sábado, 31 de dezembro de 2016

O cão entende o seu dono








1. Entende a linguagem corporal humana




Qualquer dono de cachorro sabe que o bicho é perfeitamente capaz de compreender gestos e olhares, como a indicação de um local para o qual apontamos ou um olhar de reprovação. O que poucos sabem, porém, é que essa habilidade de compreensão da nossa linguagem corporal é extremamente rara entre os animais — nem mesmo os chimpanzés podem interpretar tão bem nossos gestos quanto os cachorros.

2. Pode aprender palavras





Além de entender nossos gestos e olhares, cães também podem ser treinados para aprender palavras e seus significados. Certa vez, uma pesquisadora da Alemanha descobriu que seu cachorro aprendeu os significados de dezenas de novas palavras por meio de um processo de dedução lógica igual ao que crianças usam para descobrir nomes de objetos desconhecidos. Em outro experimento, um professor de psicologia conseguiu fazer com que sua cadela aprendesse o nome de 1 000 objetos.



3. Consegue se comunicar com as pessoas






Os cachorros podem não falar, mas nem por isso são incapazes de se comunicar com os humanos. Assim como o choro de um recém-nascido pode ter vários significados, os cães usam diferentes tipos de latidos e rosnados para se expressar e ser compreendido pelos humanos — pesquisas mostram que os latidos representam apenas 3% das vocalizações dos lobos, provando que o hábito de latir é mesmo um recurso decorrente da domesticação. Outros estudos indicam ainda que a maioria dos donos parece entender os significados dos diversos latidos de seus cachorros.

4. Faz e valoriza amizades





Ao contrário do que acontece em outros grupos de animais, os líderes das matilhas não são um casal reprodutor dominante, mas sim os cães que têm mais amigos. Quanto maior a "rede de contatos" de um cachorro, maiores são as chances de que os outros o considerem um líder e o siga aonde ele for.

5. Sente empatia





Existem fortes indícios de que o sentimento de empatia, ou seja, de se sentir mal ao ver alguém sofrendo e ficar feliz quando alguém sorri, está presente nos cães. Em 50% dos casos de briga entre dois cachorros, um terceiro elemento que não estava envolvido na luta se aproxima do perdedor. A aproximação aconteceu mesmo nos casos em que esse terceiro elemento não tinha visto o embate. Isso significa que os cães reagem ao comportamento do companheiro de espécie que indica a derrota.

6. É capaz de enganar o dono






A inteligência dos cachorros também tem seu lado negativo. Um estudo realizado na Universidade de Viena, na Áustria, mostrou que os cães sabem quando estão ou não sendo observados pelo dono e se comportam de formas diferentes de acordo com isso. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que os animais desobedecem mais ordens quando os donos não estão no mesmo ambiente que eles ou estão distraídos por alguma outra atividade, como ler ou ver TV.



Preferências – 60% das pessoas preferiram os cachorros, enquanto apenas 11% se consideraram amantes de gatos – os demais escolheram os dois bichos, ou nenhum deles. O companheirismo do animal foi a característica preferida pelos proprietários de cães, enquanto a afetividade foi o traço mais citado por aqueles que tinham gatos. A autora afirma que as pessoas podem escolher seus animais de estimação com base em sua própria personalidade. Os bichanos, por exemplo, são mais independentes e receosos em relação aos outros, de modo que uma pessoa com tais características tenderia a admirá-las quando projetadas no animal.

Os autores afirmam que pesquisas desse tipo podem melhorar terapias que tratam doenças por meio da interatividade entre animais e humanos. Denise alerta, porém, para o fato de que, por ter sido realizado com universitários, o estudo pode não se aplicar a todas as faixas etárias.

Fonte: http://veja.abril.com.br/ciencia




segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Border Collie o cão mais inteligente









Segundo o livro "A Inteligência dos Cães", de Stanley Coren, o Border Collie está no topo da lista das raças caninas mais inteligentes. Dizem que é um cão capaz de controlar o gado somente com os olhos, como se estivesse hipnotizando animais com o olhar. Absolutamente focado nas atividades que lhe são propostas, o Border Collie é um cão que pode ser facilmente adestrado e ensinado a obedecer comandos dos mais variados.

Vista com freqüência em competições caninas, como as de Agility, a raça é extremamente bem sucedida nas mais diversas tarefas a que se propõe à realizar – sendo que, até mesmo nas competições de Agility há uma categoria especial para os cães da raça que, de tão inteligentes, competem separados das demais raças caninas.

Origem

Especula-se que a raça tenha sido introduzida no século V a.C., na Grã-Bretanha, pelas tribos celtas que viajaram pela Europa. As primeiras indicações conhecidas desta raça remontam ao século X, quando se tornou o principal rival do lobo. O Border Collie tem sido usado principalmente para ajudar os pastores a levarem as ovelhas a se reunirem e também para assistir os animais de avicultores.

Notada a alta capacidade dos cães da raça em cercar os rebanhos de ovelha e levarem-nos de volta aos seus pastores, foi realizada pela primeira vez, em 1873, uma competição para definir qual seria a melhor raça de cães pastores de ovelhas. Destacando-se na prova, um Border Collie chamado Hemp foi o grande responsável por dar origem à propagação da raça; já que, em função dos resultados da competição, esse cachorro gerou uma grande série de descendentes.

Entre os fatores que garantiram um destaque maior ao cozinho Hemp, estava a forma de lidar com as ovelhas do rebanho. Ao contrário da grande maioria das raças competidoras, o Border Collie não juntava ou trazia de volta os rebanhos por meio de latidos ou da agressividade – mas, sim, parando e posicionando-se em frente às ovelhas, fazendo o uso de sua própria figura e olhar para intimidar os animais e fazer com que lhe obedecessem. 

