quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Como acabar com o bom humor do seu pet





por Daisy Vivian(*).



É bom ter um bichinho em casa, um personagem a mais, muitas vezes divertido e amável, outras vezes uma companhia silenciosa, mas não por isso isento daquele efeito restaurador que ganhamos quando os pegamos no colo para enchê-lo de mimos e carinhos.

Mas o humor de seu pet pode estar em suas mãos. Pode ser motivo de tristeza em cães e gatos, acostumados a um determinado tratamento, ter sua rotina interrompida. E se transcorrido longo período, o reflexo das atitudes inexplicáveis de seu dono pode causar um grande estresse na vida deles.

Abaixo, três motivos que colocam para baixo o humor de qualquer mascote:

1) Esquecer que ele existe

A inesperada demissão ou o término de um relacionamento de longa data tem esse efeito: ou você se gruda no seu pet e chora e noite inteira dizendo como o ser humano é traíra ou se tranca no seu casulo e de lá não sai nem para dar um carinho no cachorro. A ansiedade do dono não passa desapercebida pelo mascote, que começa a ficar nervoso também. O “por quanto tempo vai durar essa fase?” reduz o apetite de seu pet, que pode voltar a urinar pela casa e fazer outros estragos para chamar sua atenção. Esse esquecimento também é muito comum em mães de primeira viagem. A rotina fica meio confusa e até a mulher se habituar a novos horários de sono e alimentação, o pet pode sentir-se abandonado


2) Ralhar com ele

Geralmente vem acompanhado dos acontecimentos descritos no item acima, e se o seu pet é daqueles de fazer alguma coisa para ser visto, as chances de ele receber uma bronca não são pequenas. Alterar a voz com um animal que não está acostumado com grosserias potencializa sua ansiedade, o que também favorece o mal comportamento.

3) Negligenciar a hora da alimentação

Aí já é demais, mas acontece. O pessoal que trabalha à noite e volta cansado pode estar seguindo todos os itens aqui descritos sem se dar conta disso. Chegar em casa às sete da manhã e se jogar na cama sem dar atenção – e comida – para o pet é outra forma de deixá-lo severamente aborrecido. Além de não ver o dono, a comida ficou para quando ele acordar. Alterar o horário de alimento de seu pet é uma falta grave. Além de fome, seu organismo fica descompensado sem saber a que horas virá a próxima refeição, o que mexe com seus hormônios e metabolismo. Se você passou a trabalhar mais um turno ou assumiu novos compromissos com esporte ou lazer, deixe um comedouro e um bebedouro automático para não gerar estresse em seu cão



Cabe salientar que existem animais que sofrem menos com os dois primeiros itens, ainda mais se desde pequenos não foram acostumados com muitos mimos, abraços e colos, o que vale para cães de guarda e alguns gatos. Nesses lares, pessoas gostam de animais, mas não de uma relação muito próxima com eles e se for assim, ficar alguns dias sem falar com seu pet não causará nele os efeitos nocivos se comparados àqueles que gravitam em torno de seus donos.

Para quem dispensa bastante atenção a ele, nos momentos em que estamos mergulhados em nossos dissabores e contratempos, o jeito é se puxar e recorrer até mesmo à agenda para lembrar de atividades que podem ser feitas em conjunto. Pedir para um amigo ou parente dar uma forcinha nos períodos conflitantes também pode ser um auxílio interessante. Não esqueça que manter o bem-estar de um animal que mora debaixo do seu teto contribui para ajudar a si mesmo a enfrentar um período chato da vida, isso porque prolongar o mal-estar desse animal é pulverizar energia negativa, sensação de tristeza e abandono que abalam seu universo, ainda mais quando este se resume ao seu próprio e único dono, sentimento que acaba sendo ruim para todos.



(*)Daysi Vivian - Diplomada em Medicina Veterinária e Jornalismo pela UFRGS, atuou em clínica de pequenos animais por 14 anos quando decidiu dedicar-se mais à família. Mãe de dois meninos e de uma Yorkshire, Daisy não dispensa a presença de animais no cotidiano dos filhos a quem ensina o respeito à natureza, a preservação da vida e o amor aos animais. Pós-graduada em Comunicação Corporativa, atua na assessoria de imprensa do agronegócio e gera conteúdo para veículos de comunicação na área de medicina veterinária.

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