sábado, 18 de agosto de 2012






Fonte: Canil da PMESP







Em 1953 um homem abandonou um filhote de Pastor Alemão à porta do Canil da Polícia MIlitar no Barro Branco.

Até aí, nenhuma novidade. É uma cena que se repete até hoje, não só lá, mas por todos os cantos do país. Quem sabe depois de ler este texto, alguma coisa começe a mudar dentro de você.

Este pequeno e indefeso filhote foi então acolhido e treinado pela Polícia Militar, dentro de suas rígidas normas.

Pouco tempo depois Dick, como passou a ser conhecido, já estava treinado e apto a ajudar seu parceiro inseparável, o soldado José Muniz de Souza

Não precisaram de muitas missões para perceber que se tratava de um cachorro especial e logo Dick já era o campeão das buscas realizadas pela PM.

Mas o que fez este cachorro ser tão especial, foi um fato que comoveu a cidade inteira e mudou completamente o destino de uma família e do Canil da Polícia Militar de São Paulo.

O Governador de São Paulo, na época, era Jânio Quadros, que mesmo contra a opinião pública, queria o fim dos cachorros na PM: "Faça os cães trabalharem, ou dissolva a matilha"

Neste momento, um menino foi sequestrado na porta da sua casa. Chamava-se Eduardo Jaime Benevides, ou como ficou conhecido, "Eduardinho". Jânio Quadros determinou que não fossem poupados esforços para encontrá-lo e destacou investigadores, delegados e viaturas à sua procura. Porém, após três dias de procura, nem sinal do menino.

Jânio se pronuncia novamente: "Desejo saber detalhes sobre o desaparecimento do menino. Gostaria de recomendar à promoção os que deslindarem o mistério".

Em uma última esperança, designaram os soldados e cães do Canil da Polícia Militar para encontrar "Eduardinho". A seu favor, apenas o travesseiro do menino, para que os cachoros seguissem seu cheiro.

José Muniz de Souza e seus companheiros seguiram mato adentro até que Dick parou e começou a latir. O rastro do menino tinha sido encontrado e na sequência ele já conseguia ouvir o tênue choro de "Eduardinho" faminto e com muito frio, dentro de um buraco de um metro e meio de profundidade e coberto por folhas e zinco, na área onde hoje fica o Zoológico de São Paulo.

Depois de resgatado, Eduardinho disse que pediu a Deus que enviasse um anjo para salvá-lo.


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