Considerado o cão que deu origem à raça, o cachorro Hemp foi um dos que ajudou para que um padrão fosse estabelecido para a raça. No entanto, ao contrário dos padrões que são definidos para a grande maioria das raças, a aparência física do animal pouco era levada em consideração; já que, em 1906 (data em que essa primeira padronização foi estabelecida), o que era realmente levado em conta eram o comportamento e a habilidade do animal para o trabalho no pastoreio.

Nesta época, estes cães ainda não eram batizados como nos dias de hoje, sendo chamados de Sheepdogs (na tradução: cães pastores de ovelhas), passando a receber o nome de Border Collie apenas no ano de 1915 – fazendo uma referência à sua área de origem, que era creditada às áreas entre as fronteiras escocesa e inglesa, formando o nome (que, na tradução, significa algo próximo à Collie de Fronteira).



Comportamento

O Border Collie é um cão trabalhador, leal, vital e muito inteligente. A sua capacidade de aprendizagem é muito alta e ele é um cão muito submisso ao seu proprietário – sendo um animal reservado com estranhos e não muito dado a atividades de cão de guarda ou defesa de propriedades, por exemplo.

Além de ser bom em obedecer, o Border Collie é um cão que se sente satisfeito ao realizar uma ordem ou comando de seu dono, e os seus primeiros sinais de lealdade já podem ser notados logo após o desmame. Em função disso, é indicado que o treinamento destes cachorros seja iniciado ainda antes das demais raças, permitindo que a docilidade do cão ainda seja predominante durante a fase de adestramento.

Bem adaptado para a vida familiar, o Border Collie convive bem com seres humanos e também com outros animais domésticos, podendo viver tranquilamente em lares que já contam com a presença de pets como gatos e pássaros, entre outros. Considerado dono da raça mais inteligente do mundo, esse cachorro também costuma ser extremamente fiel, e o seu costume de ‘encarar’ outros animais pode fazer com que alguns deles se irritem consideravelmente.

Extremamente focado, este animal também costuma usar desta mesma técnica de ‘encarar’ para atingir os seus objetivos, sejam eles quais forem – desde perseguir uma bolinha até realizar uma tarefa ou um comando proposto por seu dono ou treinador. Embora tenha, na maioria das vezes, uma relação bastante calma e tranqüila com animais de outras espécies, o Border também conta com instintos de caça bastante aguçados e presentes, e costuma ser o líder quando convive entre outros cães.

Dono de um nível de energia bastante alto, o Border Collie precisa viver em espaços em que possa se mexer e praticar algum tipo de atividade física – já que, sem isso, tanto a sua saúde como o seu humor podem sofrer conseqüências indesejadas.

Aspecto

O Border Collie é um cão bem proporcional e harmonioso. Seu corpo é longo, atlético, e tem membros fortes e musculosos. Sua cabeça é grande e suas orelhas são médias e eretas. A cauda é moderadamente longa, de inserção baixa, com uma espiral para cima na direção da ponta. A pelagem é geralmente de comprimento médio, as cores mais comuns são preto, branco e preto ou branco e castanho. Há, também, variedades de cães da raça Border Collie com pelo curto.

Cuidados específicos

É necessário que o Border Collie possa fazer pelo menos uma hora de exercícios e exige a participação e atenção de seu dono, que precisa ficar com ele e também participar ativamente de seus jogos (como o frisbee ou uma bola). Se ignorarmos este cão, ele fatalmente se aborrecerá e pode começar a mastigar, até furar os objetos que têm ao seu alcance. Os filhotes também são muito ativos, precisam de atenção constante e muita paciência.

Portanto, morar em uma casa ou apartamento grande e que tenha acesso à espaços abertos já é meio caminho andado para manter um cão desta raça com saúde – pois, seu nível de energia é muito alto e ele precisa de locais onde possa gastar sua energia. 

Saúde

O Border Collie é um cão robusto e muito saudável, praticamente livre de problemas hereditários, embora seja comum em machos problemas de osteocondrite dissecante, e anormalidade na cartilagem. Além da vacinação e da vermifugação (procedimentos que devem ser realizados em todas as raças caninas), pode ser uma boa idéia a realização de exames periódicos na área dos quadris e dos olhos do animal, já que o Border Collie possui uma certa tendência a desenvolver problemas nestas áreas específicas ao longo da sua vida.

Com uma expectativa de vida que gira em torno dos 14 anos, o Border Collie tem uma tolerância bastante alta à dor – e que pode acabar fazendo com que algumas doenças sejam mascaradas, pedindo a atenção dos donos para qualquer tipo de acidente; já que, mesmo parecendo bem, o cão pode estar escondendo alguma fratura.




Na história do Border Collie, o propósito e o coração do animal convergem para um aspecto totalmente utilitário, ou seja, para o trabalho. A maioria dos autores indica o "Tratado de Cães Ingleses", escrito por John Caius em 1570, como a primeira referência escrita dedicada ao cão pastor:

Embora atualmente a aparência descrita do cão, assim como o seu desempenho, sejam muito bons, a essência do seu desempenho não mudou durante centenas de anos. As habilidades da raça foram refinadas e aperfeiçoadas porque eles foram criados seletivamente.

De qualquer forma, o olhar, embora nunca tenha sido uma preocupação real para os criadores e proprietários da raça, pouco mudou desde 1790, ano em que uma xilogravura que aparece na História da quadrúpedes Bewick mostrou um cão pastor com grande semelhança ao Border Collie atual.

