terça-feira, 14 de fevereiro de 2012




Você pode ajudar de alguma forma?




A ABAA (Associação Barrense Amigos dos Animais) está passando por uma série de dificuldades. Ativa desde outubro de 2011, ela cuida atualmente de 130 cães e precisa de dinheiro para compra de ração, medicamentos, gastos com os funcionários e o aluguel do espaço.

Segundo a presidente da ONG (Organização Não Governamental), Rosimere Matos da Silva, a instituição não possui parceria com ninguém.

- Hoje nós contamos apenas com a ajuda de voluntários, que infelizmente ainda são poucos, mas nos ajudam muito. A prefeitura está tentando nos ajudar mensalmente, inclusive já fizemos reuniões para resolver essa questão, mas nada foi decidido ainda - comentou.

De acordo com Rosimere, a ONG foi fundada depois que o espaço em sua casa começou a ficar pequeno para a quantidade de animais.

- Sempre cuidei de gatos e cachorros na minha casa, as pessoas sabiam que eu pegava para cuidar quando não tinha ninguém para ficar com o bichinho. Mas, como a procura foi ficando muito grande e o espaço aqui em casa foi ficando pequeno, fui orientada a abrir uma ONG. Dessa forma, seria um trabalho regularizado e eu teria um espaço melhor para cuidar dos bichos - explicou.

A organização funciona em um sítio alugado em Ipiabas, distrito da cidade. Atualmente, 70 cães moram no local enquanto aguardam adoção. Cerca de 50 ficam em um canil e o restante fica solto nas dependências. Além desses animais, outros 50 estão na casa da presidente da ONG, também aguardando para serem adotados.

- Os cachorros que ficam na minha casa são os de pequeno porte, filhotes e que necessitam de cuidados especiais. Nós contamos com o apoio de uma veterinária que presta toda a assistência para os animais, desde medicamentos até cirurgias - disse.

De acordo com Rosimere, o objetivo da organização é educar as pessoas contra o abandono de animais e conscientizar a adoção.

- Nosso objetivo é a educação, para evitar o abandono e os maus tratos, esterilizando os bichos e denunciando os casos. Nesse ponto contamos muito com a parceria da Secretaria do Meio Ambiente e da Guarda Municipal, que sempre nos apoia quando temos que ir recolher um animal ou fazer uma denúncia. Muitas vezes o órgão até nos acompanha nessas vistorias - elogiou.

Em dezembro do ano passado foi realizada uma feira de adoção de cães e gatos em parceria com a prefeitura.

- A feira foi um sucesso. Nós levamos para a adoção 36 animais e todos saíram com um lar. Por isso, estamos com mais uma feira em vista. No dia 25 de março vamos voltar à Praça Nilo Peçanha, no Centro, para mais uma edição do projeto. Dessa vez, nosso objetivo é levar cerca de cinquenta animais, entre cães e gatos - comentou.

Rosimere ressalta que, depois da adoção, a família passa novamente por uma vistoria para saber se o animal está recebendo os cuidados necessários.

- Depois que o animal é adotado nós voltamos à casa da pessoa para saber se o bichinho está sendo bem tratado, recebendo alimentação necessária e um lar com amor. Depois da feira recolhemos apenas dois cachorrinhos, um por maus tratos e o outro porque a família estava sem condição de ficar com ele - salientou.

Apesar dos problemas enfrentados financeiramente, a ONG segue com seus trabalhos em proteção aos animais.

- Hoje nossa dívida está em torno de R$ 10 mil. Mesmo com todos esses problemas nós continuamos. O amor pelos animais é maior, e graças a Deus encontramos pessoas muito boas e que têm nos ajudado como pode. Alguns ajudam doando ração, e outros auxiliam fornecendo remédios ou material de limpeza. Existem pessoas que se preocupam com os animais e sabem que eles precisam ficar aqui até encontrar um lar, que é o nosso principal objetivo - conta.

Quem quiser ser um voluntário da ONG deve entrar em contato pelos telefones (24) 2443-7018 ou 2442- 3794. A organização funciona na Rua Aloísio Trindade Moura, número 472, em Ipiabas. Para agendar visitas ao local é preciso entrar em contato com os telefones citados na reportagem.

Prefeitura reconhece a carência da ONG

Segundo o diretor do Departamento de Gestão de Controle do Animal Urbano da Secretaria do Meio Ambiente, Wilcker Camargo, a prefeitura de Barra do Piraí tem conhecimento da carência da ONG em relação a verbas. Segundo ele, é intenção do governo municipal ajudar a organização financeiramente ou através de doações.

Projetos sobre o assunto, inclusive, já foram discutidos com os órgãos competentes.

- Nós estamos cientes que a ONG precisa de ajuda e estamos estudando uma forma de poder ajudar financeiramente. Entretanto, esse é um assunto que precisa ser discutido para que nós possamos avaliar quais são as principais necessidades da organização - falou.

Já sobre a feirinha de animais, Wilcker conta que é uma parceria da prefeitura com a ONG.

- Sabemos que o trabalho da Rosimere é sério, por isso resolvemos montar a feirinha de doação de animais junto com ela. Como foi um sucesso na primeira edição, vamos repetir a dose mais uma vez - disse.

Sobre o projeto Bem Estar Animal, Wilcker - que também é coordenador do programa - afirma que o principal objetivo da iniciativa é controlar de forma humanitária a população de animais abandonados no município.

- Trabalhamos em quatro pontos importantes. A origem desses animais - ou seja, porque eles estão abandonados -, a educação, ressocialização (adoção) e a castração, que ainda está em fase de implantação. Hoje o departamento combate o abandono e os maus tratos, além de promover a adoção e castração dos animais de rua. O desafio para os próximos anos é mudar fundamentalmente o pensamento da população em relação aos seus animais e os que estão nas vias. Precisamos ajudá-las a entender que a guarda responsável de animais de estimação, obtida por meio da educação, é fundamental para a redução do ciclo crescente da população animal nas ruas - finalizou.


Fonte: Diário do Vale

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