domingo, 22 de julho de 2012







por TANENO, Joyce Costa
MONTEIRO, Héllen Renata Borges
JUNQUEIRA, Gisele
Discentes do Curso de Medicina Veterinária
SACCO, Soraya Regina
Docente da Faculdade de Medicina Veterinária de Garça

A hepatite infecciosa canina é uma infecção viral causada pelo adenovírus canino do tipo1 quecaracteriza-se por febre, vômito, diarréia anorexia, aumento da sede, congestão,hemorragia das mucosas, sensibilidade abdominal, relutância a movimentar-se, conjuntivite, uveíte e fotofobia.

1. INTRODUÇÃO
A hepatite infecciosa canina ou doença de Rubarth é uma infecção produzida por um vírus a animais susceptíveis, como raposas e cães novos. Esta doença está associada a uma necrose controlobular do fígado, perihepatite infecciosa, perturbações cardiovasculares, ascite, etc.

Foi primeiramente assinalada em raposas e posteriormente em cães.Somente em 1947, como resultado das investigações de Rubarth na Suécia, foi que apareceu a hipótese de se considerar a encefalite enzoótica das raposas e a hepatite infecciosa dos cães como doenças idênticas (HIPÒLITO & FREITAS,1964).

A Hepatite infecciosa Canina (HIC) é causada pelo adenovírus canino tipo1(CAV-1) já há muito tempo é reconhecido como causa de necrose hepática aguda em cães.A incidência da moléstia clínica causada por CAV-1 é atualmente muito baixa,devido a eficácia dos procedimentos de vacinação. Anticorpos neutralizadores anti-CAV-1 também são detectados em cães maturos vacinados, sugerindo ser disseminada exposição natural ao vírus (ETTINGER & FELDMAN, 2004).

O CAV-1 é adquirido através de exposição oronasal. Ele é encontrado em todos os tecidos sendo eliminado em todas as secreções durante uma infecção aguda. Ele também é eliminado por pelo menos 6 a 9 meses na urina após a recuperação.É altamente resistente à inativação e à disseminação permitindo consequentemente a disseminação através de fômites e ectoparasitas (BIRCHARD & SHERDING.,1998).

Após a exposição oronasal, o CAV-1 causa viremia e se dissemina para todos os tecidos, especialmente destinando-se aos hepatócitos e às células endoteliais.

A lesão endotelial pode afetar qualquer tecido, mas o CAV-1 é particularmente notado por seus efeitos no endotélio corneano,glomérulos renais e endotélio vascular (ETTINGER & FELDMAN, 2004).
Os cães agudamente doentes tornam-se moribundos e morrem dentro de horas.

Um curso de 5 a 7 dias caracteriza-se por febre de 39,5 a 41°C, vômitos,diarréia, dor abdominal, tonsilite - faringite, linfoadenopatia e edemas cervicais, tosse (pneumonite) e diátese hemorrágica (petéquias e equimose epistaxe, melena).

Podem ocorrer sinais no sistema nervoso central (SNC)(desorientação, depressão,estupor, coma, e ataques convulsivos) como resultado de encefalopatia hepática de hipoglicemia ou de encefalite não-supurativa (BIRCHARD & SHERDING,2003).

Em casos de infecção aguda ou após a recuperação de uma infecção inaparente podem ocorrer sinais que incluem edema corneano (nublação corneana,também chamada de “olho azul da hepatite”) e uveíte anterior ( blefaroespasmo,inflamação, miose e glaucoma complicante) (BIRCHARD & SHERDING,2003).

Embora o diagnóstico definitivo não seja essencial para um tratamento bem sucedido pode se confirmar a Hepatite Infecciosa Canina por meio de testes sorológicos, de isolamento viral, estudos imunofluorescentes ou histopatologia (BIRCHARD & SHERDING,1998).

O tratamento recomendado é o tratamento suporte até que possam ocorrer recuperação a partir do estágio agudo de infecção e regeneração hepatocelular. Isso geralmente requer uma fluidoterapia que utilize de soluções suplementadas com potássio e dextrose, tratamento para encefalopatia hepática e antibióticos para complicações bacterianas secundárias (BIRCHARD & SHERDING,1998).

A vacinação é altamente efetiva na prevenção da infecção por CAV-1.Administre pelo menos duas doses em um intervalo de 3 a 4 semanas com 8 a 10 semanas e com 12 a 14 semanas de idade.Geralmente combine a vacina com as vacinações contra cinomose. Recomenda-se a revacinação anual, embora a imunização inicial persista por toda a vida (ETTINGER & FELDMAN, 2004).

3. CONCLUSÃO
Devido à doença ser de fácil transmissão e seu tratamento sintomático,devemos tomar alguns cuidados especiais como fazer a vacinação dos animais, desinfecção dos locais onde o animal vive, com vapor quente, vassouras de fogo e desinfetantes quaternários a base de amônia, não se esquecendo de se desfazer dos objetos do animal.

PROCURE SEMPRE O SEU VETERINÁRIO.

Fonte: Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e
Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14)
3407-8000 – www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br.


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