Embora a origem exata e o significado do nome ainda sejam desconhecidos, alguns dizem que vem da palavra Coley, ou seja, “preto”, outros dizem que vem da palavra Welsh Coelius , que significa “fiéis”, enquanto outros afirmam que o nome vem do "colley" que se refere a um tipo de ovelhas na Escócia. O nome "Fronteira” (Border) é mais recorrente, e descreve a área onde, especialmente, estes cães foram utilizados: ou seja, nas fronteiras de Gales e da Escócia com a Inglaterra.

Os Collies foram divididos em cinco raças distintas: a Rough Collie, os Collies, o Pastor de Shetland, o Bearded Collie e Border Collie. A popularidade dessas raças no passatempo do público em geral começou com a rainha Vitória, que tinha vários exemplares. Um retrato em 1860, com a imagem de um de seus cães, Gypsie, um animal que mostra semelhança principalmente com um Border Collie de raça pura.

Em 1951, foi feito pela primeira vez um livro de origens da família, contendo uma lista com mais de 14.000 cães registrados. Desde então, o Livro de Origens tem crescido a uma taxa de mais de 6.000 novos registros por ano. As inscrições normais mostram a influência de linhagens criadas por JM Wilson, o criador e apresentador do Collie mais famoso de todos os tempos. Sua Whitehope foi a base de muitos pedigrees atuais.

No entanto, conforme descrito anteriormente (na página que apresenta a ficha da raça), foi um cão de nome Hemp quem deu origem à uma série de exemplares Border Collie como os conhecemos hoje – depois de participar de uma competição que tinha o objetivo de encontrar a melhor raça canina para o pastoreio de ovelhas.

Destacando-se pela sua habilidade e pelo seu comportamento diferenciado na forma de reunir e trazer de volta ao pastor as ovelhas soltas, o cãozinho Hemp impunha-se na frente dos animais e reunia-os somente com o olhar e a presença – evitando os latidos e mordidas freqüentes que as demais raças precisavam usar para poder cumprir o mesmo tipo de trabalho.

Com isso, este cão em especial acabou sendo usado para a reprodução e deu origem a muitos filhotinhos da raça – que, na época, ainda era chamada de Sheepdog (ou seja, cão pastor de ovelhas). No ano de 1906 a primeira padronização do Border Collie foi estabelecida, sem levar em conta as características físicas do animal e dando prioridade ao seu comportamento e capacidade de pastoreio.

Chegando no continente americano nesta mesma época (por volta do ano de 1915), o Border Collie passou a ser admirado, também, pela sua beleza; e muitos amantes destes cães passaram a defender o reconhecimento da raça pelo American Kennel Club (AKC). No ano de 1995, os Border Collies foram, finalmente, integrados à lista de cães de exposição da AKC, ganhando destaque até hoje em provas do tipo, além das que envolvem atividades esportivas para cães.

Peludo e extremamente ativo, o cachorro da raça necessita de escovações freqüentes na sua pelagem e de espaço suficiente para que possa gastar energia e praticar atividades físicas – já que, sem esse tipo de exercício e cuidado, o animal pode sofrer conseqüências que afetem a sua saúde. Raramente agressivo, o Border Collie é um cão fiel, leal e perfeito para famílias grandes e com integrantes do mais diversos; já que a raça se dá bem com todo tipo de pessoa e até com animais de outras espécies – não sendo difícil condicioná-lo a conviver com pets como gatos e pássaros, por exemplo.



Características do Border Collie


O caráter do Border Collie, como afirma em sua descrição, é completamente relacionado com a ocupação oferecida ao cão, fato que é de particular relevância para o proprietário do Border Collie de trabalho, que desenvolveu muito e evidencia esses instintos. O Border Collie não deve simplesmente perseguir as ovelhas, mas deve também ser capaz de cercá-las e encaminhá-las. O cão não se move em linha reta, mas corre e pode tomar longos desvios para cercar e reunir o rebanho.




O cão que não tem coragem instintiva ou a capacidade de cercar o gado fica mais próximo das ovelhas e promove simplesmente o susto sem agrupamento. Os cães que tem a capacidade de executar o cerco em torno das ovelhas sabem exatamente como manter a distância adequada entre si e o rebanho.

O olhar é uma das qualidades inigualáveis do Border Collie e certamente o recurso mais interessante da raça. É um olhar hipnotizante, que o cão direciona para as ovelhas, levando-as a ficar no lugar. Esse mesmo olhar costuma ser dirigido para outros animais e também outros cães, que costumam se sentir incomodados e um tanto irritados com esse comportamento.

O poder do Border Collie é a capacidade de dominar e impor sua autoridade sobre as ovelhas sem promover latidos agressivos ou atos violentos como morder. Um Border Collie com poder mantém o controle com absoluta autoridade sobre o seu rebanho, sem assustar ou aterrorizar as ovelhas. Essa característica nata destes cães foi a primeira que realmente se sobressaiu sobre as demais raças no fim do século XVIII, época em que os cachorros utilizados para o trabalho de pastoreio costumavam latir muitos e morder as ovelhas durante os trabahos.

A inteligência do Border Collie não pode ser comparada com a do ser humano. Está tão intimamente ligada ao instinto de trabalho e ao grande desejo de agradar, que não pode ser descrita em um contexto diferente. No cão de trabalho, não exatamente a inteligência, mas sim o tipo inatamente inventivo de corrigir e agir diante de qualquer decisão que envolva a tarefa para a qual ele foi criado. É maravilhosamente claro, embora seja humanamente confuso, por causa da sua fixação sobre uma hierarquia funcional e prática.

