Os cachorros são animais sociáveis, mas nem sempre seus donos podem estar por perto o tempo todo, principalmente quando trabalham fora. Há, no entanto, estratégias para deixar o animal mais à vontade quando estiver sozinho em casa.
Segundo o médico veterinário e terapeuta canino Marcel Pereira, "não existe nenhuma recomendação para modificar a estrutura da casa, móveis ou decoração" para o cão que fica sozinho. Nem mesmo é preciso um cômodo próprio, ainda que seja bom ter um lugar específico para o pet dormir, como um tapete ou uma cama. Ele alerta, no entanto, que objetos ou partes de móveis ou decoração podem ser engolidos pelos cachorros. Para que não haja perigo, Pereira recomenda que sejam dados ao bicho de estimação brinquedos específicos, que não soltem peças que possam ser engolidas e que o mantenham ocupado, pois os cachorros têm muita energia e precisam gastá-la. Outra estratégia é fazer furos em uma garrafa PET e enchê-la de comida, assim o animal tem que "brincar" para conseguir o alimento.
A veterinária Karen Benevenuto recomenda que sejam colocadas telas de proteção nas janelas. Ela lembrou a história de um poodle que caiu do sétimo andar do prédio ao ver seu dono chegando. "Cães mais excitados podem pular", diz ela. Além disso, ela chama a atenção para cachorros que têm problemas com o calor, como o bulldog, e que precisam de ambientes frescos. O também veterinário Michel Faingezicht diz que, por causa das temperaturas, os animais acabam procurando locais com chãos mais frios, como a cozinha e o banheiro. Ele também fala que o acúmulo de urina pode trazer problemas para o cachorro, e que há tapetes que absorvem o líquido. Um cliente, segundo Faingezicht, rebaixou o piso da área para que o xixi do cão escorresse para o ralo.
Quando houver um jardim, algumas adaptações podem ser feitas para melhor receber o animal. A paisagista Marisa Lima observou que os cachorros se sentiam inseguros andando sobre pequenas pedras, e usou a estratégia em um projeto: cobriu o chão perto das plantas com os pedregulhos e, com isso, conseguiu impedir estragos na vegetação. Como a urina do cão amarela a grama, ela criou um espaço para ele com terra, no qual o pet pode também cavar, deixando de fazer buracos no resto do jardim. De qualquer forma, é preciso acostumar o bicho de estimação a usar sempre o mesmo lugar.
Já a paisagista e designer de interiores Ivani Kubo, de São Paulo, faz muitos projetos em varandas para seus clientes, mas leva também em consideração o bem-estar dos cachorros. Ela criou, por exemplo, um pequeno ambiente com grama para que os animais façam suas necessidades na área externa e arejada. Além disso, costuma colocar plantas com cheiro agradável em lugares estratégicos. Com isso, os cães ganham espaço e os donos evitam o inconveniente odor que a urina deixa dentro do apartamento.
Dentro ou fora de casa, há vegetações que devem ser evitadas, pois causam problemas se ingeridas. Pereira não recomenda o bico-de-papagaio, a hortênsia, a azaleia e a amarílis, entre outras. Lima conta que um cliente chegou a pedir que fossem colocadas plantas com espinhos, para que o cachorro não destruísse o jardim. No entanto, a paisagista diz que o certo é fazer o contrário e colocar vegetação que não seja agressiva ao cão.
Mesmo com essas recomendações, todos os veterinários foram unânimes: nada como uma boa caminhada com seu bicho de estimação para que ele gaste energia e fique mais tranquilo quando estiver sozinho.
Fonte: PrimaPagina,
Especial para o Terra
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