segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Cães heróis do 11 de setembro



Vieram de perto ou de longe com uma só finalidade: salvar vidas, procurar vidas. Num cenário de destruição, provocada por terroristas insanos, os cães heróis deixaram sua marca no 11 de sembro.













Foto Cães do 11 de Setembro




À medida que os anos passam e as memórias vão desaparecendo, as histórias do 11 de Setembro pertencem cada vez mais ao livros. Já passaram doze anos desde este trágico acontecimento onde 3000 pessoas perderam a vida.


Após os atentados do 11 de Setembro estiveram envolvidos cerca de 100 cães de serviço que ajudaram os seus donos a descobrir corpos de pessoas que estavam presos entre os escombros ou mesmo a salvar os seus donos e outras pessoas que se encontravam dentro dos edifícios.




Omar Eduardo Rivera, um técnico informático cego que trabalhava no 71º piso do World Trade Center (WTC) foi salvo pelo seu cão, o Dorado. Quando o primeiro avião embateu contra a sua torre, Rivera estava consciente que as suas hipóteses de sobrevivência eram baixas pois iria demorar muito tempo para sair da torre. No entanto, queria salvar o seu Labrador e, como tal, soltou-o no meio da multidão para que ele pudesse sair do edifício. “Pensei que estava condenado – o barulho e o calor eram terríveis – mas tinha que dar ao Dorado a oportunidade de sobreviver. Por isso, tirei-lhe a trela e ordenei que fosse embora”, relata Rivera. O Dorado foi arrastado pela multidão que descia em massa, mas alguns minutos depois Rivera sentiu o focinho do cão perto das suas pernas - o cão não iria abandonar o seu dono. Juntos desceram as escadas e mais tarde uma colega prestou-lhes assistência. Depois de mais de uma hora conseguiram sair do edifício que, alguns minutos mais tarde, se desmoronou. Sem o Dorado, Rivera não teria sobrevivido.


Nona Kilgore Bauer no seu livro Dog Heroes of September 11th: A Tribute to America's Search and Rescue Dogs enaltece a importância dos cães neste evento trágico: “Sem a contribuição dos cães de busca e salvamento muitas famílias não teriam a paz e o conforto de receber de volta o seu familiar ou amigo querido”.


Inicialmente os animais e as pessoas trabalharam incansavelmente para encontrar os sobreviventes, mais tarde para encontrar os seus corpos e ajudar as famílias a encontrar o descanso final. Para além de encontrarem corpos, os cães tiveram ainda o papel de terapeutas ao assistirem muitos bombeiros, quando estes sofriam ao encontrar os corpos inanimados dos seus companheiros de profissão.


Os cães de serviço provaram ser de grande mais valia nesta tragédia tendo sido responsáveis por recuperarem um terço dos corpos humanos encontrados. De fato, os cães têm uma grande resistência e conseguem cobrir uma grande área em pouco tempo. Além disso, o seu extraordinário olfato é capaz de detectar pequenas amostras de DNA, o que é impossível para um humano.



















Em 2011, uma fotógrafa holandesa, Charlotte Dumas, foi à procura dos cães de busca e salvamento que trabalharam no WTC e no Pentágono. O seu trabalho pretendeu prestigiar estes cães e os seus donos, perpetuando a sua imagem num livro que marcou o décimo aniversário dos ataques: “Retrieved”. Infelizmente, passado dez anos, dos 100 cães apenas 15 cães estavam ainda vivos. E durante a produção do livro mais 3 cães morreram. No dia de hoje não encontramos quaisquer registos de cães sobreviventes.

Kaiser, com 12 anos de idade. Foi destacado para o WTC a 11 de Setembro e procurou incasavelmente por pessoas no meio dos escombros.
Bretagne e o seu dono Denise Corliss chegaram a Nova Iorque a 17 de Setembro e ficaram lá durante 10 dias.
Bretagne faz uma pausa do trabalho com a sua dona e treinadora Denise.
Guinness, com 15 anos de idade. Começou a trabalhar no sítio de Nova Iorque na manhã de 13 de Setembro ficando lá durante 11 dias.
Merlin e o seu dono Matt Claussen foram destacados para o "Ground Zero" a 24 de Setembro, trabalhando no turno da noite durante 5 dias.
Orion de 13 anos de idade. Juntamente com o seu dono e treinador Robert Macaulay, trabalhou no sítio de Nova Iorque desde 23 de Setembro até 1 de Outubro.
Red, com 11 de idade. Foi com Heather Roche para o Pentágono desde 16 até 27 de Setembro.
Tuff chegou a Nova Iorque, com dois anos, às 23:00 horas no dia do ataque para começar a trabalhar no dia a seguir. Segundo os registos foi, possivelmente, o último sobrevivente (morreu em Abril de 2013).
A treinadora Julie Noyes e Hoke foram destacadas para o WTC a 24 de Setembro efetuando buscas durante 5 dias.
Bailey, com 14 anos. Juntamente com o seu dono Keith Lindley foi destacado para o Pentágono. Chegaram na manhã de 12 de Setembro e fizeram buscas durante 9 dias.
Abby, com 14 anos de idade. Apresentou-se juntamente com a sua dona Debra Tosch em Nova Iorque a 20 de Setembro, permanecendo em buscas durante 10 dias.



Fontes diversas e www.doglink.pt


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