O Border Collie, em casos muito específicos, pode ser um animal bastante difícil de treinar. Por serem muito sensíveis, precisam estar em absoluta sintonia com o seu mestre, o resto das pessoas podem não ser capazes de obter a sua atenção ou obediência. Cães da raça que serão utilizados como animais de estimação devem ser socializados desde filhotes e ser manipulados por todos os membros da família para evitar este problema.

Com relação ao equilíbrio do cão, devemos especialmente ressaltar a importância da relação entre exercício, saúde mental e saúde física deste cão. Não pense que uma caminhada diária com ele na coleira irá proporcionar exercício suficiente para o Border Collie. O ideal seria encontrar uma área aberta e segura (como um quintal bem cercado), em que o seu cão possa correr livremente por um tempo.

Portanto, se o seu lar for um apartamento, é bem possível que um cão desta raça específica não se adapte bem, sofrendo por não ter espaço suficiente para praticar suas atividades. O mais indicado é que os cães Border Collie tenham uma área grande para brincar, e isso pode tanto ser provido à ele por meio da moradia em uma casa de quintal grande ou por passeios em regiões abertas – já que, conforme explicado anteriormente, pequenos passeios com o cão preso a coleira não são o bastante para que ele gaste toda a energia que precisa.

Extremamente ativos e inteligentes, os cães Border Collie já têm, hoje, uma categoria separada para a sua raça específica dentro das competições do esporte canino chamado de Agility – já que, os Border são considerados tão espertos, que não seria justo colocá-los para competir ao lado de outras raças.

Excluída a possibilidade de que o cão não consiga gastar toda a energia que precisa, o Border Collie é um animal absolutamente fiel e dedicado aos seus donos – demonstrando claramente o seu sentimento de prazer em realizar tarefas e comandos específicos quando ordenados por seu proprietário. Focado, o cachorro desta raça costuma se entregar por completo ao que lhe é proposto; sendo, ainda, muito desconfiado em relação a desconhecidos e bastante protetor e ciumento com seus donos mais próximos.

Qualquer coisa que não cumpra as suas necessidades pode levá-lo a ser um animal neurótico e infeliz. Com relação ao alojamento, se for longe da casa, não se surpreenda se o seu Border Collie de estimação passar mais tempo no telhado de sua casa do que dentro dela. Se o cão se sentir entediado e frustrado em seus instintos de pastoreio, pode vir a apresentar comportamentos muito perigosos.

Originalmente chamado de Sheepdog (na tradução: cão pastor de ovelhas), o Border Collie passou a ter seu nome atual em meados de 1900, sendo batizado desta forma em função do seu local de origem – próximo às fronteiras escocesa e inglesa. Reconhecida como cão de exposição em 1995 pela American Kennel Club, a raça é, hoje, uma das mais conhecidas e queridas pelos amantes de cachorros em todo o mundo.

Fonte: CachorroGato



sábado, 24 de dezembro de 2016

Feliz Natal





Uma fábula oriental descreve um ajuntamento de ociosos em pequeno mercado nos arredores de Jerusalém, em torno de um cão morto que ainda mostrava, amarrada ao pescoço, a corda com que o haviam arrastado pelo chão. Os que o cercavam, olhavam-no com repugnância.

- Empesta o ar - disse um, apertando o nariz com os dedos e trejeitando uma careta de nauseado.

- Reparem na sua pele rasgada que nem para correias de sandália serve - galhofava um outro.

Um egípcio corpulento aludiu às orelhas sujas e sangrentas do animal, e rematou com voz empastada:

- Foi, sem dúvida, enforcado por ladrão.

Desse grupo de homens aproximou-se um desconhecido que ouvira os diversos comentários. Em seu rosto resplandecia estranha luz e todo o seu porte indicava dignidade fora do comum. Pondo os olhos meigos no animal morto e vilipendiado, disse em seu belo e límpido arameu:

- As pérolas desmerecem diante da alvura dos seus dentes.

Todos os circunstantes voltaram-se para ele com assombro, e, vendo-o tão sereno e compadecido, indagavam, entredentes, uns aos outros, quem poderia ser aquele homem. E retiraram-se cabisbaixos, envergonhados, quando alguém disse:

- “Ele é Jesus, o rabi de Nazaré, e só Ele sabe encontrar qualquer coisa digna de piedade e aprovação, até mesmo num cão morto!”





(Lendas do bom rabi - Malba Tahan)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A importância da Escovação dos Dentes









por Thais Andressa Hernandes Arrebola(*)



Qual a importância da saúde bucal em um cão?

A saúde bucal nos animais ajuda na prevenção de doenças periodontais e até mesmo sistêmicas, além de prolongar a vida. Antigamente a média de vida de um animal não passava dos 5 anos, hoje chegam a viver até 25 anos dependendo da raça e espécie, sendo a higiene bucal uma das grandes contribuidoras nessa questão.

O tártaro, a tal doença periodontal?

Não, ele faz parte da doença. Ele é formado a partir do acúmulo de alimento, células mortas, saliva e bactérias. Aquela "coisa" fedida e amarela que pode ser notada nos dentes dos animais é a placa bacteriana que sofreu calcificação, dando origem ao famoso tártaro. Essa doença acomete as estruturas de suporte e proteção do dente, podendo levar até à perda. Se não for controlada, a doença evolui até provocar gengivites e lesões que podem ser responsáveis por levar as bactérias à corrente sanguínea do animal e provocar problemas sistêmicos, atingindo vários órgãos, como: coração, fígado e rins. Até mesmo o cérebro e as articulações podem ser afetados.


