Crianças autistas: tratamento com animais de estimação.(*)
Crianças autistas brincam com cães treinados no HC de São Paulo |
Recentemente, uma pesquisa publicada no periódico PLoS One, realizada por especialistas do Centro de Pesquisa do Hospital de Brest, na França, ressalta que a introdução de um animal de estimação em casa, pode melhorar o comportamento de crianças autistas.
A introdução do Pet deve ser preferencialmente após a criança completar cinco anos. Acompanhamento de casos pelos estudiosos mostram que o paciente apresenta um melhor relacionamento com outras pessoas do que os indivíduos que já nascem em lares com a presença algum bicho ou que passam a vida sem conviver com um.
Os autores explicam que, embora a terapia envolvendo contato com animais já venha sendo recomendada a crianças com autismo há algum tempo, os resultados concretos dessa abordagem nunca haviam sido estudados.
As pessoas que passaram a ter algum animal de estimação a partir dos cinco anos de idade apresentaram melhora em alguns aspectos específicos do comportamento social.
A pesquisa contou com a participação de duzentos e sessenta indivíduos de seis a trinta e quatro anos que possuíam a síndrome. Já os pacientes que nasceram em lares que possuíam animais, mostraram melhorias nas relações sociais, mas com menos intensidade que o outro grupo.
Os autores acreditam que os resultados deste estudo devem incentivar outras pesquisas que aprofundem os mecanismos envolvidos na relação entre pessoas com autismo e animais.
HC testa terapia com cães para tratar criança autista
por FERNANDA BASSETTE da Folha de S.Paulo(**)
Um grupo de ao menos 300 crianças e adolescentes autistas -que faz tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo- está participando de uma terapia experimental com cães em um projeto pioneiro realizado em parceria com a ONG Inataa (Instituto de Ações e Terapias Assistidas por Cães).
Segundo Estevão Vadasz, psiquiatra e coordenador do Projeto de Autismo do instituto, a terapia complementar com cães já é usada com sucesso no Canadá, nos Estados Unidos e na Europa, por isso o instituto resolveu testar os benefícios aqui no país.
O autismo atinge cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil e é um transtorno que provoca um distúrbio comportamental. Os principais sintomas apresentados são problemas de comunicação e linguagem, dificuldades de socialização e comportamentos repetitivos.
O objetivo da terapia com os cães é estimular e facilitar o relacionamento e a comunicação dos autistas com as pessoas em geral, com a família e com os cuidadores. A técnica está sendo testada no HC desde novembro do ano passado e, segundo Vadasz, os primeiros resultados observados são bastante animadores.
"Temos um paciente de cinco anos que gostou tanto de interagir com os cachorros que quer vir brincar toda semana. Um outro paciente tinha pavor de entrar no Instituto de Psiquiatria [por causa do ambiente hospitalar] e agora até canta. Para nós, isso é um grande avanço", diz.
De acordo com Vadasz, a terapia com os cães é dividida em três fases. Na primeira, as crianças são expostas aos cães e os médicos observam suas reações, para avaliar se elas se beneficiariam ou não da terapia. "Se a criança tiver muito medo do cão, por exemplo, não adianta continuarmos o tratamento, pois teríamos outro trabalho para fazê-la superar o medo do cão", diz.
A segunda fase é a terapia propriamente dita, que envolve a criança, o cão e o terapeuta, realizada no próprio hospital. Depois desse período e dependendo da evolução do caso, a criança poderá levar um cão treinado para casa para ser o seu companheiro. "Assim como os cegos têm um cão para guiá-los, os autistas terão um cão treinado para lhes fazer companhia."
(*)Fonte: Veja
Adaptação: Revista Veterinária
(**)Fonte: Folha Online
Cãoobediente.com.br
(**)Fonte: Folha Online
Cãoobediente.com.br
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