, do consumo acidental de algum produto químico, da ingestão de medicamentos para humanos que não são indicados para animais, dentre outras.

É muito importante que o dono e todas as pessoas que vivem na mesma casa que o pet estejam sempre atentos e tomem algumas medidas preventivas, evitando que o animal sofra com qualquer tipo de intoxicação afirmam os profissionais veterinários do Vet Quality Centro Veterinário 24h.

Como prevenir a intoxicação animal?

Quem tem bichinhos de estimação em casa sabe o quanto eles são curiosos e querem cheirar tudo o que veem.

Porém, muitas vezes, o faro deles pode falhar, fazendo com que comam algo não indicado, o que pode desencadear uma intoxicação.

Como todo cuidado é pouco, veja algumas dicas para adotar no dia a dia e evitar problemas com o seu pet.

Tome cuidado com os produtos de limpeza

Como muitos animais ficam na área de serviço ou circulam ao longo do dia pelo local, é comum que eles tenham fácil acesso aos produtos de limpeza da casa.

Por isso, lembre-se sempre de guardar esses itens em armários e sempre se certificar de que eles estão bem fechados e fora do alcance do seu pet. Às vezes, produtos que consideramos rotineiros podem prejudicar e muito a saúde do seu bichinho.

Quando for deixar algo de molho em produtos de limpeza, cubra os baldes e bacias utilizados para isso e os mantenha no lugar mais alto possível em relação ao chão.

Caso você tenha lavado o piso com cloro, água sanitária, desinfetante ou outros produtos similares que podem causar intoxicação animal, jogue bastante água corrente no chão depois da aplicação.

Assim, você garante que não sobre nenhum resíduo do produto, o que é importantíssimo, já que o bichinho vai circular por ali e, depois, lamber as patinhas, como de costume.

Não dê remédios de humanos para o seu animal

Os animais possuem o organismo diferente do nosso e podem não suportar as dosagens e compostos presentes nos medicamentos utilizados por nós.

Por isso, jamais dê analgésico, anti-inflamatório ou qualquer outro tipo de remédio de humanos para o seu pet, exceto com a prescrição de um veterinário.

Tome cuidado também para não deixar os medicamentos ao alcance dos animais, pois, para os bichinhos mais curiosos, as caixas podem ser uma diversão, e a brincadeira pode resultar na ingestão acidental de produtos tóxicos.

Já os remédios para animais só devem ser dados com a prescrição de um veterinário, que vai saber indicar a quantidade exata, de acordo com o peso do seu animal.

Não deixe os seus alimentos ao alcance dos pets

Nossos bichinhos de estimação devem comer apenas ração, pois elas foram criadas para suprir todas as necessidades nutricionais deles sem causar nenhum tipo de dano.

Salvo os alimentos indicados pelo veterinário do seu pet, você não deve ceder à carinha que ele faz quando você está comendo algo, pois isso pode ser muito prejudicial à saúde do bichinho. O chocolate, por exemplo, é um alimento que jamais deve fazer parte da dieta de cães e gatos.

Por esse motivo, não deixe nenhum alimento descoberto e ao alcance do seu animal de estimação. Assim, ele não corre o risco de comer algo sem a sua autorização.

Tenha cuidado também com as crianças e as ensine, desde cedo, que alguns alimentos podem fazer mal para os bichinhos e, portanto, não devem ser oferecidos a eles.

Quais são os sintomas de intoxicação em cães e gatos?

Independentemente da causa do problema, alguns dos sintomas de intoxicação costumam ser muito parecidos em vários animais. Veja os principais sintomas que o seu bichinho, seja ele um cão ou um gato, pode apresentar se estiver intoxicado:
  • - Vômitos
  • - Apatia
  • - Salivação excessiva e secreções saindo da boca
  • - Diarreia
  • - Fraqueza
  • - Falta de ar
  • - Febre
  • - Taquicardia
  • - Agitação anormal
  • - Tremores e convulsões
Sendo assim, para que você possa notar os sintomas, deve sempre estar atento ao comportamento do seu pet e à rotina dele. Sempre que perceber qualquer comportamento que esteja fora do normal, leve o seu bichinho a uma clínica veterinária.

O que fazer se meu animal estiver intoxicado?

É normal que, ao ver o seu pet apresentando sintomas de intoxicação, o dono fique assustado e não saiba muito bem o que fazer. Em primeiro lugar, é fundamental que a pessoa mantenha a calma para que possa tomar as medidas necessárias corretamente, tudo sem prejudicar o animal.