A doença periodontal tem cura?

A doença periodontal não tem cura, mas tem controle. É a evolução de um problema que pode ser controlado por meio de escovações diárias e remoção das placas acumuladas no periodonto. Não adianta nada escovar os dentes uma vez por semana, pois é como acontece no nosso dente: se escovar apenas uma vez por semana, nosso dente vai ficar tão amarelo e cheio de placa como se não tivesse escovado, não é? Então, com cão é a mesma coisa! Portanto, escovar todos os dias após as refeições! Claro que a vida cheia de compromissos dos humanos torna difícil esse manejo até para as pessoas com a maior boa vontade, mas o ideal é que as escovações sejam feitas pelo menos dia sim, dia não.

A alimentação também interfere?

Outra coisa que favorece o acúmulo de tártaro é a comida. Até mesmo o mercado para pets já desenvolveu rações e petiscos voltados ao combate da formação de placa e acúmulo de cálculo dentário, visto que animais que se alimentam com ração possuem menor quantidade de tártaro que aqueles que ingerem "comida humana".


É possível escovar os dentes do cão em casa?

O proprietário poderá escovar os dentes do seu cão em casa sem problemas, desde que siga as orientações de um veterinário caso não entenda (ou não consiga proceder) a forma correta por meio das explicações que colocarei a seguir.


Existem produtos específicos para a escovação?

Sim, existem pastas, dedeiras e escovas de dente próprias para os animais, mas escovas humanas de cerdas macias já são suficientes. As pastas devem ser específicas para animais, pois o lauril sulfato de sódio e o flúor, existentes em pastas de uso humano, são prejudiciais aos cães e podem lesar a mucosa gástrica.


Quais devem ser os primeiros passos?

O animal estranharia caso o dedo fosse colocado imediatamente à boca dele sem aviso prévio. Deve-se mostrar a ele o que vai ser usado. A escova, dedeira ou gaze devem ser apresentadas para que ele se aproxime e cheire. Logo após esse primeiro contato, a pasta deve ser adicionada e levada ao contato com o animal para que ele cheire e até prove dela. Sempre que o cão cheirar a escova e/ou lamber a pasta, ele deve ser elogiado e até ser merecedor de carinhos. Isso deve ser feito por mais alguns dias.

Quando o dono perceber que o animal está acostumado com a escova e a pasta, deve começar a introduzir, de maneira não forçada, os objetos na boca e arriscar massagear a gengiva dele. Caso note que não há aceitação, o animal deve ser acostumado à manipulação com o dedo dentro da boca sem pasta ou escova por alguns dias, sempre de forma gradativa, cerca de uma semana por fase de adaptação.





Quais são os cuidados que devo ter?

Assim que o animal se acostumar com a presença dos objetos na boca, o proprietário deve se aventurar pela boca toda, por todos os dentes. Assim, será fácil identificar onde o animal demonstra maior resistência à manipulação, locais esses que não devem ser explorados com tanta avidez nos primeiros dias de massagem.

Nunca se deve pressionar as cerdas da escova contra a gengiva do animal, pois isso pode fazer com que ele repudie esse momento que o dono quer tornar agradável. Os movimentos devem ser sempre suaves, circulares e lentos, de forma a limpar os dentes sem agredir a gengiva e, a cada momento de aceitação, o animal deve ser elogiado, mesmo que isso signifique ficar oferecendo afagos durante todo o período de escovação.

Quais dicas podem facilitar a escovação?

Geralmente os dentes dos lados (e fundo) são os mais fáceis de limpar pelo lado de fora, com uma maior aceitação por parte do animal. O proprietário não deve se desesperar caso não consiga limpar tão bem os dentes nas primeiras tentativas e deve atentar ao fato de que aos dentes da frente e à limpeza pela parte interna o animal pode demorar mais para demonstrar adaptação.

Outra dica é nunca deixar que o animal fique angustiado durante o procedimento. É sempre bom terminar a limpeza antes que ele comece a apresentar inquietação. Não esquecendo nunca de muitas brincadeiras, afagos e carinhos ao término da escovação.

E se a doença periodontal já estiver instalada?

Caso o animal já esteja com o tártaro formado e a doença periodontal instalada, outra forma de promover a limpeza dos dentes é com a remoção de tártaro numa clínica veterinária. Como o animal dificilmente ficaria totalmente quieto à manipulação mais aprofundada dos dentes, é necessária a anestesia geral, já que ele não entende o que estariam fazendo com ele. Geralmente utiliza-se um aparelho de ultrassom que vai remover as placas, assim como é feito nos humanos.

Depois da remoção desse tártaro, a escovação diária permitiria que o animal demorasse muito mais para precisar de uma nova limpeza com anestesia.


(*)Thaís Andressa Hernandes Arrebola, formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em Medicina Veterinária, atualmente cursando Mestrado em Ciência Animal pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), fazendo atendimentos domiciliares na área de Clínica Médica de Animais de Companhia, e fornecendo orientações nas comunidades "Cocker Spaniel Inglês" e "Doenças/Orientação Veterinária" do orkut. CRMV-SP 28437





quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Cães Sonham













Uma figura escura aparece e lentamente vai se dirigindo até você. Você é capaz de captar a luz, mas ele se transforma em uma enorme taça de gelatina. Mas quando você chega como seu bastão, ele se transforma em um marshmallow pegajoso. De repente, o vulto escuro se aproxima e você percebe que é apenas o Jó Soares chegando para dizer que o papel de parede xadrez está fora. Papel de parede xadrez? NÃO! É quando você acorda e se senta horrorizado em uma sala silenciosa com o som de sua Beagle de 4 anos, feliz e cochilando de longe, era tudo um sonho.

