sábado, 15 de outubro de 2016

Cuide bem da Saúde do seu Cão.



Cuide bem da Saúde do seu Cão.




A saúde do seu animal é algo que tem de ser cuidadosamente vigiada junto do seu veterinário.

Tal como as pessoas um dos factores principais para a saúde do seu animal é a alimentação. As visitas ao veterinário são também fundamentais. 

Segue o resumo de algumas das doenças mais frequentes do cão.

ESGANA ou CINOMOSE

O QUE É

A Esgana ou Cinomose é uma doença viral altamente contagiosa, que afeta os cães, principalmente os mais novos, podendo ser mortal. Esta doença não é transmissível ao ser humano, mas sim a outros cães.
SINTOMAS

Os sintomas são variados, podendo aparecer em três fases:

Fase 1
  • Febres altas
  • Vômitos/Mal-estar
  • Falta de apetite
  • Diarreia
  • Desidratação


Fase 2



  • Tosse (além dos outros sintomas descritos)



Fase 3


  • Sangue purulento no nariz e nos olhos
  • Convulsões/Espasmos nervosos
  • Eventual paralisia

TRATAMENTO

Não existe um tratamento específico para esta doença, contudo o animal deve ser hospitalizado o mais rápido possível, a fim de minimizar os sintomas e salvá-lo da morte. É de referir que, nos cachorros a taxa de mortalidade é mais elevada do que nos cães mais velhos, pois estes possuem mais defesas que os primeiros.

Nos caso do animal se salvar, ele poderá ficar com algumas sequelas, como tiques nervosos, epilepsia, dentes manchados devido aos danos provocados no esmalte e possível paralesia.

Nota: Um animal com esgana deve ser imediatamente isolado dos outros e os espaços onde ele esteve devem ser rigorosamente desinfectados para minimizar o risco de transmissão.

COMO SE TRANSMITE

A esgana pode ser transmitida de diversas formas, entre elas: contacto direto entre animais, tosse e espirros dos mesmos, ou ainda pode ser transportado na roupa ou calçado de quem esteve em contacto com o animal infectado. Esta doença transmite-se a animais que não estejam vacinados contra a esgana, ainda que sejam animais sadios.

MAIS VALE PREVENIR

Todos os cachorros ou cães adultos, devem cumprir o esquema de vacinação estipulado pelo veterinário.

No caso da esgana, a vacina deve ser tomada com cerca de 8 a 10 semanas, repetindo depois anualmente com doses de reforço. É importante manter os cachorros em espaços limpos e não os passear na rua antes das primeiras vacinas.


RAIVA
O QUE É

A Raiva é uma doença viral (vírus rábico), que se multiplica nas glândulas salivares. É transmissível a todos os animais de sangue quente, incluindo o ser-humano.
SINTOMAS

Nos cães:


  • O animal começa a ter alterações ao nível do seu comportamento, ficando mais agressivo e "raivoso";
  • As pupilas dilatam;
  • Desenvolve-se no animal a fotofobia (medo da claridade);
  • Excesso de salivação;
  • Paralisia da mandíbula e dificuldades em engolir;
  • Convulsões
  • Paralisia dos membros
Nos humanos:
  • Febre que vai aumentando progressivamente
  • Dores de cabeça
  • Estados de inquietação e irritabilidade
  • Taquicardia
  • Depressão
  • Dificuldade e impossibilidade de respirar

TRATAMENTO

Depois de detectada a doença, não existe tratamento possível. A vacina serve sim, para previnir, mas como remédio não causa qualquer efeito.
COMO SE TRANSMITE

O vírus da raiva é transmitido principalmente, por cães ou gatos, sendo transmissível a outros animais de sangue quente, bem como ao ser humano.

A transmissão é feita através da mordedura de um animal infectado, sendo o vírus excretado pelas suas glândulas salivares.

Esta transmissão pode ainda ocorrer através de um arranhão causado pelas unhas ou dentes do animal infectado ou ainda pela "lambidela" desse animal, quando a sua saliva entra em contacto com alguma área da pele que esteja ferida.

O período em que os sinais da doença se tornam visíveis, após a transmissão (mordedura), podem variar entre 2 semanas a 6 meses.

MAIS VALE PREVENIR

A unica maneira de evitar a doença é mesmo com a prevenção, ou seja, com a vacina. Apesar de não existirem sinais de raiva em Portugal, vacina é obrigatória e deve ser ministrada por volta das 16 semanas de vida do animal.



LEISHMANIOSE
O QUE É?

A Leishmaniose é uma doença infecciosa, causada por um organismo denominado leishmania.

Esta doença é mais comum em países quentes, contudo também é comum em Portugal, principalmente nas zonas da Península de Setúbal e Vale do Tejo.
SINTOMAS

Esta doença pode apresentar-se de duas formas:


  • Forma cutânea, que se caracteriza pelo aparecimento de feridas na pele, cuja cicatrização é muito difícil, senão nula;
  • Forma visceral, que atinge órgãos como o fígado, o baço e a medula óssea).