Se você ver o seu pet ingerindo algo tóxico, o indicado é que tente tirar os resíduos da boca do animal imediatamente e, caso ele esteja em um local cercado por mais substâncias tóxicas, tire-o de lá.

Nesses casos, quando o dono vê o que o pet ingeriu, é recomendado que leve o bichinho ao veterinário e apresente ao médico a substância. Sabendo o conteúdo do produto tóxico, o profissional consegue oferecer um tratamento mais assertivo e rápido.

No caso de encontrar o seu animal passando mal e exibindo algum dos sintomas citados, leve-o ao veterinário rapidamente e, se possível, já ligue para o profissional no caminho: assim, o médico estará preparado para atendê-lo nesse caso de urgência.

Caso o animal tenha vomitado, leve também uma amostra do vômito, pois isso pode ajudar o veterinário a identificar o que foi ingerido. Entretanto, jamais induza o vômito no animal, salvo se isso for solicitado pelo médico.

E atenção: jamais dê leite ao animal para curar a intoxicação, pois, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o alimento pode agravar a situação.

O que pode ser dado ao pet enquanto ele não chega ao veterinário é um pouco de carvão ativado diluído em água, que é capaz de atrasar a absorção da substância tóxica que foi ingerida pelo organismo do bichinho.

Em alguns casos, além de uma lavagem gástrica, a internação veterinária pode ser necessária para curar a intoxicação em cães e gatos. Desse modo, o seu pet receberá um tratamento intensivo, podendo ser socorrido a qualquer momento caso tenha alguma outra reação durante a recuperação.

Fonte: Pet Rede
osaogoncalo.com.br

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Cães que salvam vidas





por Jack Phillips





Há inúmeros casos de pessoas que foram salvas por cães, incluindo um recente na França, onde um pastor alemão impediu que sua dona se suicidasse. A francesa foi salva por seu cachorro quando apontava um rifle para seu coração. Isso pode parecer fora do comum, mas na verdade muitos cães salvaram pessoas em ocasiões de risco de morte.

Apresentamos cinco exemplos:

Polônia

Há pouco tempo, uma criança de 3 anos desapareceu num povoado do país durante o inverno. No entanto, descobriu-se que um cão vira-lata a seguiu e a manteve abrigada durante toda a noite até que fosse encontrada pelo resgate.

“O animal esteve com a criança durante toda a noite, não a deixou nem por um momento. Estava 5 graus abaixo de zero e a criança estava molhada”, comentou um bombeiro sobre o incidente.

A criança foi encontrada a cerca de duas milhas de casa, no povoado de Pierzwin, e estava agarrada ao cachorro. O cachorro aparentemente dormiu com a criança durante a noite e a protegeu do frio intenso.

Indianápolis

Em novembro de 2012, o cachorro de uma família impediu que sequestradores armados assaltassem a casa. No incidente, um homem e uma mulher entraram e tentaram sequestrar a filha de 3 meses de Nayeli Garzón-Jimenez enquanto seu marido estava trabalhando.

Porém, o cachorro da família, um pitbull, impediu que os dois assaltantes raptassem a criança. “Ela começou a gritar e chorar”, disse o pai Adolfo Ángeles Morales em entrevista à estação local WISH-TV, referindo-se à filha, e acrescentou: “O homem disse: dê-me o dinheiro ou eu levo o bebê. Então, a mulher que estava com ele pegou a criança e correu para a porta.”

Ángeles Morales comentou que um dos cachorros não deixou a agressora passar pelas portas dos fundos e ela soltou o bebê.

Columbia Britânica

Em 2010, na pequena cidade canadense de Boston Bar, localizada a uns 24 km ao norte de Vancouver, um cachorro salvou um menino de 11 anos do ataque de um puma. O cachorro, chamado Angel, se colocou entre o menino e o puma e quase morreu na briga.

“Ele era meu melhor amigo, porém agora ele é ainda mais importante para mim, ele é mais que meu melhor amigo”, disse o rapaz Austin Forman à NBC News, referindo-se a seu cão.

Ele disse que antes do ataque o cachorro sabia que algo ocorreria, porque ele correu até o rapaz justo no momento que o puma atacou. O rapaz disse: “Tive sorte por meu cachorro estar comigo, porque aconteceu tão rápido que não daria para saber quem me atacou.”

