quarta-feira, 1 de agosto de 2012



por Dra. Carla Berl - Médica Veterinária



O que é

Epilepsia é uma excessiva descarga de energia elétrica nas células do cérebro, pois elas funcionam com impulsos elétricos. A epilepsia manifesta-se quando o animal tem entre 6 meses e 5 anos de idade, variando de animal para animal em freqüência e intensidade. É relativamente comum nos cães e muito menos freqüente nos gatos, aparecendo de forma repentina.


Como é uma convulsão?

São contrações musculares bruscas e involuntárias que raramente duram mais que 5 minutos, mas às vezes o proprietário tem a impressão que duram mais.
• Antes de ter o episódio convulsivo, durante aproximadamente 1 minuto o animal se mostra ansioso, carente, pode se esconder e suas pupilas ficam dilatadas.
• Durante a convulsão ele pode urinar ou defecar, perdendo ou não a consciência, salivar, ter movimentos de pedalar ou estender as patas, rotacionar os olhos.
• Após a convulsão pode haver um estado de confusão mental, fraqueza, respiração rápida e às vezes fraqueza.


Como agir se o animal está convulsionando?

• Remova todos os objetos de perto do animal para que ele não se machuque.
• Tenha cuidado, pois mesmo que seja dócil, o animal pode morder involuntariamente durante as convulsões.
• Na medida do possível mantenha a calma pois os animais se prejudicam com a agitação no ambiente.
• Depois de finalizada a convulsão propicie um ambiente tranqüilo para que ele se recupere.
• Uma vez que a medicação demora de 20 a 30 minutos para começar a agir, não há sucesso em tentar medicar o animal em casa durante a crise.


Quais os riscos que o animal corre?

• Ao contrário da espécie humana, os cães não correm risco de enrolarem a língua e morrerem asfixiados pois sua anatomia muscular é diferente.
• Existe um estado clínico que se chama “status epilepticus” caracterizado por várias convulsões sucessivas. É uma emergência médica e o animal deve ser levado imediatamente ao médico veterinário, pois isto pode ser fatal.


Por quê o animal tem convulsão?

A exata causa não se sabe, mas em muitos casos esta condição é hereditária, aparecendo em quase todas as raças de cães. Trabalhos científicos indicam que de 0,5 a 5 % da população canina apresentam sinais de epilepsia durante a vida. Além da epilepsia, outras doenças também podem dar convulsões.


Há tratamento?

É importante ficar claro que o tratamento para a epilepsia não cura, mas controla o aparecimento das convulsões em freqüência, intensidade e duração.

• O Fenobarbital (Gardenal®) controla convulsões em 80 % dos cães epiléticos.
• São necessários de 8 a 18 dias de tratamento para que esta droga atinja uma concentração ideal no sangue, portanto seja paciente, tendo consciência que no início as convulsões podem não cessar – é uma fase de adaptação.
• Ainda que pouco observados, há alguns efeitos colaterais do uso prolongado do Fenobarbital: principalmente acometimento do fígado e aumento de peso.
• Não deixe de dar o Fenobarbital repentinamente e certifique-se que está fornecendo corretamente, pois o animal pode expelir discretamente o comprimido, pois do contrário podem-se acentuar as convulsões.
• Além de medicação, alguns proprietários optam por tratamento conjunto com vitaminas e acupuntura.


Acompanhamento veterinário

• Periodicamente devem ser feitos testes para avaliar como está o fígado e se a quantidade do medicamento no sangue está adequada (dosagem sérica de Fenobarbital).
• Com o tempo pode ser necessário aumentar a dose da medicação pois o organismo pode desenvolver certa tolerância – talvez seja necessário aumentar a dose ou trocar o medicamento (só o Médico Veterinário pode fazer isto!).
• Alguns anestésicos como acepromazina e quetamina não podem ser usados em animais predispostos a terem convulsões.
• Evite situações de estresse e fique atento se elas forem inevitáveis (fogos de artifício, visitas em casa...).

Fonte: www.petcare.com.br

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