Como com seres humanos, o sonho é uma ocorrência comum em que podemos aliviar as minúcias do dia ou até mesmo ser exposto a uma combinação bizarra de experiências. Sabemos que os nossos cães são semelhantes a nós em muitas maneiras, mas, você já pensou que o seu cão pode estar sonhando assim? Estudos recentes revelam que nossos amigos caninos podem ter uma vida de sonhos muito ativa. Usando um eletroencefalograma (EEG), os pesquisadores foram capazes de analisar a atividade cerebral de um cão durante o sono. Como se vê, os cães têm padrões de ondas cerebrais muito semelhantes aos seres humanos quando eles entram em sono REM, ou Rapid Eye Movement (“Movimento rápido dos olhos”). Ciclos de sono REM é um ciclo de sono profundo, que geralmente dura cerca de 3-4 horas em seres humanos durante o qual podemos mover ou se contrair de forma irregular, apresentando movimento rápido dos olhos (REM), e às vezes até mesmo falar em nosso sono.




Experiência muito semelhante sobre os padrões de sono REM foram feitas em cães, embora eles vivenciem padrões REM mais curtos e mais frequentes do que os seres humanos. Se você já viu o seu cão tendo contração muscular, movimento ou mesmo choramingando durante o sono, as chances são de que ele estava sonhando com a bola que estava brincando durante o dia. É bastante provável que os cães sonhem com os eventos do dia, seja com a diversão de um jogo de frisbee ou que esteja ganhando um delicioso pedaço de bacon. Curiosamente, os estudos também sugerem que cães de diferentes tamanhos sonham de forma diferente. Por exemplo, as raças menores, como Maltês ou Pug, podem sonhar com mais frequência do que raças maiores, como o Golden Retriever. Além disso, os filhotes mais novos sonham com mais frequência devido ao fato de que eles estão experimentando coisas novas todos os dias. Além disso, os cães que foram traumatizadas por determinados eventos, como sofrer uma lesão, doença ou abuso, podem reviver essas experiências assustadoras em seus sonhos, mesmo anos depois. Isto pode ser devido ao fato, de que a vida de um cão normalmente não é repleta de experiências traumáticas, por isso este trauma pode deixar uma impressão muito duradoura.

Acompanhe o sono do seu filhote de perto e veja se você nota algum dos sinais de sonho. Quando seu filhote adormecer, aguarde ate que sua respiração se torne mais profunda e regular, preste muita atenção nas pálpebras para ver se elas se movem um pouco e tente ouvir ele choramingar baixinho; se ele é o seu amigo peludo é provável que tenha um sonho muito agradável. Alguns cães são sonhadores mais ativos do que outros, e aqui está um exemplo extremo de um cão muito ativo, sonhando!



Fonte:blog.pethub.com.br/



quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Abandono de Animais cresce no final de ano. Saiba como denunciar







A proximidade das férias escolares e a possibilidade de festejar o Natal e o Ano Novo viajando, fazem crescer significativamente o índice de abandono de animais domésticos no país. Segundo a ONG Arca Brasil, cresce cerca de 70% o abandono de animais à medida em que chega o final do ano – em comparação com os meses anteriores.

O número alarmante faz parte da realidade de quem cuida durante todo o ano de cães deixados por seus donos pelas ruas. Os animais, em geral doentes e desnutridos, são acolhidos nas casas das chamadas “protetoras”, que muitas vezes passam por dificuldades, mas dividem o que têm para tornar a vida desses bichinhos um pouco melhor.

A partir de 2011, a ONG Arca Brasil decidiu quantificar a percepção que já era evidente em anos anteriores: o aumento de abandono de cães com a proximidade das festas de fim de ano. De acordo com levantamento feito pela entidade, com base em solicitações recebidas por e-mail e por telefone, o abandono de animais domésticos cresceu cerca de 70% nos últimos dias com relação aos demais meses do ano.

Segundo, Marco Ciampi, fundador e presidente da ARCA Brasil, “é um número impressionante. E certamente isso se deve à proximidade das férias e das festas de fim de ano. É importante frisar que o gesto de adotar e conviver com o animal tem que ser um compromisso como o que se assume com um membro da família. Hoje em dia existem muitos hotéis, pet shops e até famílias que recebem animais para cuidar durante viagens de famílias, então não é necessário abandonar. Além disso, o abandono é crime”.

A ONG recebe denúncias de todo o Brasil, mas não atua no recolhimento de animais abandonados. O trabalho da Arca Brasil é voltado à orientação e intermediação em caso de relatos de abandono e maus-tratos. 


Saiba como Denunciar Abandono e Maus tratos a Animais:


Primeiramente, identifique as atitudes consideradas maus tratos aos animais:




  • Abandono.
  • Agressões físicas, como: espancamento, mutilação, envenenamento.
  • Manter o animal preso a correntes ou cordas por muito tempo.
  • Manter o animal em locais não arejados (sem ventilação ou entrada de luz).
  • Manter o animal trancado em locais pequenos e sem o menor cuidado com a higiene.
  • Manter o animal desprotegido contra o sol, chuva ou frio.
  • Não alimentar o animal de forma adequada e diariamente.
  • Não levar o animal doente ou ferido a um veterinário.
  • Submeter o animal a tarefas exaustivas ou além de suas forças.
  • Utilizar animais em espetáculos que possam submetê-los a pânico ou estresse.
  • Capturar animais silvestres.