Nova Jersey

Em fevereiro, uma idosa que sofre de Alzheimer se perdeu e caiu num matagal coberto de neve em Piscataway, Nova Jersey, porém um pitbull resgatou-a.

Cara Jones, dona da pitbull chamada ‘Criatura’, relatou à ABC News: “A cachorra olhou para mim e latiu, então, eu olhei e vi alguém estendido no solo, a pessoa tentava se levantar, porém os pedaços de madeira onde ela se apoiava quebravam e a pessoa caía novamente.”

Jones disse que não sabia por que a cachorra queria que ela fosse em direção ao matagal onde Carmen Mitchell, uma idosa de 89 anos, estava caída. Mitchell havia se perdido no bosque, ela estava cerca de um quilômetro e meio distante de seu cuidador.

Mesmo após uma busca completa, realizada pelas unidades K-9 da polícia, ela não foi encontrada, até que a pitbull entrou em cena.

“Muita gente me olhava de forma desconfiada por ter uma pitbull, hoje eu me alegro em tê-la”, disse Jones.

Reino Unido

Em Brixham, Inglaterra, em 2009, um homem caiu de uma encosta de 9 metros e quase quebrou o pescoço; ele foi mantido vivo por seus dois cachorros que o protegeram das baixíssimas temperaturas.

Michael Dyer, de 66 anos de idade, passeava com seus cães quando ocorreu o acidente. Dyer desmaiou e ficou caído na neve.

Como ele perdeu a consciência e só despertou à noite, seus cachorros ficaram com ele e o mantiveram aquecido o suficiente para que sobrevivesse ao frio.

Seu amigo Barry Robinson relatou ao Daily Mail: “Ele ama aqueles cachorros e o fato deles não o terem deixado é incrível.”

(*)Jack Phillips escreve para a Epoch Times
Fonte: epochtimes.com.br


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Cães de Pastoreio











O melhor amigo do homem também pode ajudar no campo


Para pastoreio de rebanho, trabalhos com cegos ou como animais de estimação, cães são mesmo os melhores amigos do homem.

Enquanto o border collie e o pastor alemão são excelentes para o cuidado do rebanho, o pastor-belga é ideal para investigações policiais. O golden retriever, dócil, é muito usado como cão-guia e é um ótimo animal de estimação. 



1- Pastor-belga malinois

Inteligente, ágil e dotado de ótima capacidade para aprender e executar comandos, o pastor-belga malinois (lê-se “malinoá”) é uma referência de raça canina para a função de guarda. Para farejar, capturar e proteger, o cão é o preferido por agentes de segurança quando é necessário o uso de animal em operações policiais de investigação.
Apesar de contar com um temperamento amigável, age com energia quando é necessário defender o dono ou a propriedade.



Contar com a ajuda de um cão no manejo de rebanhos facilita e traz economia ao trabalho dos pecuaristas no campo, mas o animal precisa ter aptidão de pastoreio e ser treinado. Além da habilidade, o baixo custo para mantê-lo, sendo a alimentação de qualidade a única exigência, é outra vantagem para o produtor que se vale da alternativa.

A border collie também apresenta qualidades para ser um animal de companhia, para participar de práticas esportivas e de competições de agility. Por ser dócil, amiga, gostar de crianças, ser fiel e devotada ao dono, é fácil de criar, seja em residências, chácaras, sítios ou fazendas. Rústico e cheio de vigor, o cão não demanda cuidados especiais com saúde, apenas vacinas e vermífugos de rotina.

3- Pastor alemão

Proteção é com ele mesmo, assim como versatilidade. Além de companheiro, o instinto de guarda do pastor-alemão o qualifica como ótimo guia para cegos e, no campo, desempenha ótimo trabalho na condução de ovelhas. De faro aguçado, é um dos preferidos em operações policiais e de bombeiros para encontrar drogas e fazer buscas em escombros.



4- Golden retriever
Ao mesmo tempo robusto e ágil, meigo e alerta, ativo e obediente, o golden retriever tornou-se uma raça canina multitarefa. Criado como cão de caça na Escócia no fim do século XIX, logo passou a ser o companheiro ideal de nobres bretanhos na modalidade esportiva.

Porém, ao longo do tempo, sua vocação para o trabalho ganhou popularidade, exercendo vários tipos de funções, como guia para cegos, farejadores de drogas, pastoreio, apartação e tratamentos terapêuticos.

