sábado, 18 de maio de 2013

Importação de cães.

Importação de cães.

do economia.terra.com.br



Algumas empresas aéreas não permitem o transporte de raças braquicefálicas (de focinho e cabeça curta como o Buldoguê Inglês, quinta raça mais importada) Foto: Shutterstock
Algumas empresas aéreas não permitem o 
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(de focinho e cabeça curta como o Buldoguê Inglês, 
quinta raça mais importada)Foto: Shutterstock


O Brasil tem hoje 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o País tem a quarta maior população de animais de estimação no mundo - e a segunda em cães e gatos. E cada vez mais aumenta a proporção destes bichos que são importados, principalmente cães.



De acordo com relatório da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), em 2012 foi registrada a entrada de 1.067 cachorros no País. As cinco raças que tiveram exemplares mais importados foram, em ordem, Buldogue Francês, Rottweiller, Spitz Alemão - também conhecido como Lulu da Pomerânia -, Pastor Alemão e Buldogue Inglês.



Apesar de ter um procedimento relativamente simples, a importação de animais de estimação tem altos custos no Brasil. Além do valor do animal, que pode chegar a milhares de dólares, o dono ainda tem despesas com vacinas, atestado de saúde, consulta veterinária no país de origem e taxas a serem pagas nos consulados, que variam de acordo com o país que está exportando o animal. Porém, são os impostos brasileiros que tornam o custo alto. Ao desembarcarem por aqui, são cobrados dois impostos principais, o primeiro é de 60% do valor do frete aéreo, e o segundo de 60% sobre o valor estimado do animal (este valor é estimado com base na raça e na idade do animal). Normalmente, filhotes são avaliados em US$ 800 e adultos (acima de um ano) em US$ 200.



Mas os valores podem variar muito, e é possível requerer isenção destes impostos quando o proprietário é um cidadão brasileiro retornando do exterior, um estrangeiro vindo trabalhar no Brasil ou se o pet chega com seu dono como bagagem acompanhada. Conforme a veterinária do Kenel Clube São Paulo (KCSP) Christiane Salvatore, não existem restrições de raças, como em alguns países. “Normalmente estão autorizados a entrar no país, sem maiores problemas ou solicitações, dois cães, dois gatos ou quatro pássaros de vida doméstica por pessoa e por família”, afirma. Quem importa também tem o custo da caixa própria para o transporte e o valor a ser pago para a companhia aérea, que varia conforme o peso do animal e a distância a ser percorrida.



Salvatore explica que o principal motivo de importação, além de acompanhar a família que se mudou, é a melhora genética das raças no Brasil, por meio da reprodução de exemplares com excelente DNA, e a introdução de novas raças. “Isso vale tanto para cães quanto para gatos. Outro ponto bem importante na importação de cães se deve à vinda deles para participar de exposições de beleza, são importações para fins promocionais de determinado cão ou raça. Nessas vindas, ocorrem contatos para as futuras importações de novas raças”, diz. Na grande parte das vezes, esses animais são escolhidos por causa de sua filiação (linha de sangue), pela raça ser rara no Brasil, por causa de sua formação física, ser um grande padreador ou matriz, ser um grande campeão no seu país.



Cuidados para o transporte



O transporte dos animais importados deve ocorrer em caixas especiais, feitas para esse fim. Como a maioria das importações ocorre de avião, essas caixas são feitas de plástico resistente, com grades e sem rodas. Existem caixas de todos os tamanhos para cães e gatos. “O importador deve ter o cuidado de adquirir uma caixa onde o animal possa ficar em pé e dar uma volta sobre ele mesmo”, indica a veterinária.



Algumas empresas aéreas não permitem o transporte de raças braquicefálicas (de focinho e cabeça curta como o Buldoguê Inglês, o Pug, o Gato Persa, entre outras) pelo risco de agravar os problemas respiratórios devido ao estresse causado pelo voo, onde eles podem sofrer os chamados "ataques de calor". Algumas ainda permitem que o animal seja transportado junto aos passageiros em vez de ser despachado com as malas. Salvatora conta que essa proibição começou a ser promovida depois que ocorreu divulgação de um relatório pelo Departamento de Transporte americano, feito entre 2005 e 2010, que informa que metade dos cães que morrem durante os voos são dessas raças.

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