sábado, 12 de novembro de 2016

Carrapatos: combatendo e controlando; saiba como fazer












Durante o verão, quando chove e faz sol, o mosquito da dengue não é a única preocupação nas casas. Os proprietários de animais, como cachorros, devem ficar atentos ao risco de uma infestação de carrapatos.



Os sintomas da babesiose - doença transmitida pela picada de um carrapato infectado - são tremores, boca branca e falta de apetite. E pode levar o animal a morte. O veterinário de Uberaba, Cláudio Yudi, alertou que esta época do ano é a mais propícia para a proliferação do parasita. “Chuva, umidade e calor são fatores ideais para os ovos de carrapatos se infestarem nos cães”, comentou.



Yudi ainda alerta que existe uma forma correta de tirar o carrapato do animal. Na hora de matar o parasita é recomendado não pisar ou espremer os ovos, pois com essa atitude pode espalhar o carrapato pela casa. A maneira correta é colocá-los em um vidro com álcool. “Muitas pessoas arrancam e não pode fazer isso. Parte do carrapato continua do cão e isso pode provocar alergia. Se o animal tiver uma infestação o ideal é procurar o médico veterinário para obter orientação”, explicou.




Apesar da proliferação rápida, o animal só representa 5% do problema. O ambiente é responsável por 95% da infestação. Significa que para cada cinco carrapatos que um cachorro tem, existem 95 no ambiente no qual ele vive.

"Eles se escondem nos cantos das paredes, nos ralos e até em panos de chão", disse a veterinária, Carla Silva Sampaio. E ela precisa estar atenta pois tem em casa nove cachorros. "Todos usam essa coleira com carrapaticida, mas sei que é questão de tempo para apenas um carrapato virar um grande problema. Cada carrapato põe 5 mil ovos em 21 dias e, geralmente, quando aparece o primeiro é que vamos buscar os cuidados. Porém, o melhor remédio é a prevenção”, finalizou Sampaio.


Com o aumento da temperatura, aumentam também as infestações de carrapatos. Estes parasitas de ‘oito pernas’, além de causarem grandes transtornos e desconforto, também transmitem doenças para os animais e para o homem.


Por isso, saber como combater carrapatos de forma eficaz é importante não apenas para garantir a saúde do seu cão, mas também a da sua família.



Os carrapatos são artrópodes da classe Arachnida, a mesma das aranhas, e tanto os machos quantos a fêmeas se alimentam de sangue (são hematófagos). Os carrapatos mais comuns nos cães são da espécieRhipicephalus sanguineus (conhecido como carrapato-vermelho-do-cão), porém o cão também pode ser parasitado acidentalmente por outras espécies, como o Amblyomma (carrapato estrela) encontrado em áreas rurais ou de mata. O ciclo de vida dos carrapatos, independentemente da espécie, possui três fases: larva, ninfa e adulto, onde cada fêmea pode colocar de 200 a 3000 ovos por dia.


Ao contrário do que parece, os carrapatos não ficam todo o tempo fixados ao animal. Para colocar os ovos e para fazerem as mudas, eles deixam o cão e vão para o ambiente. É comum ver carrapatos saírem do animal e subirem nas paredes ou para as pontas da grama e das plantas. Isto ocorre porque o carrapato do cão possui geotropismo negativo, ou seja, quando deixa o cão que estão parasitando sobem para locais mais altos, para encontrar e se fixar em um novo hospedeiro que esteja passando pelo local.


Os carrapatos causam diversos problemas ao animal enquanto se alimentam. Nos cães, causam coceira, incômodo, e também podem causar anemia e transmitir doenças que podem ser fatais, como a babesiose e a erliquiose, conhecidas como “doenças do carrapato”. Devido ao seu ciclo de vida, um único carrapato pode parasitar vários hospedeiros diferentes, entre animais e seres humanos. Isto aumenta as chances de transmissão de doenças, pois uma vez que ele se alimente do sangue de um animal infectado, transmitirá o agente etiológico da doença para os demais hospedeiros que irá parasitar. Além dos cães, os carrapatos podem transmitir agentes que causam doenças graves nos humanos, como a Febre Maculosa e a Doença de Lyme. A prevenção da infestação e o combate aos carrapatos são as melhores maneiras de impedir que essas doenças ocorram.