Dócil, companheiro e de rápido aprendizado, no Japão, Inglaterra e Estados Unidos o golden retriever é uma das criações que apresentam o maior número de cães de raça.


Fonte: Revista Globo Rural



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Cães de Resgate







por Silvia C.Parisi (*)
Cão da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro


Os cães de resgate são usados para localizar crianças perdidas, cadáveres, vítimas de afogamento ou avalanches, sobreviventes debaixo de escombros, suspeitos de crimes ou fugitivos da polícia. Geralmente as raças de trabalho e esporte se saem melhor como cães de resgate. Isso porque elas vêem sendo aprimoradas ao longo dos séculos para servir ao homem. Golden Retrievers, Labradores, Pastores Alemães, Border Collies e Malinois são algumas das raças mais populares usadas no treinamento de cães de resgate.


Todas as pessoas têm um odor individual que provém da constante descamação de células mortas da pele, óleos produzidos pela pele e cabelo, respiração e transpiração. Gêmeos idênticos têm odores diferentes para os cães. O olfato apurado do cão pode detectar no solo, o odor de uma pessoa vários dias após ela ter passado pelo local. Cães treinados podem também detectar odores trazidos pelo vento ou sobre a superfície da água. São capazes de identificar odores abaixo de vários metros de entulho.

Os cães naturalmente sabem como encontrar um odor. Seu ancestral, o lobo, usava esse sentido apurado para sobreviver, farejando e caçando sua presa. O treinamento dos cães de resgate consiste em fazer com que o cão compreenda que queremos que ele nos ajude a encontrar certos odores, e que será recompensado por isso. No treinamento, específico para cada modalidade de resgate, a pessoa localizada pelo cão, assim como seu condutor, brinca com o animal e o recompensam pelos acertos.

Os cães que passarão pelo treinamento são avaliados quanto à obediência, sociabilidade, agressividade e medo de ruídos. Receberão treinamento de agility percorrendo obstáculos diversos, simulando locais de escombros. O treinamento, 20 a 30 hora por semana, deve ser iniciado na fase de filhote. Um cão e seu condutor estarão aptos para o trabalho de resgate após 2 anos de treinamento.

Nem todos os animais conseguem se "graduar" como cães de resgate. O cão terá que trabalhar em ambiente de estresse, procurar partículas microscópicas de odor humano, voar em helicópteros, navegar em barcos e depois de passar várias horas preso em uma caixa de transporte, pular e sair farejando... Não é um trabalho para um cão comum!


O trabalho com cães de resgate no Brasil é desenvolvido apenas nos estados de S. Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio de Janeiro. A maioria dos animais é treinada em corporações militares, como Exército, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, desempenhando um papel fundamental na localização de pessoas perdidas em florestas, desabamentos e soterramentos.

A capacidade de trabalho de um cão farejador para localizar pessoas equivale a 20 homens desempenhando a mesma função de busca, sendo que o animal pode realizar a tarefa em um tempo muito menor.

Marcelo Coruso, da Ong Cães de Resgate, treina animais para esse trabalho desde 1995, quando participou de cursos de treinamento de cães de salvamento, nos EUA. Nina, uma labradora falecida em 2004 aos 12 anos, foi o primeiro cão de resgate do Brasil, treinado por Coruso.

Segundo Marcelo, o treinamento dos cães se inicia em qualquer idade, quanto mais cedo melhor, mas é necessário que o animal passe por um 'teste vocacional'. Uma vez aprovado, o cão deverá freqüentar um curso de obediência e, posteriormente, será treinado para o resgate através de brincadeiras com o aroma a ser procurado.

Com relação às raças utilizadas, Marcelo esclarece que, à exceção de raças muito pequenas e frágeis, ou muito grandes, como o dogue alemão, qualquer cão está apto a ser treinado, desde que tenha habilidade para o trabalho.

No Brasil, o número de cães de resgate tem aumentado e já acontecem encontros de cães farejadores, eventos nos quais os condutores com seus animais participam de provas em diferentes ambientes, tentando descobrir os diversos odores.

A Ong Cães de Resgate dispõe de animais das raças Boiadeiro australiano (australian cattle dog), Springer spaniel e Rottweiller, treinados como farejadores. 

Apesar do trabalho tão importante realizado por esses cães, como todo serviço voluntário realizado por Ongs, é necessário patrocínio para manter os animais e deslocá-los para áreas mais distantes e até outros estados onde ocorrem os acidentes e desastres. Por falta de recursos, muitas vezes não é possível transportar os cães, e vidas podem deixar de ser salvas.