Algumas ações que devem ser tomadas a seguir:

Antes de qualquer coisa, conheça as leis que amparam os animais em casos de crueldade e abandono. Depois, certifique-se de que o problema se trata de um caso de maus-tratos.

  • Lei Federal Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, a “Lei dos Crimes Ambientais”.
  • Decreto Lei Nº 24.645, de 10 de julho de 1934, define maus-tratos aos animais.

  • ▶Busque evidências e testemunhos que comprovem suas suspeitas. Se possível, tente conversar com o acusado de agressão, deixando claro que os animais são protegidos por leis.
    ▶Fotografe ou filme os animais que sofrem maus-tratos. Provas e documentos são fundamentais para combater e comprovar.
    ▶Consiga o maior número de informações possível para identificar o agressor. É importante saber o nome completo, a profissão, o endereço residencial ou do trabalho.
    ▶Em caso de abandono ou atropelamento, anote a placa do carro para levantar a identificação no Detran.
    ▶Não tenha medo de denunciar. Você será considerado somente uma testemunha do caso.



Como fazer a denúncia:

Segundo a Constituição de 1998, os animais estão sob tutela do Estado e cabe a ele a função de protegê-los. Atos de abuso e de crueldade são crimes ambientais e devem ser denunciados à polícia, que formalizará a ocorrência e instaurará um inquérito. A autoridade policial tem a obrigação de fazer uma investigação dos fatos que, em tese, são crime ambiental.

Os números de telefone que recebem denúncias são diferentes em cada estado e estão listados abaixo. Lembrando que, em caso de flagrante, acione diretamente o 190.



Sul

RS – 181

SC – 181

PR – 181



Sudeste

SP – 181

MG – 181

RJ – (21) 2253-1177 / 0300-253-1177 (Petrópolis)

ES: 190



Nordeste

BA – 3235-000 (capital) / 181 (interior)

SE – 181

AL – 0800-2849390 Polícia Civil / (82) 3201-2000 P.M.

PE – (81) 3421-9595 (capital) / (81) 3719-4545 (interior)

PB – 197

RN – 0800-84-2999

CE – (85) 3488-7877

PI – 0800-280-5013

MA – 3233-5800 (capital) / 0300-313-5800 (interior)

TO – 0800-63-1190



Norte

PA – (94) 3346-2250 / 181

AM – 0800-092-0500

RR – 0800-95-1000

AP – 0800-96-8080

AC – 181

RO – 0800-647-1016



Centro-Oeste

MT – 197

MS – 147

GO – 197

DF – 197

Fonte: por Tink For · December 14, 2016 ·




terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Cabo Pitoco: o cão adotado pela PMESP












Pitoco vive em São Paulo, como todo cão não gosta muito de bicicletas, mas adora policiais militares. Tanto que, recentemente, acrescentaram ao seu nome a patente de cabo. Cabo Pitoco, um cachorrinho de cerca de 30 centímetros de altura, pelos bege e morador de um posto de gasolina em Pirituba, na zona norte da capital.


Cabo Pitoco tem causado alvoroço nas redes sociais desde que um vídeo foi publicado em páginas de admiradores da PM, há cerca de três meses. Nele, o cão festeja a chegada de um carro policial no posto de gasolina, com o rabo balançando freneticamente e as patas levantadas.


As imagens repercutiram tanto que Cabo Pitoco ganhou em maio uma página própria no Facebook, cujas publicações são replicadas em outras fanpages, em meio a imagens de suspeitos algemados, relatos de mortes em confrontos e comentários que enaltecem ações policiais.



Desde então, mais de 20 mil pessoas passaram a seguir o Cabo Pitoco, que também aparece em montagens com colete, boina e armas da PM. Em diversos comentários, perguntam como está o cachorrinho, enviam fotos de outros animais de estimação (os "aumigos") e se oferecem para doações de roupa e comida. Apenas em uma semana foram 2.143.364 acessos.

Cabo Pitoco usa sempre uma coleira de couro e pingente em formato de osso, com o nome gravado. Faz o tipo simpático, de quem se entrega fácil a um carinho. Exceto em duas situações: quando alguém tenta tirá-lo de dentro de um carro policial, ele reage latindo e rangendo os dentes; e quando passa uma bicicleta. "Ele corre atrás feito um louco", diz o frentista Adam Barbosa, de 23 anos.

O posto de combustível onde Cabo Pitoco mora - ele chegou ainda filhote, há cerca de dois anos - abastece todas os veículos da 2ª Companhia do 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM). O batalhão da PM, que na década passada ganhou os noticiários por causa de um grupo de extermínio, hoje organiza eventos de doação (a "ração do coração") para alimentar cachorros de rua. Em apenas dois encontros, mais de 300 quilos foram arrecadados.



Mascote

Com 114 mil seguidores, o sargento Francisco Alexandre Filho, de 45 anos, do 18º BPM, é o criador da página do Cabo Pitoco no Facebook. Foi dele a ideia de atribuir ao cão a patente militar. "Ele já estava velhinho para ser soldado", diz.

O sargento Alexandre, nome de guerra levado para as redes sociais, conheceu Pitoco na época em que fazia patrulhamento e precisava parar para abastecer. Afeito a animais, ele tem uma cocker spaniel tatuada no braço esquerdo, junto com a frase "amor eterno".