É imprescindível o uso de carrapaticida no ambiente onde vive o cão


O uso de carrapaticida no ambiente e no cão são os principais métodos de controle. Existem no mercado diversos produtos eficientes para se combater carrapatos, uns para serem usados no cão e outros para serem usados no ambiente. Entre os produtos usados no cão há a ivermectina, a selamectina, o amitraz, os piretróides, o fipronil e outros. Quando a infestação é grande, pode ser necessário mais de uma aplicação do carrapaticida para matar todos os carrapatos. Nos casos de animais com pêlos longos, recomenda-se a tosa para facilitar o tratamento. É preciso cuidado na escolha e aplicação desses produtos e eles só devem ser usados sob prescrição e orientação do médico-veterinário, pois alguns deles podem causar intoxicação. No caso da ivermectina, seu uso é contra-indicado em algumas raças, como Collie, Pastor Alemão, Pastor de Shetland, Pastor Australiano, Setters, Old English Sheepdog e seus cruzamentos. Também é contra-indicado o uso da maioria dos carrapaticidas em filhotes, gestantes e fêmeas em lactação.


É imprescindível o uso de carrapaticida no ambiente onde vive o cão, principalmente dentro das casinhas, paredes, muros, portões e no chão, com atenção especial para as frestas que costumam abrigar grande número de carrapatos em diversos estágios do seu ciclo de vida. É necessário retirar o cão para aplicá-los no ambiente porque esses produtos podem causar intoxicação. As camas, cobertores e acessórios devem ser bem lavados para retirar qualquer carrapato que tenha se alojado. Se a infestação for grande, é necessário que o produto seja aplicado semanal ou quinzenalmente, para matar todos os carrapatos .


Para a prevenção, deve-se aplicar regularmente no cão um produto com boa ação residual (de 3 a 4 semanas), e/ou usar coleiras carrapaticidas. Impedir o acesso do cão a áreas onde existam cavalos, bois e animais silvestres é uma boa prática para evitar a infestação acidental por outras espécies de carrapatos. Se não for possível, aplique um carrapaticida no seu cachorro, antes ou depois do passeio. Lembre-se que o combate às infestações de carrapatos é um trabalho que exige paciência e persistência, podendo demorar semanas até que o problema resolvido e os carrapatos, eliminados.




Medidas preventivas para o controle de carrapatos


1 – Lavar com frequência os abrigos de anmais domésticos, passando desinfetante após a lavagem.


2 – Vistoriar com frequência os animais domésticos, principalmente quando estiverem inquietos e com muita coceira.


3 – Vedar frestas e buracos em pisos e paredes, principalmente, quando localizados nos abrigos de animais domésticos.


4 – Manter aparada a vegetação de jardins e quintais, não, não permitindo o crescimento de capim próximo às residências.


5 – Controlar os carrapatos dos animais domésticos com a orientação de um médico veterinário.


Tratamento I


Os carrapatos devem ser removidos o mais brevemente possível.






A remoção é realizada mais adequadamente com a aplicação de vaselina ou de uma outra substância que seja irritante para o carrapato ou por meio de sua torção lenta com o auxílio de uma pinça.
A cabeça do carrapato, que não pode ser retirada juntamente com o corpo, deve ser removida porque ela pode causar uma inflamação prolongada ou pode penetrar ainda mais nos tecidos.


A paralisia do carrapato não exige tratamento, mas quando a pessoa apresenta problemas respiratórios, a oxigenioterapia ou o suporte ventilatório pode ser necessário


As picadas do carrapato pajaroello devem ser lavadas e embebidas com uma solução antisséptica e, quando necessário, deve ser realizada a remoção da pele morta. Nos casos graves, os corticosteróides ajudam a reduzir a inflamação.
As infecções das lesões são comuns, mas, geralmente, elas podem ser curadas com uma pomada de antibiótico.




Procedimento


Muitos procedimentos, embora não recomendados, são ainda amplamente empregados como medidas visando retardar a coceira e ate a possivel febre.


Obs: Em caso de mal estar provocado por mordidas de carrapatos ou infestação, procure imediatamente um médico ou serviço de saude da sua região.
Carrapatos nos cães


Para r etirar os carrapatos dos cães: resista à tentação de simplesmente arrancar o carrapato pois, uma parte dele pode permanecer na pele e infeccionar o local.


Utilize algodão embebido em álcool, cânfora ou éter e aperte-o contra o carrapato.
Assim como nos humanos, estas substâncias podem entorpecer o carrapato e ele “desmaia”, facilitando a sua retirada.
Solução ecologica


Se seus animais de estimação estão infestados, lave-os bem com sabão e água morna.


Seque-os completamente e enxágue-os com uma solução preparada com meia xícara de alecrim colocada em água fervente e descansada por 20 minutos.


Espalhe a solução por todo o animal e deixe-o secar ao ar livre. Não use toalha.
Para prevenir infestações, acrescente levedura de cerveja e alho às refeições do seu animal de estimação.




fontes: Greenpeace Brasil/G1globo.com/minasgerais
fonte:Merck
fonte: CVS

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