Os cães usados em salvamentos desempenham um papel tão importante na ajuda ao ser humano que já começam a ser reconhecidos. A cadela Dara, uma labradora que auxilia o 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros de São Paulo em deslizamentos de terra com vítimas, foi a vencedora do Concurso Cão Herói 2005, promovido pela Pedigree, no Brasil.

Sob a coordenação de Marcelo Caruso, cursos de salvamento e resgate com cães são ministrados pela 1a. União de Montanhistas - RADA/RAR. O objetivo é formar treinadores, militares ou voluntários, e seus cães.

"Seu cão pode ajudar a salvar uma vida, você já pensou nisso?"

(*) Silvia C. Parisi é médica Veterinária - (CRMV SP 5532)

Fonte: webanimal.com.br


sábado, 4 de fevereiro de 2017

Animais vivenciam - como os humanos - efeitos psicológicos de tratamentos médicos?



por Martha Henriques - Da BBC Earth




O efeito placebo, ainda um tanto incompreendido, é considerado uma particularidade estranha da medicina. Na teoria, a saúde de uma pessoa não deveria melhorar ao receber uma pílula simples de açúcar no lugar de um medicamento. Mas às vezes isso acontece.

É bem possível imaginar que o efeito placebo deriva de uma forte fé no poder que os médicos têm de nos curar.

Se este é o caso, então o efeito deveria ser limitado à nossa espécie - afinal de contas, animais não confiam sua saúde a veterinários quando estão doentes. E, de fato, muitos cientistas presumem que o efeito placebo não funciona em animais.

No entanto, não são todos os cientistas que pensam assim. Alguns dizem que há provas de que o efeito placebo pode ter resultados nos nossos bichos de estimação.

Não é muito incomum usar placebo em animais. Quando uma nova terapia para eles está sendo explorada, cientistas frequentemente a testam usando procedimentos semelhantes aos usados em processos para humanos.

Eles dão para alguns animais o método de tratamento que está sendo testado e dão placebo para outro grupo de bichos para, assim, poder analisar o potencial da nova terapia.

"Inicialmente buscávamos usar o placebo apenas como uma linha de base", disse a neurologista Karen Muñana, da Faculdade de Medicina Veterinária na Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos EUA. Karen estuda epilepsia em cachorros.

"Mas na análise dos dados nós percebemos que os cachorros que receberam o placebo mostraram sinais de melhora na frequência de suas convulsões comparado ao período antes de começarmos o estudo", disse ela. "A frequência das convulsões diminuiu."

Os dados sugeriram que os cachorros que receberam tratamento com placebo estavam melhores do que antes do teste. A condição deles estava melhorando mesmo sem receber remédio. O efeito placebo parecia ter dado resultado neles.

Por que isso acontece? Muñana acredita que diversos fatores podem contribuir nesse sentido.

Cachorros não entendem necessariamente o que veterinários fazem

Mudanças naturais

Um dos fatores mais óbvios - e muitas vezes ignorado - é que doenças passam por mudanças naturais em animais ao longo do tempo.

"A epilepsia é uma doença crescente e minguante com um curso natural", disse Muñana. "O que acontece na epilepsia é que donos de animais só buscam tratamento para seus cachorros quando sua doença, e nesse caso suas convulsões, estão em seu pior ponto."

Isso significa que os cachorros no teste feito por Muñana estavam sofrendo sintomas particularmente intensos quando o teste começou.

Mesmo se eles não tivessem sido colocados no teste, a condição deles poderia ter melhorado naturalmente ao longo de algumas semanas. Se esta for a explicação para os resultados obtidos no teste, então o efeito placebo não ocorreu com os cães.

Mas esta não é a única explicação possível. Apenas o fato de saber que seu animal está participando de um teste de medicamento pode mudar o comportamento do dono, explicou Muñana.

"A percepção do dono é que o cachorro está sendo monitorado e cuidado de uma maneira melhor", disse a neurologista. "Talvez porque os cachorros estão participando de um estudo, os donos são mais propensos a dar os medicamentos que estão sendo usados para tratar a doença subjacente."

Mais uma vez, isso indicaria que o animal não está respondendo ao efeito placebo, e sim seu dono. O dono que monitora o seu bicho de maneira ansiosa durante o tratamento pode estar, de fato, ajudando o animal a se recuperar.