Segundo conta, os policiais aproveitavam para lanchar na loja de conveniência do posto e sempre ofereciam salgados ao cachorro. Com o tempo, Pitoco foi reconhecendo os veículos e passando a acompanhá-los quando iam embora. "Várias vezes precisamos colocá-lo no carro e voltar ao posto para devolvê-lo." Para dar conta das postagens, o PM tem hoje a ajuda de outras 14 pessoas. "O Cabo Pitoco se tornou não só o mascote dos policiais, mas também da comunidade." As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Fonte: Estadão Conteúdo.



segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Cães heróis do 11 de setembro



Vieram de perto ou de longe com uma só finalidade: salvar vidas, procurar vidas. Num cenário de destruição, provocada por terroristas insanos, os cães heróis deixaram sua marca no 11 de sembro.













Foto Cães do 11 de Setembro




À medida que os anos passam e as memórias vão desaparecendo, as histórias do 11 de Setembro pertencem cada vez mais ao livros. Já passaram doze anos desde este trágico acontecimento onde 3000 pessoas perderam a vida.


Após os atentados do 11 de Setembro estiveram envolvidos cerca de 100 cães de serviço que ajudaram os seus donos a descobrir corpos de pessoas que estavam presos entre os escombros ou mesmo a salvar os seus donos e outras pessoas que se encontravam dentro dos edifícios.




Omar Eduardo Rivera, um técnico informático cego que trabalhava no 71º piso do World Trade Center (WTC) foi salvo pelo seu cão, o Dorado. Quando o primeiro avião embateu contra a sua torre, Rivera estava consciente que as suas hipóteses de sobrevivência eram baixas pois iria demorar muito tempo para sair da torre. No entanto, queria salvar o seu Labrador e, como tal, soltou-o no meio da multidão para que ele pudesse sair do edifício. “Pensei que estava condenado – o barulho e o calor eram terríveis – mas tinha que dar ao Dorado a oportunidade de sobreviver. Por isso, tirei-lhe a trela e ordenei que fosse embora”, relata Rivera. O Dorado foi arrastado pela multidão que descia em massa, mas alguns minutos depois Rivera sentiu o focinho do cão perto das suas pernas - o cão não iria abandonar o seu dono. Juntos desceram as escadas e mais tarde uma colega prestou-lhes assistência. Depois de mais de uma hora conseguiram sair do edifício que, alguns minutos mais tarde, se desmoronou. Sem o Dorado, Rivera não teria sobrevivido.


Nona Kilgore Bauer no seu livro Dog Heroes of September 11th: A Tribute to America's Search and Rescue Dogs enaltece a importância dos cães neste evento trágico: “Sem a contribuição dos cães de busca e salvamento muitas famílias não teriam a paz e o conforto de receber de volta o seu familiar ou amigo querido”.


Inicialmente os animais e as pessoas trabalharam incansavelmente para encontrar os sobreviventes, mais tarde para encontrar os seus corpos e ajudar as famílias a encontrar o descanso final. Para além de encontrarem corpos, os cães tiveram ainda o papel de terapeutas ao assistirem muitos bombeiros, quando estes sofriam ao encontrar os corpos inanimados dos seus companheiros de profissão.


Os cães de serviço provaram ser de grande mais valia nesta tragédia tendo sido responsáveis por recuperarem um terço dos corpos humanos encontrados. De fato, os cães têm uma grande resistência e conseguem cobrir uma grande área em pouco tempo. Além disso, o seu extraordinário olfato é capaz de detectar pequenas amostras de DNA, o que é impossível para um humano.



















Em 2011, uma fotógrafa holandesa, Charlotte Dumas, foi à procura dos cães de busca e salvamento que trabalharam no WTC e no Pentágono. O seu trabalho pretendeu prestigiar estes cães e os seus donos, perpetuando a sua imagem num livro que marcou o décimo aniversário dos ataques: “Retrieved”. Infelizmente, passado dez anos, dos 100 cães apenas 15 cães estavam ainda vivos. E durante a produção do livro mais 3 cães morreram. No dia de hoje não encontramos quaisquer registos de cães sobreviventes.

Kaiser, com 12 anos de idade. Foi destacado para o WTC a 11 de Setembro e procurou incasavelmente por pessoas no meio dos escombros.
Bretagne e o seu dono Denise Corliss chegaram a Nova Iorque a 17 de Setembro e ficaram lá durante 10 dias.
Bretagne faz uma pausa do trabalho com a sua dona e treinadora Denise.
Guinness, com 15 anos de idade. Começou a trabalhar no sítio de Nova Iorque na manhã de 13 de Setembro ficando lá durante 11 dias.
Merlin e o seu dono Matt Claussen foram destacados para o "Ground Zero" a 24 de Setembro, trabalhando no turno da noite durante 5 dias.
Orion de 13 anos de idade. Juntamente com o seu dono e treinador Robert Macaulay, trabalhou no sítio de Nova Iorque desde 23 de Setembro até 1 de Outubro.
Red, com 11 de idade. Foi com Heather Roche para o Pentágono desde 16 até 27 de Setembro.
Tuff chegou a Nova Iorque, com dois anos, às 23:00 horas no dia do ataque para começar a trabalhar no dia a seguir. Segundo os registos foi, possivelmente, o último sobrevivente (morreu em Abril de 2013).
A treinadora Julie Noyes e Hoke foram destacadas para o WTC a 24 de Setembro efetuando buscas durante 5 dias.
Bailey, com 14 anos. Juntamente com o seu dono Keith Lindley foi destacado para o Pentágono. Chegaram na manhã de 12 de Setembro e fizeram buscas durante 9 dias.
Abby, com 14 anos de idade. Apresentou-se juntamente com a sua dona Debra Tosch em Nova Iorque a 20 de Setembro, permanecendo em buscas durante 10 dias.



Fontes diversas e www.doglink.pt