  • Normalmente esta doença revela-se quando já está num estado muito avançado de desenvolvimento, sendo os seus sintomas os seguintes:

  • Excessiva queda de pelo;
  • Emagrecimento do animal;
  • Fraqueza e apatia;
  • Feridas que surgem de repente e cuja cicatrização é muito difícil de conseguir;
  • Aumento exagerado das unhas;
  • Dilatação do fígado ou do baço


TRATAMENTO

Antes de se partir para a certeza de que o animal está infectado com Leshmaniose, deve falar-se com o veterinário para se fazer o respectivo diagnóstico. Este diagnóstico é feito por punção da medula óssea e observação microscópia das Leshmanias.

Se as suspeitas se confirmarem e o animal estiver mesmo infectado, há que dar início a um longo tratamento. É de salientar que, no cão esta doença é incurável. Todavia, pode ser tratada, principalmente se ainda não tiver atingido um elevado grau de desenvolvimento. O tratamento, quando seguido minuciosamente, elimina os sintomas, permitindo ao animal ter uma boa qualidade de vida. Nestes casos, o animal deixa de ser transmissor e passa apenas a ser portador.

No ser-humano, quando a doença é diagnosticada a tempo, pode ser tratada e curada.

COMO SE TRANSMITE

A Leshmaniose é essencialmente transmitida ao cão, podendo também ser transmitida ao Homem, mas não através do cão. Esta doença transmite-se pela picada de uma determinada espécie de mosquito. O mosquito ao picar um cão infectado absorve o parasita e, quando o mesmo mosquito picar outro cão, para se alimentar do seu sangue, vai deixar neste último o parasita, que se reproduzirá e provocará a doença. Assim, o mosquito é apenas um hospedeiro intermediário, não havendo risco de contágio cão infectado-cão sadio, ou de cão infectado-ser humano. O cão infectado só infecta mosquitos que o piquem para se alimentar do seu sangue; estes mosquitos por sua vez, é que poderão infectar outros cães.

No caso do Homem, também só o mosquito o poderá infectar.

MAIS VALE PREVENIR

Uma vez que ainda não existe vacina para a Leshmaniose, há certos cuidados que se devem ter com o cão para evitar que este seja infectado.

Como estes mosquitos são mais frequentes em zonas de charcos ou águas paradas, deve evitar-se andar nessas zonas com os animais, bem como evitar os passeios ao fim da tarde ou início da manhã.


DIROFILARIOSE
O QUE É?

A Dirofilariose (doença do verme do coração) é uma doença infecciosa, que ataca cães e gatos podendo incapacitar ou até matar os animais infectados. Esta doença é provocada pela picada de um mosquito infectado.
SINTOMAS

A Dirofilariose provoca lesões muito graves antes do aparecimento dos sintomas visíveis. Quando os sintomas aparecem, a doença está de tal forma avançada que as lesões nos órgãos internos podem ser irreversíveis.

Um cão com dirofilariose canina pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Tosse crônica;
  • Cansaço perante esforços físicos;
  • Apatia;
  • Diarreia;
  • Vômitos;
  • Falta de apetite;
  • Colapso devido a falha cardíaca

TRATAMENTO

Atualmente, a maioria dos cães infectados podem ser tratados, contudo, deve ter-se a noção de que o tratamento é caro e dispendioso, mas que pela vida do nosso amigo vale a pena!

São necessárias duas injeções para matar os vermes adultos. Durante várias semanas após o tratamento, o cão tem que ser mantido em repouso absoluto. Mesmo um pequeno exercício pode provocar lesões graves a nível pulmonar pelos vermes mortos.

Numa segunda fase tem que se medicar o animal para se eliminar as microfilárias imaturas do sangue. Por fim, deve implementar-se um programa de prevenção da doença.


COMO SE TRANSMITE

Os mosquitos são os responsáveis por transmitir a doença de um cão infectado para cães saudáveis. Dentro do animal infectado vão-se produzir pequenos vermes imaturos – microfilárias, que se vão libertar na corrente sanguínea. Quando um mosquito pica o cão, ingere estas microfilárias juntamente com o sangue. Nas duas ou três semanas a seguir, as microfilárias desenvolvem-se para se tornarem larvas infectantes e são transmitidas a outros cães quando o mosquito se volta a alimentar. Uma vez dentro do cão estas larvas desenvolvem-se e migram para o coração onde se tornam vermes adultos que voltam a produzir microfilárias. Estas por sua vez, vão depois para a corrente sanguínea do cão, onde poderão ser de novo ingeridas pelo mosquito se o cão voltar a ser picado. E assim se vai gerando o ciclo da Dirofilariose.

MAIS VALE PREVENIR

Se se desconfia que o cão poderá estar infectado com Dirofilariose, a primeira coisa a fazer é recorrer ao veterinário e pedir que faça uma análise ao sangue do animal.

Para apostar num programa de prevenção, deve ter-se atenção para não andar com o animal em zonas onde predominem os mosquitos. As coleiras contra os parasitas são também um modo de evitar o problema.

Não se deve ministrar nada no animal sem aconselhamento prévio do seu médico veterinário.


Fonte: União Zoófila.org

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