Esse tipo de comportamento é algo que certamente pode afetar a convalescência do animal que não está recebendo a droga no tratamento.

De acordo com Muñana, isso apenas mostra que é complicado determinar um efeito placebo real em animais.
Complicações em estudos

Uma maneira de reduzir esses fatores de complicação seria introduzir um terceiro grupo nos testes de drogas para animais.

Esse grupo não receberia tratamento algum, nem mesmo o placebo. Isso é conhecido como o grupo da "lista de espera".

Se os cachorros que estiverem recebendo o placebo apresentarem um desempenho melhor do que aqueles na lista de espera, então isso pode ser um indicativo real do efeito placebo em animais.

No entanto, este é um tipo de estudo complicado de se executar.

É difícil conseguir participantes para testes e os donos que inscrevem seus animais de estimação em um estudo o fazem precisamente porque querem que seu bicho se sinta melhor.

Eles podem ficar hesitantes em se inscrever num estudo no qual a possibilidade de seu cachorro receber a terapia experimental é menor do que a possibilidade de ele não receber.

"Você quer que os donos se sintam como parte do estudo, e que o cachorro deles pode estar recebendo a droga ativa", explicou Muñana.
Influência do dono

Há outras maneiras em que o comportamento do dono de um animal pode ter um impacto. Por exemplo, se a percepção do dono em relação ao animal for alterada sutilmente, o comportamento do animal também pode mudar.

Ellen Kienzle é uma pesquisadora veterinária especializada em nutrição e dietética na Universidade Ludwig Maximilians de Munique, na Alemanha. Há anos ela tem se interessado na psicologia ligada à alimentação dos animais.

"Ter o conhecimento científico é uma coisa, chegar ao animal já é outra. E sempre tem o dono no meio", disse ela.

Um cavalo pode captar os pensamentos e sentimentos de seu cavaleiro


Kienzle começou a ouvir várias histórias de certos suplementos alimentares e seus efeitos supostamente maravilhosos em cavalos. Ela decidiu investigar a fundo esses relatos.

"Eu fiquei cansada desses suplementos", disse Kienzle. Ela não conseguia ver uma razão científica sólida para explicar por que, por exemplo, dar um suplemento de selênio para um cavalo - mesmo sem o animal ter deficiência de selênio - ajudaria na sua saúde muscular.

Apesar disso, muitos cavaleiros entrevistados por Kienzle estavam convencidos de que a substância ajudava cavalos com músculos rígidos.

"Era um modelo ideal", disse a pesquisadora. Ela então iniciou um estudo para testar dois suplementos: selênio e vitamina E, junto com um controle de placebo.

"Encontramos respostas enormes ao efeito placebo", afirmou ela. Mas mais uma vez, isso não foi necessariamente porque os animais estavam respondendo diretamente ao placebo.

"Especialmente ao andar à cavalo, há uma tremenda interação entre o cavaleiro e o animal", explicou ela.

Kienzle comparou cavalgar com dançar. Se o seu parceiro de dança de repente avista alguém que ele não gosta, você poderia sentir na hora a mudança de tensão no corpo dele.

De acordo com ela, você seria capaz de saber que algo não está certo - e isso também poderia deixar você desconfortável. "É assim como, segundo o que penso, parte da comunicação entre um cavalo e um cavaleiro funciona."

O cavalo responde a deixas sutis e até mesmo subconscientes do cavaleiro, como um parceiro de dança sensível sentiria.

"Se o seu humor está bom e você pensa 'Ah, hoje ele ou ela vai ter um desempenho muito bom', o cavalo vai cumprir as suas expectativas. E, também, se você espera que o cavalo cometa um erro específico e fica pensando nisso, o seu corpo comunica exatamente isso para o animal."

O poder desse efeito pode ser extraordinariamente forte. Não é apenas relacionado a percepções, mas também a mudanças marcadas no comportamento.

Quando cavalo e cavaleiro não estão em sintonia, coisas ruins podem acontecer


Outro problema ao explorar o efeito placebo em animais é que experimentos assim também podem fazer com que as pessoas envolvidas se sintam enganadas.

Pode haver a percepção de ter sido trapaceado de uma certa maneira, o que pode fazer com que as pessoas fiquem menos propensas a inscrever seus animais de estimação nesses testes.

O poder desse sentimento é tão grande que a cavaleira e a estudante de Kienzle demoraram anos para normalizar a amizade.

