segunda-feira, 22 de outubro de 2012






Importante: Isso não é um problema só da cidade do Crato; acontece em todo o Brasil.


Os animais errantes ficam sujeitos a maus-tratos e podem ser tornar vetores de zoonose. 

Problema é causado pela posse irresponsável dos donos

Atualmente, sem os serviços de captura dos animais abandonados nas ruas e avenidas do Crato, a população do município enfrenta adversidades geradas pela posse irresponsável de cães e gatos. Os bichos ficam expostos a maus-tratos e podem ser tornar fontes de zoonose no ambiente.

O número estimado da população animal é 19.420, sendo 15.020 cães e 4.400 gatos. Apesar da Secretaria de Saúde do Estado recomendar que haja um senso oficial em todos as cidades, no município ainda não existe nenhuma campanha ou projeto de controle da natalidade, por meio do setor público.

Segundo a Associação de Proteção à Vida (Aprov), a reprodução descontrolada é um problema grave que deve ser inspecionado. Para a entidade, que existe desde 2009 e executa ações sobre a posse responsável e controle da população animal, o aumento das zoonoses e os maus-tratos ao bichos precisam ser combatidos de forma eficaz.

Os riscos para a população vão desde a transmissão de enfermidades simples, como as que acometem a pele e verminoses, à doenças severas tipo leishmaniose, hepatite e raiva. Além do risco de ataques com mordidas e acidentes de trânsito.

O Crato tem um Centro de Controle de Zoonoses do Cariri (CCZ). Entretanto, o órgão não disponibiliza a estrutura necessária para atender às demandas externas e ambulatoriais. Conta apenas com um departamento clínico, administrativo, canil e gatil, seis baias para animais de economia dos portes pequeno, médio e grande. Além de um laboratório para o diagnóstico de raiva animal.

Mas, neste sentido, o órgão efetua somente a coleta do sangue para a realização da sorologia e encaminha o material para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Nos casos de haver soropositividade, o animal é recolhido e eutanasiado no Centro de Zoonoses. Hoje, no órgão, estão cerca de 30 animais aguardando as análises veterinárias. Entre as atividades de combate às zoonoses, o CCZ disponibiliza apenas a imunização antirrábica. A campanha deste ano, será realizada no próximo dia 10 de novembro. Na ação, toda a população de cães e gatos do município deverá ser vacinada.

Vacinas

No ano passado, foram aplicadas 16.976 doses da vacina. De acordo com o médico veterinário Ricardo Pierre Martins, a contagem animal é baseada nos dados da população humana. Para ele, é urgente a implantação de programas que possam controlar as taxas de natalidade. "É preciso que o setor público implante o controle dessa população como meta para que não haja a proliferação indiscriminada dos animais, e que os órgãos responsáveis possam inspecionar as doenças transmitidas por eles. Sem isso, o município fica desprotegido na área da saúde", afirma ele.

Já a presidente da Aprov, Antônia Ferreira Lima, faz um apelo ao proprietários de animais domésticos, no sentido do tratamento adequado dos animais e controle da natalidade. "Se a gente conseguisse que o setor público fizesse a castração dos machos, já melhoraria em 50% o problema dos animais errantes na cidade, consecutivamente diminuiríamos as zoonoses e os maus-tratos aos bichos", revela. 




Fonte:diariodonordeste.globo.com

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