Então, tendo em mente todas as maneiras que os resultados de experimentos podem ser alterados inadvertidamente - e a maneira com a qual os testes podem criar hostilidades que desencorajam pessoas a participar deles -, nós podemos ter realmente certeza que o efeito placebo pode ser observado em animais?

"Quando estamos lidando com animais, bichos que pertencem a pessoas e recebem cuidados delas, eu acho que a percepção do dono pode ter uma interferência", disse Muñana. "Mas eu acho que também há potencial para uma base psicológica para o efeito placebo no animal."

Resposta pavloviana

Edzard Ernst, professor-emérito de medicina complementar na Universidade de Exeter, no Reino Unido, concorda. "Uma grande parte do que acreditamos que constitui o efeito placebo foi, de fato, descoberta em animais", disse ele.

Essa pesquisa remonta ao fisiologista russo Ivan Pavlov, que ficou famoso por seu trabalho com cachorros no final do século 19. Pavlov fez experimentos nos quais ele treinou cachorros para esperar comida quando ele tocava um sino.

Os cachorros de Pavlov aprenderam a associar sinos com comida


Os cachorros ficaram tão acostumados, ou "condicionados", a ouvir o som do sino e ver a comida chegando que, eventualmente, apenas o som do sino os fazia salivar.

"Hoje nós acreditamos que isso é uma parte muito importante do efeito placebo", disse Ernst. "Então as pessoas que dizem que animais não experienciam o efeito placebo estão ignorando isso e eu acho que elas estão erradas."

Estudos veterinários investigando o efeito placebo são relativamente escassos e intervalados. No entanto, um influente artigo publicado em 1999 pelo veterinário americano F.D. McMillan registrou respostas intensas ao placebo em animais de laboratório.

Em um estudo de 1982, pesquisadores investigaram camundongos que eram geneticamente predispostos ao lúpus eritematoso sistêmico, uma doença em que o sistema imunológico começa a atacar o tecido saudável. Se não for tratada, a doença pode levar à morte.

Os pesquisadores usaram uma droga que suprimia a atividade excessiva imunológica, e água doce, e davam as duas substâncias juntas para os camundongos.

Eventualmente, quando os animais receberam só a água doce, sem o remédio, eles tiveram a mesma resposta imune, como se tivessem recebido a droga como estavam acostumados.

Ou seja, "placebos funcionam com animais", disse Ernst - até mesmo o tipo psicológico que nós acreditamos poder acontecer apenas com humanos. No geral, o efeito em animais é bastante similar ao dos humanos, segundo ele.

No entanto, de acordo com o especialista, o elemento de expectativa consciente que pode ter influência em respostas ao placebo em humanos é indiscutivelmente mais fraco ou ausente em animais.

"Em princípio eles são o mesmo, mas eu acho que há uma diferença na ênfase. Animais não têm sempre uma expectativa consciente ou raramente têm uma expectativa consciente das coisas que estão acontecendo. Humanos têm isso, por exemplo, quando vão ao médico ou ao dentista."~



Na prática, o fato de estudos sugerirem que placebos podem funcionar por meio de condicionamento não significa que nós devemos mudar a maneira com a qual veterinários cuidam de animais.

Danny Chambers, veterinário em Devon, no Reino Unido, já fez campanha contra o uso de tratamentos homeopáticos para animais.

O efeito placebo nos ratos sugere que nós podemos condicionar animais a responderem a um placebo como se fosse um tratamento real. No entanto, colocar essa ideia em prática pode ser eticamente dúbio, segundo Chambers.

"Mesmo que as pesquisas provem que há uma resposta pavloviana ou uma resposta condicionada a um tratamento, seria isso muito mais importante do que dar analgésicos caso o animal precise disso?", questionou Chambers.

"Se você está em uma condição de dor, é realmente justo confiar na possível resposta pavloviana porque o animal costumava ser tratado com um analgésico real, mas agora você está dando a ele um placebo? É provavelmente injusto presumir isso."

Em vez disso, Chambers defende aplicar as mesmas regras da medicina humana ao se tratar animais: se há um tratamento convencional que já teve sua eficácia comprovada, então é esse tratamento que deve ser aplicado.

Embora possa haver um futuro limitado para prescrever placebos na medicina veterinária, assim como Chambers espera, placebos continuarão sendo importantes para pesquisadores que estão tentando descobrir novas curas e tratamentos para doenças em animais.

Fonte: http://www.bbc.com/

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Animais em Ambiente de Trabalho

Cães raros








Dois raros: Komondor (esquerda) e Saluki


Dentre as inúmeras raças de cães que você já viu, algumas certamente foram novidades nunca antes vista. Por outro lado é muito difícil que você já tenha visto as raças que vamos apresentar agora. Algumas dessas raças possuem traços parecidos com os de cães até populares. Como sempre a sua e a nossa máxima deve ser: "Não importa a raça e até a falta de pedigree; o importante é tratá-los com dignidade e com carinho"


1 – Vallhund sueco

Em 1942, o Valhhund sueco quase ficou extinto na Suécia, porém um programa de reprodução começou a salvá-los. Esses cachorros podem capturar pequenos animais, como ratos e esquilos, além de guardar a casa dos donos. Eles são conhecidos por serem extremamente afetivos e possuírem bastante energia, necessitando de muitos exercícios ao longo do dia.

2 – Bedlington Terrier


Visto de longe, ele pode até parecer uma pequena ovelha quando não está com o seu pelo aparado. Esse curioso cachorro é caracterizado por ter costas com pelagem escura, que desaparece conforme ele cresce, ficando cada vez mais branca. Ele é bastante gentil e um companheiro divertido para as crianças. Contudo, já avisamos de antemão: o Bedlington Terrier é conhecido por ser muito teimoso e latir bastante.

3 – Mastiff Tibetano


Apesar de possuir o “Mastiff” no nome, esse cachorro não é propriamente um “Mastiff”, já que o termo originalmente quer dizer “cachorro grande”. Ele é conhecido por ser um verdadeiro guardião e proteger lugares e pessoas, sendo um fiel escudeiro. Como esses cachorros são bem protetores, eles não ficam nada felizes quando olham os seus donos com estranhos ou quando pessoas desconhecidas chegam em casa. Por isso, eles requerem um pouco de treinamento especializado.

4 – Catalburun


Esse simpático cachorro pode ser identificado pelo nariz, já que ele é bem dividido ao meio. Aliás, é no nariz que reside o grande trunfo dos Catalburns, já que eles são ótimos farejadores e, consequentemente, caçadores. Esse cão é mais popular na Turquia, não sendo muito conhecido em outros países do mundo.

5 – Mudi


Originário da Hungria, o Mudi é um cachorro bastante enérgico. Eles costumam viver até os 15 anos e podem ser encontrados em várias tonalidades, sendo que a preta e a cinza são as mais comuns.

6 – Catahoula Cur
Assim como o Bedlington Terrier, o Catahoula Cur pode ser muito barulhento, especialmente se não receber bastante atenção de seus donos. Originalmente, esse tipo de cão foi utilizado para pastoreio e viveu em pântanos para arrebanhar o gado e os porcos. É preciso ressaltar que esse animal precisa de um dono bastante imponente e que ensine o que é certo e o que é errado, já que o Catahoula Cur não é muito comportado.

7 – Schipperke


Originário da Bélgica, eles também costumam viver até os 15 anos. Essa raça de cachorro possui um apelido bem infame, já que os belgas o chamam de “pequeno demônio”. O pobre Schipperke possui esse apelido por ser, principalmente, muito desobediente. Mesmo com os donos mais sérios, os Schipperkes gostam de fazer travessuras. Além disso, eles podem ser muito agressivos e devem ser mantidos longe de outros animais. Nem é preciso comentar que eles precisam de bastante treino para se comportar.

8 – Azawakh


O Azawakh é um cão de caça nativo da África ocidental, sendo pouco conhecido em outras regiões. Ele pode ser encontrado com penugens bem diferentes, como acinzentado, preto, azul escuro, pardo, entre outras. Esse também é um cachorro extremamente ágil, graças ao seu corpo anguloso e às suas pernas compridas. São tímidos por natureza, porém muito carinhosos e pouco agressivos.

9 – Thai Ridgeback
O Thai Ridgeback, também conhecido como Mah Thai Lang Ahn, é uma das raças de cachorros mais antigas, sendo que existem pinturas rupestres de mais de 4 mil anos que apresentam esse animal. Originário do sudoeste asiático, trata-se de um cachorro bem pacífico. Ele é caracterizado por possuir uma faixa de pelos em sentido contrário situada nas costas, criando um efeito bastante interessante no animal.


FONTE(S) AMERIKANKI
IMAGEN(S) AMERIKANKI SHUTERSTOCK
COLABORADOR SAMUEL VIEIRA SANTOS
megacurioso.com.br